10 janeiro 2013

os bifes da Isabel Jonet e o FMI

Pay reductions have focused on high earners which have further flattened the public-sector wage structure. This policy has tried to preserve the incomes at the lower end of the pay scale for equity purposes, but it should be noted that these public-sector employees are not at risk of poverty.

... os funcionários públicos na escala mais baixa de remuneração não estão em risco de pobreza.
FMI

Vamos ter que empobrecer muito, mas sobretudo vamos ter de reaprender a viver mais pobres...
as pessoas não têm dinheiro, então não podem comer bifes todos os dias.
Isabel Jonet

15 comentários:

Lionheart disse...

Não queriam cortes na despesa? Pensavam que seria "pêra doce"? Num país onde tanta gente depende do Estado, cortes na despesa seriam sempre politicamente mais sensíveis do que aumentos de impostos. Por isso é que em vez de ser a primeira coisa que o governo fez, será a última.

Mas é evidente que não há moralidade nenhuma nisto tudo. Um país que assumiu as tramóias da banca, tinha de fazer tudo para penhorar o património dos ciganões que originaram o lixo tóxico do BPN - que só isso são 3 ou 4% do défice - antes de cortar pensões ou despedir funcionários públicos.

Ricciardi disse...

Portanto, se os salários mais baixos da FP ainda não está no nivel de risco de pobreza, a ideia é coloca-los nesse patamar.
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O mesmo é dizer que, se se destruiu lapidarmente a classe média portuguesa, sem resultados na consolidação, terá de se alargar o confisco à classe baixa que ainda não é mesmo pobre.
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Um argumento palerma. O argumento não é esse. O argumento deve ser racional. E o argumento racional é apenas um: que os salários do Publico e do Privado, por classe profissional e mérito individual, devem ser mutuamente alinhados. Isso quer dizer que um jardineiro com igual mérito ou competência deve ganhar sensivelmente o mesmo no Publico e no Privado. Que um médico deve ganhar o mesmo, em função gradativa do mérito individual, no Publico e no Privado.
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Daqui resulta que, por exemplo, se um jardineiro da Camara Municipal ganha mais no Publico do que um equivalente em mérito no privado, o seu salario deve poder ser corrigido por equivalencia ao privado.
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E porquê?
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Porque não cabe ao estado liderar o nivel de salarios das diversas profissões. Isso cabe ao mercado faze-lo. E o que assistimos em Portugal é que o Publico tem erradamente o poder de exemplo. E devia ser ao contrario.
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Ou seja, se um médico ou um professor ou um Arquitecto ganha menos no PUBLICO, já um jardineiro, um motorista e um auxiliar ganham mais.
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E o que é o que o governo faz para tornar a coisa mais justa. Reduz salarios a todos. Nada de mais errado.
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Se eu gerisse assim a minha empresa os melhores engeneheiros e comerciais, que sao a alma do negocio, basavam e ficava lá com os melhores motorista e contadores de feijoes que não acrescentam, nem mexem o fundo à panela.
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Rb

zazie disse...

Existe tabela da Função Pública, com carreira estipulada e regulada.

Portanto, se deve ser alterada, é, do mesmo modo que foi criada sem precisar de andar a fazer equivalências com o privado.

E eu penso que sim. Que a tabela da FP tem de ser alterada e, principalmente, moralizada, nos cargos políticos.

zazie disse...

Mas é claro que os netontos só se lembram de serviços públicos e nunca falam dos tachos governamentais.

jjoyce disse...

a zazie sente na pele que ganha pouco...

Unknown disse...

segundo a CCT da /AECOPS, um jardineiro ganha a partida,,,, 496,5 €....

quem diz que se deve começar por aqui,,, devia ir nadar no meio da Mer....a.

Anónimo disse...

Zazie,
"E eu penso que sim. Que a tabela da FP tem de ser alterada e, principalmente, moralizada, nos cargos políticos.".
Pensa muito bem, as reumerações e todo o trabalho na Função Pública, ou se quiser no Serviço Público, ou seja, no serviço que muitos portugueses ajudam a fornecer a todos (Comunidade) os portugueses devem ser revistas. Devemos ajustar sempre. Ninguém está isento de ter que se adaptar de melhorar e evoluir. Todos devem ser chamados a pronunciarem-se sobre isso.
Os políticos, os Secretários e os Staff dos seus gabinetes e os assessores, nomeados não são funcionários públicos.
Há muito ruído e confusão que aproveita a muitos.
Os funcionários públicos suportam os disparates cometidos por estes dirigentes políticos, duplamente. Como trabalhadores e como portugueses.
Lamento muito que se confundam políticos com cargos de nomeação para os serviços públicosque têm ordenados chorudos (fora da tabela) com os verdadeiros funcionários que vão ser,eventualmente, despedidos e que fazem falta a todos os portugueses. Depois queixam-se que demoram tempos infinitos nas filas que há atrasos. Muitas dessas ineficiencias estão relacionadas com estes nomeados que têm de assinar , despachar e decidir. Depois atiram as responsabildade para os outros.
Lamentável o desconhecimento generalizado da matéria de causa para a discusão e a inveja quanto às alegadas boas condições de trabalho.
Somos invejosos, broncos, analfabetos, enfim mediocres.

Ricciardi disse...

«segundo a CCT da /AECOPS, um jardineiro ganha a partida,,,, 496,5 €....
quem diz que se deve começar por aqui,,, devia ir nadar no meio da Mer....a» Alvaro
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Alvaro, às vezes as pessoas falam verdade por linhas tortas; convido-o a ler as entrelinhas acerca do que eu disse.
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Anyway, quando me referi a jardineiros e motoristas queria, obviamente, dizer que o que resulta do estudo o Banco de Portugal acerca do assunto, diz que são as profissões menos qualificadas da FP as que auferem proporcionalmente mais do que as mesmas no privado. E que, portanto, as profissões mais qualificadas são piores remuneradas que o privado.
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Das duas uma, ou sou eu que me explico mal ou é v.exa. que não apanha o sentido das coisas. Inclino-me mais para ser defeito meu... mas a vida ensinou-me a não excluir qualquer hipotese.
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Rb

Anónimo disse...

E ninguém quer reconhecer quanto as profissões mais qualificadas no Público, pese a menor remuneração face ao Privado, garante aos mesmos uns "biscates" extra, quer na "venda das facilidades" nos despachos, que lhes passam pela secretária, quer nos pareceres e nos projectos - em parcerias clandestinas com amigos e familiares - que anexam ou exigem aos interessados que seja aos processos que dependem da sua área de actuação. De resto, o doc. do FMI apenas se limitou a falar verdade antes do tempo. Um dia destes, quando já ninguém pudesse pagar mais impostos para custear a despesa pública, era por aí que tínhamos que abrir caminho...! Só por ignorância e jacobinismo é que ainda se aceite este tipo de ataque ao FMI e às verdades que o mesmo encerra.

zazie disse...

Palerma: eu não sou funcionária pública.

Sou liberal.

zazie disse...

Quanto ao resto, o Paulo Sarnada disse tudo.

Anónimo disse...

Há que tempos não lia uma página de comentários tão bem feita. Sem autismos nem automatismos. Parabéns a todos, Dr. Couto, inclusivé.

Anónimo disse...

Hola Zazie,
:-)

Romanini disse...

é, vamos todos voltar ao tempo do pé descalço e canastra da sardinha à cabeça

Unknown disse...

Rb,,,, Calma,,,, :)

serviu de tábua para a minha tábua,,, tinha que assentar em alguém,,,, ;)

eu percebi perfeitamente o que quis dizer e aliás,,, como sabe de vez em quando "rapino-o" para o meu blogue...


acho que tem uma coisa que cada vez mais falta faz consciência,,,,

abraço e boas pescas por ai,,,

já agora a marginal inundou,,, portanto eu estou perto do meu dito.... hehehehehe