28 fevereiro 2013

sistema de saúde a 2 velocidades

SNS — Enfermeiros substituem médicos em casos de rotina

Privado — Quem paga pode continuar a ter o seu médico

8 comentários:

Anónimo disse...

o que eu sei é que a generalidade dos países desenvolvidos tem uma % menor médicos e maior de enfermeiros, o que me leva a supor que em portugal atualmente os médicos por vezes desempenham funções que podiam ser desempenhadas por enfermeiros.
isto digo eu que não conheço praticamente nada do SNS

xyz

Anónimo disse...

Caro Jaquim,

As enfermeiras sempre foram porta de entrada, mas v. é que é medico

Anónimo disse...

A democracia é mesmo isto, podermos ter liberdade de expressão, mesmo quando dizemos alarvidades e claro, ao dizermos tais barbaridades estamos sujeitos ao ridículo, mas é a liberdade de expressão, que no ponto de vista, nos silogismos que o autor da posta, só deveria ser permitida a quem o possa exercer responsavelmente.

Porém são silogismos que não podem ser estabelecidos e portanto serão mais falácias.

Anónimo disse...

Assim sendo:

Não conhecendo em rigor o teor da notícia ou o que a fundamenta, se estamos a falar de triagem e de evidência acerca disso ( ciência) podemos afirmar contundentemente que os enfermeiros são adequados para fazer triagem e mais, até podemos dizer que são os MAIS adequados para fazê-lo, dado que os vários estudos já realizados comprovam as minhas afirmações(para quem estiver interessado eu posso disponibilizá-los, se não quisermos estar aqui numa de opiniões de leigos mas de peritos na área).

Aliás... as taxas de mortalidade e complicações nos serviços de Urgência melhoraram brutalmente desde que implementados os sistemas de triagem guiados por enfermeiros. Ao invés de situações anteriores em que a triagem era a ordem de chegada.

Mas em bom rigor, não seria necessário qualquer sistema de triagem se os recursos não fossem finitos e fosse possível atender qualquer pessoa logo aquando da chegada ao SU e nisto tenho de dar razão aos comentadores. Este é um processo que só existe porque outros processos não funcionam adequadamente mas isto é válido tanto para o atendimento por parte de médico como de enfermeiro dado que grande maioria de situações mais complexas e graves não são de actuação exclusiva de qualquer classe profissional em exclusivo, algo que comprovarão quando tiverem necessidade disso.

Anónimo disse...

Por outro lado... Desde Alma Ata, em 1978, se chegou à conclusão que o primeiro ponto de contacto com os serviços de saúde na comunidade( Cuidados de Saúde primários) deveriam ser com enfermeiros e que a disciplina Enfermagem seria mais indicada para uma perspectiva virada para a promoção da saúde e prevenção da doença ao invés da Medicina que é mais virada para a cura. São perspectivas diferentes de encarar a "coisa". E note-se que estamos ainda a falar no plano virtual... Quando passamos para o plano real... A verdade é que não se pode falar em "Enfermeiros" sem perceber qual a formação adequada e exigida para o exercício da mesma profissão. São 4 anos, licenciatura, e auto-regulação através duma Ordem e dum código deontológico que é lei e que impões vários deveres, entre os quais o aperfeiçoamento profissional contínuo, o que significa que além dos 4 anos, os enfermeiros fazem regularmente formação na área onde exercem.

E ainda... existem mais 2 anos de especialização, sendo uma das quais a de Enfermagem de Saúde Familiar e outra a de Enfermagem de Saúde Comunitária. Portanto estamos na realidade a falar de 6 anos + as várias formações certificadas.

Anónimo disse...

E podemos até discutir porque é que a área da prevenção e promoção da saúde ,assim como a intervenção na comunidade é até mais enfermagem do que medicina, nos moldes actuais. E repare que não estou a dizer que não devem existir médicos nos CSP... aliás até deviam existir mais especialista até agora alocados em consultas externas de hospitais, apenas do primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde

Anónimo disse...

Se me disser que a triagem é mesmo assim insatisfatória... eu dir-lhe-ei que sim, mas estou como o Churchill... A democracia é o pior de todos os sistemas, à excepção de todos os outros.

A verdade é esta... com a triagem executada por enfermeiros, o doente fica a ganhar, independentemente da sua opinião pessoal, já comprovada pelo método científico e não por percepções, aceitáveis num leigo mas indesculpáveis se estivermos a falar dum decisor político, dum gestor responsável ou dum profissional de saúde( no caso um médico... O Joaquim Couto).

Anónimo disse...

com certeza perceberá que a elevada qualidade que se exige numa matéria tão delicada que é a Saúde das Pessoas, passa por um correcto aproveitamento das competências dos vários profissionais, maximizando-as ao serviço das pessoas. É aproveitar os recursos da melhor forma, principalmente em situações que exigem( face à luz da qualidade mínima actual que os cidadãos merecem) intervenção de várias disciplinas. e no momento certo.

Obviamente, num sistema perfeito, ninguém ficaria doente, mas em verdade lhe digo, raras são as situações, em que não precise dum enfermeiro, tendendo essa necessidade à medida que a sua saúde se degrada e por outro prisma, poucas serão as vezes que não ganharia em ter acesso a cuidados prestados por enfermeiros.

Por outro lado eu, como utente, ficaria bem mais satisfeito se cada profissão exercesse convenientemente o seu mandato social e como tal seria bem melhor para todos, um maior enfoque dos Cuidados de saúde primários naquilo que a Enfermagem tem para oferecer ao invés de só oferecer Medicina.

E é disto que se trata... é acrescentar mais Enfermagem àquilo que os CSP são hoje. Não se trata de fazer substituições.

Não deixe que quezílias pessoais lhe toldem a visão

O mais engraçado disto é que defende que o SNS seja mais ineficiente e pior... Ou a sua posição é mesmo o fim do SNS? Daria mais jeito aos acordos vantajosos da ADSE não era?