22 fevereiro 2013

ansiolíticos acima dos 65 anos?

No Público de hoje, a Alexandra Campos dá conta de que, em Portugal, "As receitas de ansiolíticos para idosos duplicaram", em 2012.
"O aumento foi exponencial na prescrição destes fármacos (ansiolíticos) a maiores de 65 anos, subindo de 1.739.406 em 2011 para 3.577.838 em 2012".
E porquê? Como se pode ler no artigo, foi porque "A mudança das expectativas para o fim da vida que estas pessoas tinham e as consequentes reduções dos valores das reformas que levaram a uma desilusão e sentimento de insegurança" determinou um maior recurso a estes fármacos.
Infelizmente, a Alexandra Campos passou completamente ao lado da verdadeira história. E qual é ela?
A verdadeira história é que os ansiolíticos, de um modo geral, estão contra-indicados em pessoas com mais de 65 anos. As recomendações do FDA apontam para que estes medicamentos só devem ser usados em último recurso, em doses baixas e por curtos períodos de tempo - 3 a 4 semanas.
O seu uso mais prolongado está a associado à emergência de comportamentos violentos, irritabilidade, suicídio, diminuição das capacidades intelectuais, despersonalização e ainda a um aumento de 50% na incidência de demência.
Há ainda um risco acrescido de fracturas, por quedas, e de acidentes de viação.
Como é que a Alexandra Campos não investigou este assunto é que é de espantar.

27 comentários:

Nuno disse...

Se estão contra-indicados, então como é que a prescrição aumentou?

zazie disse...

O que é de espantar?

Espantada ficaria se investigassem

Ricciardi disse...

É espantoso, então, que os médicos portugueses desatem a prescrever ansioliticos sem ter em devida conta os maus efeitos que tem para idosos.
.
Deve ser por causa das comissões, talvez.
.
Rb

zazie disse...

Ainda há tempos falei disso e fui aqui insultada.

zazie disse...

É por causa de serem estúpidos. Ponto final.

Porque já assisti a excesso de estupidez medicinal

":O)))))

Anónimo disse...

Os médicos receitam (principalmente os clínicos gerais)a pedido do utente Não estão para se chatear, não lhes pagam para isso E alem disso o utente é quem mais ordena.

Fernando Tavares disse...

Pois bem Sr. Joaquim Couto.
Concordando com a base contraditória da sua parte deste artigo , concluímos facilmente que, os SUICÍDIOS aumentarão exponencialmente com a falta de prescrição de calmantes ou ansiolíticos para os mais idosos. Haverá dúvida deste facto?
Dentro de «6 Meses», virei a ler aqui, da mesma autoria possivelmente, que é inacreditável o elevado número de suicídios contabilizados em Portugal!
Claro que haverá doutas opiniões que, virão a justificar tal acontecimento, completamente fora de controlo do SNS e até possivelmente provenientes de outras situações que nunca terão sido equacionadas por quem de direito e obrigação.
Em que ficamos então?
Caro conterrâneo, Sr. Joaquim Couto (que até sou seu fã e o vou lendo diariamente e digo, já agora com agrado) por favor, saia meu caro do seu cadeirão inglês de orelhas e coloque-se no lugar de alguém que, nada tem, pois os rapinantes deste pobre país e eu sei que o Joaquim, alguns conhecerá, tudo lhe tiraram...Até a dignidade de viverem num lugar de questionável salubridade que, a Câmara lhes cedeu, para “habitar” após muita intervenção das Assistentes Sociais e hoje, essa mesma Câmara, para pagar mordomias havidas em outro tempo, exige renda a quem nem metade desse valor o cidadão em causa, (MAS NOSSO CONCIDADÃO), recebe da Seg. Social.
Como julga no seu entender, Sr. Joaquim Couto, que um idoso com 80, ou 90 anos, abandonado pela família e pelo «Estado», ponderará fazer, numa situação como a que acabo agora de descrever, quando tudo à sua volta e neste seu mundo se vai apagando lentamente como lamparina com a falta de azeite, numa lenta e inexorável agonia, carregada de solidão e desespero?
Tomará simplesmente por 3 semanas os tais ansiolíticos?
Naturalmente que este cidadão já nem forças terá sequer, para ser violento.
Que fique claro que a sua teoria é completamente correcta, quando afirma;
«A verdadeira história é que os ansiolíticos, de um modo geral, estão contra-indicados em pessoas com mais de 65 anos. As recomendações do FDA apontam para que estes medicamentos só devem ser usados em último recurso, em doses baixas e por curtos períodos de tempo - 3 a 4 semanas. O seu uso mais prolongado está a associado à emergência de comportamentos violentos, irritabilidade, suicídio, diminuição das capacidades intelectuais, despersonalização e ainda a um aumento de 50% na incidência de demência».
Pois bem.
Mas será cristão, obrigar que estes nossos concidadãos, sofram amarguradamente até ao fim da lamparina, bem idosos, sem lhes dar algo que atenue esta tremenda dor de vivência, pois a recomendação Europeia ou Internacional é só de TRÊS SEMANAS no máximo?
Não concordo de todo, consigo Joaquim.
Se a sua teoria que concordo, for dirigida a uma classe etária dos 45 aos 70 anos, tudo bem.
Depois desta idade e com os problemas por mim aqui colocados considero um egoísmo extremo não facilitar alguma dignidade a quem mais nada tem.
Felizmente, tenho um PAI com 99 anos feitos que nunca tomou ansiolíticos, compreendo por isso mesmo aqueles que não tiveram a providência de serem semelhantes a ele.
Aceite os meus melhores cumprimentos,
Bom fim-de-semana
ftavares

zazie disse...

Como assim?

Evita-se o suicídio com Lexotan e Valium?

Ele há com cada um que mete dó.

Anónimo disse...

Como é que a Alexandra Campos não investigou este assunto é que é de espantar. "

Ahahahahah. Mas estes jornaleiros investigam alguma coisa?

zazie disse...

O que é estes palonços imaginam que é um ansiolíticos?

Drunfam os velhos, palerma. Drunfam-nos para não os aturarem.

Nos lares estão todos drunfados, em estado catatónico e isso tudo é feito e prescrito por médicos que deviam ir de cana.

zazie disse...

Quando contei isto aqui, com exemplo que presenciei, o Birgolino nem piou.

Porque as pessoas nem têm a mais pequena ideia do que são essas médicas destacadas para lares, que vão lá apenas para assinarem uns papeis e eles poderem ter contrato com farmácias para drunfarem os velhos.

Já assisti a isso. Ponto final.

Vi a enfermeira e preparar as doses iguais para todos e vi que não eram os remédios que as pessoas tinham levado de casa.

E depois preguei a rasteira num lar particular.

Levei uma caixa apenas com 10 comprimidos lá dentro, para tempo igual e tapei o resto com papel para parecer embalagem completa.

Quando fui buscar a pessoa de 93 anos, vinha em estado catatónico que nem engoliar água conseguia e a tremer toda.

A imbecil do lar vai e dá-me a caixa e diz que só sobrou o que lá estava.

Abro e estavam lá os únicos 10 comprimidos que lá tinha metido dentro.

Não lhe deram um único com receita da médica de família, porque drunfaram com outros mais fortes receitados sabe-se lá por que nazi que faz esse frete.

Um dia destes caço uma e depois v.s até lhe podem ver a fuça.

Porque também já me ando a fartar desta vergonha que são os médicos e toda a chusma de assistentes sociais e putedo que explora lares como se se tratasse de casa de passe.

zazie disse...

E não estou a contar aqui nada que não tenha contado à responsável que arranjou o lar e que é funcionária pública.

Isto passa-se em lares particulares e em lares estatais.

Todos dão cobertura a esse crime que cometem com os velhos e existe putedo que dá pelo nome de médico e médica que se presta para o trabalho sujo da prescrição sem sequer olharem ou conhecerem, ou fazerem consulta a quem se destina.

Têm o tacho, vão aos lares uma vez por semana, assinam as receitas e depois eles já têm contrato certo com farmácia que vende as drogas.

Vivendi disse...

Uns chás à moda antiga e os efeitos serão brutalmente melhores que qualquer drunfaria.

Anónimo disse...

Zazie, em primeiro lugar, escreveu o que é de escrever. Parabéns.
Os "lares" são depósitos de idosos (80 ou mais anos) para os quais a SS dá dinheiro (dos impostos) pois a família é pobrezita e como todos trabalham (ou fingem que), não têm tempo (nem área doméstica) para os aturar. Têm pilim para telemóveis, ipad, iphone, e ai ai. Também para Meo ou similar (prá bola).
Sou médico. Todas as semanas entram em Santa Maria uns zombies vindos de "lares". E é lindo de se ver que uns 3 dias após se parar aqueles tóxicos que lhes dão no "lar", constatar que uma "couve com olhos" passar a ser gente que fala, que passa a ser um idoso de cabeça normal. O parkinsonismo (causado pelos tóxicos) desaparece ou atenua-se.
Tudo isto para que os velhos(as) não chateiem no "lar". Tenho visto escaras como não via há 20 anos, o que é a assinatura do desleixo.
Há muitos casos de demência vascular; as de Alzheimer são raras.
Não conheço algum fármaco que seja útil numa demência, mas a Indústria tem um notável alibi para continuar a vender tretas caríssimas. É moralmente impossível fazer o b-a-bá: avaliar dois grupos de dementes — um tratado com a molécula XPTO e outro tratado com miolo de pão.
E dizem que os seus fármacos atrazam a evolução.
Cambada.
Para terminar:
1. ninguém se suicida, excepto por depressão grave. Nunca vi um canceroso suicidar-se ou pedir eutanásia.
2. há 50 anos meu Pai, médico, dizia-me que os colegas portugueses não sabiam prescrever. Continua a ser a pura das verdades.

Anónimo disse...

Caro Fernando Tavares,

Compreendo e sou sensível aos seus argumentos, mas as estatísticas não olham para casos particulares.
Como justifica que, em Portugal, o consumo destes medicamentos seja quase 4 vezes superior à média da UE.
Algo deve estar errado, ou não?

zazie disse...

Ainda bem que confirma o que eu disse; inclusive o parkinsonismo e a inexistência de fármacos para a demência.

Porque eu tenho familiar com demência e foi precisamente com ela que isto aconteceu.

Uma vez, de um desses lares, veio com ataque de parkinsonismo que teve de ser internada em S. José.

E era tudo drunfos. Tudo causado pelos sedativos que lhes dão.

Compeltamente zombies; diz bem. E as pessoas são estúpidas e depois fazem aquelas reportagens a dizer que os velhos estão nos lares, abandonados pelos familiares, e com ar triste e olhar ausente.

Quando o olhar ausente é causado pelas drogas com que os encharcam pura e simplesmente para não os aturarem.

E eu acabei com tudo isso. tirei os remédios e disse ao responsável pela neurologia de S. José que o tinha feito porque a minha familiar só estava doente quando tomava essas porcarias todas.

A verdade é que já vai para 2 anos que fiz isto e ela agora está fina. Nem parkinsonismo, nem vertigens, nem desmaios nem nada.

Tem a loucura natural da demência e, para adormecer, basta até fazer uns truques com a luz; não apagando logo, para fingir que não vai dormir e dar-lhe um bombom ou pedaço de chocolate que fica logo calma.

zazie disse...

Chegou a ter bomba de oxigénio num dos lares temporários onde esteve umas 3 semanas.

tal não eram as doses cavalares do que lhe deram.

A ela e a todos porque a enfermeira enfiava os comprimidos, todos iguais, num canudo de doses e dava-lhes a todos o mesmo.

Prescrito por quem?

Por uma médica que eu nunca vi e que vai ao lar carimbar a fraude.

E sei até como funciona depois com as farmácias porque também apanhei uns que se descaíram.

Fingi que ia lá da parte do lar e disseram logo que ficava na conta...

zazie disse...

Ah, e para quem imagina que isto tem a ver com o preço do lar, a surpresa engraçada, contada por quem trabalha num VIP é que é igual.

Mesmo nos lares pagos a peso de ouro fazem o mesmo.

E é por isso que os velhos, em indo para os lares, duram pouco.

zazie disse...

E diz bem em relação ao tipo de demências.

Eu também me fartei de ler papers a ver se compreendia como é qie podiam saber a diferença entre Alzheimer e demência vascular e darem remédios caríssimos para o Alzheimer e não darem na demência vascular.

E cheguei á conclusão, de senso comum, que não sabem!

Não sabem! só se pode saber com rigor depois de morto e nem vão gastar dinheiro a fazer biopsia à maça encefálica de todos os que morrem por demência.

Portanto, os remédios específicos para o Alzheimer, caríssimos e inúteis, andam a ser dados a centenas ou milhares de pessoas que nem têm sequer Alzheimer.

Foi isso que pensei. E ainda o pensei mais pelo facto das retardadas mentais da assistência social já terem "neurologistas" que vão a casa e lá se paga um pouco menos que em Hospital privado, porque no do Estado bem podiam esperar deitados que não havia vaga.

Ora um neurologista que vai a casa, para exames que só podem ser feitos com máquinas que apenas existem nos hospitais, é uma fraude igual ou pior a terem contrato com bruxo.

E são também esses "neurologistas que vão a casa" que receitam mais merda dessas para justificarem o preço que cobram pela aldrabice.

zazie disse...

massa encefálica, eehhehehe

Fernando Tavares disse...

Caro Joaquim Couto
Tenho naturalmente que reconhecer, que este excesso do uso de ansiolíticos terá alguma justificação. Como diz, 4 vezes mais que a UE,é sem dúvida substancialmente elevado.

Não sou favorável de todo, ao uso de tal terapia, no entanto, acredito que estaremos socialmente também, 4 vezes pior que a UE.

Com 1 milhão de desempregados em 9/10 milhôes de habitantes, começa a ser considerável o estado de espírito que tal situação provocará.
Naturalmente que não será o ansiolítico que vai evitar o pagamento das dívidas pessoais, mas se calhar atenuará a angustia de tão gravosa situação.
Talvez daí, a justificação do excesso no uso deste fármaco.
Aceite os meus respeitosos cumprimentos.
Bom fim de semana,
ftavares

zazie disse...

Os ansiolíticos, ao contrário do que o nome diz, não tiram ansiedades.

Apenas servem para induzir o sono.

E depois há idiotas que os receitam logo pela manhã, para as pessoas andarem a dormir durante o dia.

O Lexotan e semelhantes até podem causar depressão e ansiedade.

zazie disse...

Mas é impressionante como as pessoas ficaram com a cabeça feita pelos médicos de família e agora têm mais fé neles, como se fossem os feiticeiros da tribo.

E o bom povo que lá se sabia cuidar, agora, para não se sentir "discriminado" toma toda a porcaria e dá às crianças recém-nascidas, antibióticos para tratarem constipações.

Anónimo disse...

Mr. Tavares não sabe nada de biologia nem de medicina.
Vá bugiar com as sua suposições.

BLUESMILE disse...

Nem mais, Joaquim. Além das dependências e dos síndromes de privação...

O facto desta "subida exponencial " estar associada à prescrição feita dos médicos de família também me deixa a pensar...

BLUESMILE disse...

" os SUICÍDIOS aumentarão exponencialmente com a falta de prescrição de calmantes ou ansiolíticos para os mais idosos"...

Por acaso, há grande probabilidade dos suicídios aumentarem quando se prescrevem ansiolíticos a rodos, sem controlo ou adequação...

muja disse...

Que vergonha Zazie... Que horror!

Não lhe ocorre dizer nada sobre isto, Joaquim?

Nunca ouviu falar? Nunca lhe chegou aos ouvidos?

E não é só o Joaquim. Também gostava de ouvir o Paulo Mendo que, entretanto, parece que não gostou muito da freguesia...

É que é muito bonito andar a "discutir" o SNS e o direito à saúde e toda essa cantiga, mas depois nestas merdas ninguém pia. Parece que têm medo. Resta saber de quê...