... O FMI foi ingénuo. Partiu do pressuposto de que o Estado é uma empresa com certos objectivos, como o de garantir o acesso à educação e à saúde, e sugeriu maneiras de o Estado cumprir a sua missão com mais sucesso e sem fazer sofrer tanto o país. Ora o Estado não é bem isso. É a forma como nos relacionamos uns com os outros, e o meio através do qual a oligarquia política controla a população.
Rui Ramos
Rui Ramos tem razão e não tem, e de algum modo acaba também por demonstrar uma certa ingenuidade. O Estado a que se refere, em Portugal, já não existe. Não temos moeda própria, não temos fronteiras, não temos política comercial autónoma e estamos submetidos a tribunais internacionais de última instância. Neste momento, Portugal parece mais uma empresa do que um Estado, e uma empresa falida sob administração judicial.
3 comentários:
Boa Joaquim!
Joaquim,
Esse Estado a que se refere o autor - definido como "a forma como nos relacionamos uns com os outros"- não existe em Portugal nem em lado nenhum.
Então, o Estado é a forma como nos relacionamos uns com os outros? É à bacalhauzada ou ao beijinho?
PA
Também não entendo essa forma de nos relacionarmos uns com os outros... se me esforçar entendo que o Rui Ramos se queira referir às regras da sociedade, ordenamento, posteriormente à justiça... pode fazer algum sentido...
De qualquer modo, em Portugal o Estado está falido e é moralmente... e como o Estado acaba por ser um reflexo da sociedade que tutela, quer dizer que isto está falido moralmente... está tudo na mais abjecta lama... Só um tolinho espera alguma coisa deste Estado que não seja roubo e coação... -- JRF
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