26 fevereiro 2013

rejeitar a austeridade II

Duas tentações: saída do € e protecionismo.

PS: algo contraditórias, a saída do € é normalmente defendida para induzir o aumento das exportações, possível/eficaz (muito a dizer sobre se ainda assim eficaz), se os nossos vizinhos não tiverem a mesma ideia: sair do € e protecionismo.

12 comentários:

Anónimo disse...

Não é sair do €, é sair da ue! podendo e devendo participar numa zona de livre comércio e concorrência, como a Inglaterra já prepara pelo norte da europa,(ou mais, faz todo o sentido pensar nisso com os países com os quais temos laços históricos e outros que se queiram juntar, partindo dessa base - o comércio faz-se por mar, como se fazia com o ultramar e como se faz, cada vez mais, em todo o mundo), mas abandonando de vez a ratoeira em que nos metemos, a cee e que agora mostra cada vez mais a sua verdadeira face totalitária, na forma de ue.
Começou logo com a entrega da agricultura (à frança) e das pescas (à espanha), nas negociações de adesão (pelo traficante e corrupto que se gaba de não estudar os "dossiers") a troco de subsídios ao abate e à não-produção. Estímulos à preguiça. E até hoje vamos trocando subsidiozinhos e "apoios" por capacidade própria de trabalho e soberania.
Nesta ue juntou-se o que por cá há de pior, a preguiça, o medo da concorrência, o estatismo-"protector" e a vontadinha dos politiqueiros terem um tacinho e parecerem importantes, com a voraz fome de poder totalitário da medíocre burocracia europeia. A ponte foi feita pelas cúpulas maçónicas.
Enquanto não se cortar estre nó não assumiremos as nossas responsabilidades e não resolveremos os nossos problemas. Se não o fizermos deixaremos de ser uma nação soberana, como a maçónica ue quer e passaremos a ser um grupo de gajos, ali num canto qualquer, a quem os outros alimentam na medida em que isso lhes apeteça (cuidado que por cá não falta a quem isto não preocupa, desde que durante a sua vida ainda puder ir mantendo, à custa de todos os outros, algumas modormias que lhe vêem de estar encostado ao estado).

Vivendi disse...

Concordo. Melhor que sair do ° é sair da UE. Mas enquanto não formos governados por cabeças estamos como estamos, entregues à bicharada.

lusitânea disse...

Só o sair do euro com um novo escudo a não valer nada lá fora desamparavam a loja centenas de milhar que agora vivem por conta.Depois os novos escudos teriam que ser gastos cá dentro porque certamente a banca não trocava a qualquer um para fazer turismo lá fora.Mas mais importante isso iria incrementar a produção nacional daquilo que não poderia ser importado lá de fora.
Enfim a rapaziada deixava de se armar em salvador do planeta e os indígenas teriam oportunidade de ajustar certas contas atrasadas...

Anónimo disse...

A bicharada é parasita e não larga a ue porque ela lhe garante tachos. Estamos a trocar a soberania por tachos para bicharada medíocre que se governa às nossas custas e compra os votos dos preguiçosos com subsídios (cada vez mais subsidiozinhos).

Anónimo disse...

a saída do € é normalmente defendida para induzir o aumento das exportações

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Os governantes que induziram para entrar no euro sabíam disso?. Acho que nao ou senao vai ser inexplicavel como agora poderiam explicar o imbroglio que trouxeram com esta sua decisao a gente.

Ricciardi disse...

A vantagem de ter uma moeda própria não é poder desvaloriza-la para ganhar artificialmente competividade. É ganhar uma moeda cuja cotação pulsa ao ritmo da produtividade efectiva.
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O que eu quero é simples: uma moeda que reflicta a nossa economia. Como a economia é comercialmente deficitaria o mais provavel é que a moeda se desvalorizasse naturalmente.
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Nem é preciso qualquer intervenção de Banco Central algum. Se importamos mais do que o que exportamos, se temos necessidades de financiar defices, os novos escudos desvalorizariam automaticamente e colocavam os preços relativos no seu devido sitio.
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Eu penso que os austriacos ainda nao perceberam isto, porque senao já o tinham defendido. E não perceberam porque não perceberam como nascem e crescem as cebolas.
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Mas se por acaso nos tronassemos num país excdentário a cotação da moeda subiria da mesmissima forma.
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A emissão de moeda (QE) só se justifica para acelerar a coisa e ganhar algum tempo. Tempo necessário e imprescindivel para lograr obter mudança nos agentes economicos. E a emissão adicional deve ser, como keynes recomenda, imediatamente retirada logo que a fase de crescimento apareça.
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Rb

Ricciardi disse...

O mesmo é dizer que Portugal lida, nos dias actuais, com uma moeda 50% acima da produtividade do país. É um estado de coisas anormal. Anti-natural.
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Por outro lado a Alemanha lida com uma moeda mais fraca que a sua produtividade e balança externa indicam. Mas fraca em cerca, dizem os especialistas, em cerca de 20%.
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Sair da zona euro é, pois, imitar a Alemanha actual dentro da zona euro.
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Não só temos de sair, como vamos ser forçados a fazê-lo. Não é possivel comprimir os custos de contexto (salarios, energia etc) de forma a conseguir a produtividade alemã. Essa é a via austriaca, mas é uma via utópica e desligada da realidade politica, social e economicia.
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Rb

Ricciardi disse...

Se o novo escudo desvalorizar naturalmente, sem intervenção do BC, mas sim fruto das leis de mercado, a competitividade é reposta automaticamente. Seria doloroso para muita gente, mas de uma coisa tenho a certeza, seria uma forma legitima e aceitavel pela população.
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Porque como diz o PA, o excepcionalismo católico, vem sempre ao de cima na aplicação das politicas dos governos. A inflação tem esta virtude: apanha toda a gente de forma igual. Ninguém escapa. Não há cada lobbies, nem grupos, nem classes profissionais. Não a produtividade é obtida, através da inflação, usando toda a gente. E isso é muito importante.
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O governo lá estaria para compensar e proteger os mais fracos e pobres.
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O que está a acontecer é o contrario: o governo corta aqui, corta acolá, vem o tribunal constitucional e diz que nao senhora, e depois a TAP quer ser excepção, e o BP tambem, sem esquecer a CGD. Os médicos tambem querem excepção, e os juizes. E de excepção em excepção nada pode vir a ser feito, porque as pessoas comuns percpecionam injustiças no esforço.
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A inflação tem este mérito, toda a gente vai receber menos na prática. Mas ninguem se queixa porque o vizinho, e o vizinho do vizinho, enfim porque toda a gente está no mesmissimo barco.
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Rb

Ricciardi disse...

Além disso, uma moeda própria, que desvalorizasse naturalmente iria repôr as quantidades de turistas e exportações nos níveis adequados.
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O que signfica que o emprego iria aumentar. Mesmo que não aumentasse logo riqueza maior para o país, em termos sociais o país estabilizaria. Pessoas sem emprego ao nivel que hoje temos é um sério problema de regime. Não é possivel aguentar isto muito mais tempo. Até porque o ataque do governo agora foi para os reformados que eram aqueles que estavam a sustentar a vida dos 50% de desempregados sem subsidio de desemprego. Os reformados são, pois, os pais e ma~es e avós que tem estado a aguentar socialmente o país. Ao retirar salario a esta gente, o caos vai-se instalar. E o gverno que se cuide, porque das canções passar-se-à para o arremesso de coisinhas más...
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Rb

lusitânea disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lusitânea disse...

o desemprego é grande?Para o desgoverno até nem parece.85 mil novos portugueses em cada um dos últimos 2 anos?e pobrezinhos como convém aos salvadores do planeta por nossa conta?Sem acabarem com essa mama ninguém fica a salvo.E isto vai ficar um Haiti em menos de um fósforo...

Filipe Silva disse...

O regresso ao Escudo seria uma anormalidade com os politicos que temos.

Portugal no Estado novo, tinha uma moeda forte e crescia a taxas médias de 6,6% ao ano.

A moeda forte nunca foi impeditivo de crescimento, basta ver que 75% do que exportamos é para a zona Euro, logo aqui o valor do Euro pouco interessa.

Moeda forte torna as nossas importações mais baratas, e como não temos grandes recursos naturais, é uma mais valia, a energia sai mais barato.

Convém não esquecer que o problema dos custos é os de contexto.

A realidade seria que as exportações levariam uma abanam muito grande, dado que os custos de importação das materias primas seriam enormes.

Hoje as economias estão muito mais interdependentes.

Portugal importa, acrescenta valor e exporta.

A auto europa é um caso paradigmático deste fenómeno.

O que seria feito é um aumento dos impostos, dado que a inflação é um imposto escondido.

O ciclo do crédito barato chegou ao fim, o Rb fala que os reformados são quem tem mantido a economia, errado.

O que tem mantido a economia tem sido o sector privado. É e sempre será o único que pode manter um país na senda do crescimento.

O que hoje acontece é que o Estado retira do sector que cria riqueza para pagar uns direitos que uns decidiram dar a outros sem dar grande cavaco a quem vai e anda a pagar a brincadeira.

Keynesianismo bacoco já Portugal anda a utilizar ha 20 anos com os resultados que deu.

A economia é dinâmica e é necessário deixar esta ajustar há nova realidade, continuar a procurar manter um sistema que ruiu, faliu em 2008 é pura estupidez.

O Euro obriga os politicos a fazerem o que não querem.

Tivessemos nós moeda própria já estou a ver o filme, toca a enganar o pagode.