20 março 2013

Lamento, mas não confio nas nossas elites

Tanto quanto parece a procura por ouro na Argentina está a aumentar explicado pelas suspeitas que a inflação real andará à volta de mais de 20% ao ano.

Portugal com moeda própria não promete muito melhor. Um país pequeno com moeda própria acaba sempre a ter problemas nas reservas em divisas. O que vai dar ao mesmo, mais tarde ou mais cedo, a ajuda internacional torna-se inevitável por falta de divisas para pagar empréstimos externos. Faço parte dessa minoria em crescimento (não sei se já repararam) de ortodoxia na moeda. Sim, o euro ajudou a prolongar a bolha. Mas países com moeda própria também conseguiram prolongar essa mesma bolha. Para outra moeda, só se for em liberdade monetária de circulação da moeda-mercadoria tradicional, ou seja, maior ortodoxia.

Para alimentar ilusões que salários não têm de descer, que despesa é necessária ao estímulo do crescimento, passo. O desemprego deve ser prioridade claro, mas se é prioridade as barreiras ao emprego devem desaparecer. Não estou desempregado, mas se o tiver, será do meu maior interesse que essas barreiras desapareçam e quanto mais depressa melhor. Prefiro isso, dá-me mais segurança em caso de ficar desempregado.

PS: A proposta de haircut dos depósitos no Chipre devia fazer aumentar a confiança no €, não a desconfiança. Embora a desconfiança nos bancos aumente, mas na medida em que aumenta, tornam-se mais conservadores. Os paradoxos...

1 comentário:

Vivendi disse...

Eu só confiava em alguém de calibre. E desde Salazar que Portugal não tem clarividência nas elites.

Mas Portugal pode sempre tomar a opção de ser pobre mas com empregos, do tipo pobretes mas alegretes, coitados era dos protestantes que vivem aqui no jardim à beira mar plantado.