29 janeiro 2013

os reacionários (I): D. Miguel I de Portugal

Gosto deste trecho retirado da wikipédia:

"Ideologia

D. Miguel era um homem de ideais católicos e tradicionalistas, os quais defendia com frontalidade. Era pouco popular entre a burguesia, mais aberta à influência do ideário liberal, mas gozava de grande popularidade entre o povo, que, caído na miséria após as guerras contra Espanha eFrança, via num rei forte a figura de um salvador. A isto acresce que era a Igreja quem muitas vezes matava a fome do elevadíssimo número de mendigos e deserdados de mais de 30 anos de guerras, pelo que a inimizade dos liberais face a esta instituição terá levado a que o povo se colocasse ainda mais do lado miguelista.
D. Miguel era também um admirador do chanceler Metternich da Áustria, embora afirmasse não ser adepto de uma monarquia absoluta mas apenas pretender libertar Portugal das influências estrangeiras, principalmente das ideias da Maçonaria, que considerava nefastas."

Pois bem. Quem venceu a guerra civil foi D.Pedro. Os "liberais" e constitucionalistas. O que aconteceu? O Estado foi empossado de muitos mais poderes que anteriormente (porque esse é o paradoxo do constitucionalismo) e daí a pouco tempo tinha lugar o roubo massivo de propriedade da Igreja, com o fecho de conventos e mosteiros (agora pousadas? estabelecimentos do estado?), a expulsão de um número elevadíssimo de pessoas que viviam em comunidade e em apoio ás populações locais e que não sabiam viver de outra maneira, foram para mendigos, assim referido por Alexandre Herculano.

2 comentários:

Vivendi disse...

E pode juntar ainda a independência do Brasil pelos liberais constitucionalistas.

Com a maçonaria Portugal só empobreceu e empobrece.

Esse período foi mais um daqueles momentos decisivo em que Portugal falhou na sua história.




O Insurgente da III República disse...

Se tivesse cumprido com a Carta Constitucional de 1826 - a constituição que mais tempo durou no nosso país, e que efectivamente tinha equilíbrio de poderes, ao contrário da de 1820 - não teria existido uma Guerra Civil sangrenta. Teria sido melhor para o nosso país.