30 abril 2013

desvalorizar dentro do €

Sei que não seria fácil para ninguém mas ainda é válido (é a minha proposta desde a primeira decisão do TC) e ainda vamos (mais ou menos) a tempo de:
- corte com carácter definitivo do 13ª mês e 14º mês no público, pensionistas e privados (via alteração do código de trabalho). Igualitarismo para o TC.
Em especial, quem favorece a saída do € deveria acolher esta proposta. Seria uma forma de solidariedade com os desempregados também.

12 comentários:

Ricciardi disse...

Ontem o Medina Carreira deu um numero que eu intuía. O peso da fiscalidade no salário médio portugues é mais do dobro do americano; maior que o alemão e maior que os escandinavos.
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Já não interessa medir o Salario Base de cada um. Interessa, isso sim, medir o carcalhol que vai para o bolso. E para o bolso vai um salário baixissimo. Não é possivel baixar salarios, ao nivel do terceiro mundo, e viver numa economia com custos de contexto do 1º mundo.
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Se o CN quer baixar os salarios, tem de abolir os outros custos de contexto, a saber: impostos, energia, directivas comunitárias para o ambiente, etar's, asae's, inspecções automoveis, etc. Não é possivel manter custos do 1º mundo e obter salarios do 3º mundo. A bota tem que bater com a perdigota. olhe, desde logo, para baixar mais os salarios, então teria de se permitir a importação de carros chineses e indianos a 1500 euros cada um, abolindo as restrições comunitárias a esses bens.
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O problema de Portugal não está nos custos laborais, mas antes no Valor que acrescentamos aos produtos que vendemos. Acrescentar mais Valor significa valorizar o conhecimento, a investigação, o marketing, etc e esperar o tempo necessário para que isso produza resultados.
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A nossa produtividade é baixa, mesmo sendo baixos os salários e trabalhando mais horas que os paises mais desenvolvidos. Para baixar mais os salarios no intuito de perseguir maior produtividade, então teriamos que baixar os salarios em 40% e abdicar de todos as regras que elevam os custos de contextos e que acima referi.
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Em suma, baixar salários e manter tudo o resto igual não resolve rigorosamente NADA. pelo contrario, só agrava.
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Rb

CN disse...

Sim, não contesto que tudo o que esteja a trabalhar deva ser abolido.

Zephyrus disse...

O salário mínimo fica bem acima dos 500 euros. Deve-se acrescentar: TSU, subsídios de férias e de Natal, subsídio de alimentação, Medicina no trabalho, entre outras taxas e impostos.

Na República Checa o salário mínimo ronda os 400 euros e pelo menos em Praga o custo de vida é idêntico ao nosso.

Zephyrus disse...

Já aqui escrevi que o Estado tem de cortar e pode cortar 30 a 40% da despesa, e retornar à despesa pública que havia em 2000.

Mas não há coragem.

Ah, e simplificar burocracias.

Por que motivo quando alguém quer vender rissóis e bolos para fora é obrigada a desembolsar 25000 euros? Não bastaria uma guideline de higiene e segurança e uma inspecção rápida para conferir se a pessoa em causa tinha apreendido bem o que estava na guideline? Algo que ficasse, hum, por 100 euros? Por que motivo para fazer uns metros de muro é necessária a assinatura de um arquitecto? Por que motivo as inspecções não são de dois em dois anos? Para que serve a Medicina no trabalho? Por que motivo as empresas são obrigadas a contratar empresas de higiene e segurança alimentar quando bastaria que o Ministério emitisse uma guideline todos os anos com as recomendações e a legislação? E muito mais haveria para escrever.

Zephyrus disse...

Mas o Estado não corta porque ou não há coragem ou sao ignorantes e não servem para governar. Ou as duas coisas. Pois se falarem na rua com os portugueses estes dirão logo onde está o desperdício.

Só acabando com o financiamento dos colégios privados e o pagamento dos livros escolares são quase 500 milhões de euros.

Kruzes Kanhoto disse...

As Câmaras senhores, as Câmaras!!! Mas porque raio ninguém está a olhar para o mega-hiper-ultra regabofe que, apesar da crise, vai por esse país fora. E não, não são tostões, são euros às centenas de milhões!!!!

lusitânea disse...

E quanto custa o milhão de acolhidos agora sem nada para fazer?Pá que levem o que descontaram e prontos...

lusitânea disse...

Mas já ajudava livrarem-se dos que nunca nada descontaram...

lusitânea disse...

Depois querem que a malta vá para o "serviço público único" ficar entre africanos e ciganos...

Anónimo disse...

Salários são 12 mil milhões Reformas são 20 mil milhões.
Alguém me explica onde vão buscar os 70% da despreza em salários e pensões?
Enquanto se baralha as pessoas não se corta em coisas inúteis.
Por exemplo rendas de edifícios quando o estado tem um imóveis do outro lado da rua vazio.

Bmonteiro disse...

Solução, entre outras:
Que os bombeiros, parem viaturas com dez anos de vida, para dinamizar o mercado.
Proibidos de andar na via pública, manda Bruxelas, uma delas vai seguir /Moçambique.
Na Áustria, quando mudaram uniformes verdes dos Bombeiros para vermelhos, decidiram: manter as calças verdes, até serem gastas.
Caso testemunhado hoje, corporação de bombeiros da grande Lisboa.
Somos assim.

Luís Lavoura disse...

Concordo com o CN.

Não há razão para que não seja abolida a obrigação de pagar subsídios de férias e Natal.

Da mesma forma, poderia ser abolida a norma do código de trabalho que proíbe descidas do salário nominal. Não há qualquer razão para que, num período de crise, uma qualquer empresa não decida baixar os salários de alguns trabalhadores.