Outra das intoxicações intelectuais conseguida por Keynes concerne a incompreensão crónica sobre o que significa procura/oferta de moeda e procura/oferta de crédito.
A procura/oferta de moeda respeita à procura por saldos monetários (ex: o aumento da incerteza leva as pessoas a procurar maiores saldos de moeda) e induz alterações no nível geral de preços (deflação/inflação). Mas em si mesmo não implica necessariamente alterações nas taxas de juro e à repartição relativa entre consumo/poupança.
A procura/oferta de crédito concerne a actividade de poupança/investimento determinada pela preferência entre consumo hoje e a possibilidade de maior consumo amanhã que se expressa nas taxas de juro.
Keynes conseguiu misturar estas 2 categorias de acção humana dizendo que a procura por moeda (liquidez) depende da taxa de juro provocando a maior confusão nas cabeças dos economistas desde então, deixando a ideia (Keynes, como outros pensadores admirados é absolutamente confuso e contraditório na sua obra - em certa academia, dá-lhe o ar de complexidade e profundidade) que a maior ou menor escassez de crédito se deve aos maléficos acumuladores ("hoarding") de moeda (sempre a ideia dos burgueses aforradores como culpados por baixo consumo), criando uma escassez artificial de capital.
E isso leva-o a afirmações absolutamente idiotas como:
“Existe espaço, por conseguinte, para ambas as políticas, operarem em conjunto: para promover o investimento e, ao mesmo tempo, promover o consumo…”.
“Não há motivos intrínsecos para a escassez de capital..."
1 comentário:
Que pena os poderosos e influentes não terem a humildade de darem ouvidos ao CN. Ele tem tudo tão claro na cabecinha, que desperdício para todos nós!
Populaça, grato.
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