24 fevereiro 2013

a paixão pela educação

Ao longo dos últimos anos, todos os governantes fizeram questão de salientar a sua paixão pela educação. Em palavras e actos, ao ponto de gastarmos mais na educação do que a média da OCDE.
Não deixa por isso de surpreender que, segundo o INE, o rendimento mensal por nível de formação tenha diminuido apenas para os licenciados, se analisarmos o período entre 2009 e 2012 - o período da crise.
Para as pessoas com ensino básico o rendimento aumentou 2,5%, para o secundário aumentou 0,1% e para as pessoas com licenciaturas diminuiu 9,5%.
É caso para perguntar, para que serve afinal uma licenciatura em Portugal? Será que alguém pensa que são as pessoas com o ensino básico que nos vão tirar da crise?
O socialismo e a social-democracia deram nisto.

10 comentários:

lusitânea disse...

As "vanguardas" intelectuais cuidam para que aos operários e camponeses nada falte.E sem fronteiras.Estes tudo fazem para não trair a sua classe...pelo que pelos vistos existe para aí um impasse ideológico a necessitar de uma "ruptura"...

Guilherme disse...

Que análise mais distorcida. Parte da conclusão a que quer chegar e escolhe o periodo de tempo mais conveniente para tal.
Para concluir se a licenciatura é conveniente, ou não, precisa alargar muito mais o periodo de tempo em análise.

Unknown disse...

Eu acho que isto é explicável pelo facto de os licenciados estarem mais concentrados nas camadas mais jovens da população, mais sujeitas ao ciclo económico por causa da precariedade das relações laborais que têm..

José** disse...

Um caso bem estranho com impacto sobre a reputação das universidades portuguesas e alunos.


http://enseignementsup.blog.lemonde.fr/2013/02/22/luniversite-portugaise-fernando-pessoa-recidive-a-beziers/

Anónimo disse...

sou licenciada desde 2006 e nunca exerci. já fui recibo verde, actualmente subcontratada a termo incerto com rendimento que não chega a 600€. parece-me um óptimo exemplo.

Anónimo disse...

Qual é o universo? os licenciados? Mas nesse saco o que não falta são licenciados em tretas… e como são licenciados em tretas, arranjam emprego em tretas, ou em coisa nenhuma (como aquela mafarrica que depois de tirar a licenciatura em relações internacionais, e a seguir um mestrado em estudos da paz, mostra-se perplexa por não encontrar emprego…!?....)
Neste quadro se no numerador colocarmos o somatório dos rendimentos dos licenciados, e no denominador o número de licenciados, o que é que se adivinha que vai acontecer no período 2009/2012?...
AM

Vivendi disse...

Quem escolhe as profissões que são necessárias a um país?

Os empreendedores ou o estado?

Quem dominou a escolha?

Os resultados só se admira quem quer.

muja disse...

Pois, quem nos vai tirar da crise não são as pessoas com ensino básico, até porque são cada vez menos. Agora é tudo ensinado superiormente.

Se ao menos os que ainda tiveram instrucção primária durassem mais umas décadas em condições de trabalhar, e os ensinados superiormente conseguissem não estorvar muito, ainda podia ter alguma esperança...

Euro2cent disse...

> aquela mafarrica que depois de tirar a licenciatura em relações internacionais, e a seguir um mestrado em estudos da paz, mostra-se perplexa por não encontrar emprego…!?...

Falta de jeito. Há uma dessas (lic, relações internacionais), com 25 ou 26 anitos, a receber perto de 5.000 euros como assessora, salvo erro no ministerio da economia.

Nada que se compare aos tempos do PS, em que um curso de gestão de marketing dava para um sub-30 ir para administrador da PT pago a milhão de euros por ano.

Ainda dizem mal.

Anónimo disse...

E que com a avareza destes fiscos dos paises-estados latinos um ja nao sabe bem que estrategia adoptar:

http://www.elmundo.es/elmundo/2013/02/24/espana/1361705003.html