“É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha, que um rico entrar no reino dos céus”, Mateus capitulo 19 versículo 24Jesus Cristo com esta frase não terá querido dizer que os ricos são, por o serem, más pessoas. Também é a interpretação doutrinária vigente que os bens em si não são maus desde que não se tornem em ídolos alternativos. Os bens podem ser um meio de salvação e de perdição dependendo da forma como se usam e acumulam. Mas para entender isto não basta ouvir a palavra, é preciso lê-la e fazer um esforço por interpretá-la. Talvez isso explique o sucesso do capitalismo nos países protestantes e a tendência ao socialismo dos países católicos. Os primeiros entenderam há muito o que aquela passagem quer dizer, os segundos não, e continuam a achar que Deus castigará quem acumula capital.
08 janeiro 2013
Não perceberam
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11 comentários:
Um socialista protesta num país protestante e mandam-no trabalhar e este cala...
Um socialista protesta num país católico e distribuem-lhe renda que muitas vezes nem existe para distribuir e este não se cala nunca.
Porreiro pá.
"tendência ao socialismo dos países católicos."
Ai está um bom tema que aguarda desenvolvimento, incluindo o sucesso que tiveram os partidos comunistas nos países da cultura católica, por oposição aos de cultura protestante.
O Pedro Arroja explica muito bem as causas das diferentes produtividades/eficiencias entre católicos e protestantes. E nenhuma delas tem a ver com medo de ser castigado por acumular riqueza. De entre várias coisas que ele tem dito, retive aquela que me parece mais importante: o personalismo católico por oposição ao individualismo protestante.
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Leia o post aonde ele fala acerca disso e compreenderá que não tem nada a ver com as razões que vc aduziu.
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Mais a mais, vejamos, eu nunca me apercebi que algum Portugues evitasse acumular riqueza com medo de ser castigado por Deus.
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E se se falar nos descobrimentos e fins do estado novo, aonde a procura de riquezas além mares foi o farol que norteou o nosso trabalho, concluirá certamente, que não conquistamos o mundo para evitar que os nossos irmãos de outros paises incorressem num pecado. Quisemos, isso sim, ardentemente, ser os primeiros a acumular. O castigo nunca nos passou pela cabeça, creia-me, sinceramentre.
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Agora, pode é dizer outra coisa que poderá ter tido influencia nos fluxos de capital. Os juros. A proibição de cobrança de juros influenciou os movimentos de financiamento e empurrou os emprestadores (em várias epócas da história) para fora do nosso país. Inglaterra, por exemplo, foi bastante beneficiada no sec XVIII.
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Rb
E há outra questãozinha que é preciso pôr, e que é:
Talvez isso explique o sucesso do capitalismo nos países protestantes
À custa de quê (ou de quem), é que o capitalismo teve tanto sucesso nesses países (e nesses apenas)?
e a tendência ao socialismo dos países católicos
Quem, por obras, palavras e intenções, mais contribuiu para que tal coisa acontecesse?
Pooois... Não perceberam...
Max Weber.
De onde se conclui que os católicos mais fervorosos da nação são do partido comunista... e do bé...
Faltaram à cataquese exactamente no dia em que explicaram essa passagem... -- JRF
Está enganado. Os católicos mais fervorosos da nação são do BPN. Até o santuário de Fátima pastou por lá.
Consta que também há católicos dos mais fervorosos no Banif, benza-os Deus nosso senhor.
Os católicos mais fervorosos da nação são do BPN
A começar pelos que o nacionalizaram...
Benza-os nosso senhor que foi só para fazer por que os contribuintes passassem mais facilmente pelo buraco da agulha...
Por acaso, ou talvez não, essa do buraco da agulha não é muito citada em inglês.
Eles preferem "the root of all evil is (the love of) money" - a parte entre parentesis é omitida quando conveniente.
Incidentalmente, uma boa parte dos titulos de livros e artigos em inglês citam ou aludem a uma de duas coisas: a biblia versão King James (KJV), ou Shakespeare.
«O neto da Infanta Maria Antónia, Otto von Habsburg foi o último regente do império Austrohungaro, “subiu” ao trono já a Primeira Guerra Mundial ia a meio e viu-se sem títulos quando terminou.
Quando entregaram o feretro aos frades capuchinhos da Kapuzinerkirche apresentando-o com todos seus os títulos, receberam como resposta “Não o conhecemos”. Só quando o afirmaram como “mortal e pecador” lhe abriram a porta.»
http://txticulos.wordpress.com/2011/08/01/nao-o-conhecemos/
Sobre a propriedade onde se incluirá o dinheiro seria oportuno rever a Enciclica de João Paulo II - Solicitude Res Socialis. Creio que é assim a designação.
É um alerta muito importante e um guia sobre a natureza da propriedade.
Paulo Sarnada
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