23 dezembro 2012

o presidente junta

O estatuto social é de extrema importância para os primatas. Os machos dominantes têm mais acesso às fêmeas, reproduzem-se mais e portanto têm mais sucesso genético. Nalgumas culturas desenvolveram-se mesmo regras específicas com esta finalidade. Nos Incas do Peru, os chefes tribais tinham direito a sete mulheres, os governadores de populações com mais de 100 habitantes tinham direito a oito, os de populações com mais de 1000 habitantes tinham direito a quinze e os reis tinham direito a pelo menos setecentas mulheres, a plebe ficava com as sobras.
Nas civilizações modernas a relação entre estatuto social e sucesso genético é mais subtil (Edward Wilson), mas sabe-se que um estatuto social elevado está associado a maior longevidade e à fornicação de mais fêmeas, embora não necessariamente a mais filhos. Pelo menos reconhecidos como tal, se me permitem ser advogado do diabo.
Post que eu escrevi em 10/4/2008

Sendo a natureza humana o que é, a Reorganização Administrativa do Território das Freguesias implica necessariamente uma reorganização familiar e sexual que realinhe a "potência sexual" dos caciques locais com a respectiva "potência autárquica" que lhes vier a sair em sorte.
Se um presidente de uma pequena Junta de Freguesia tinha, por hipótese, a mulher e uma amásia, com a extinção da sua freguesia vai ter de se dedicar mais à família e menos ao forrobodó. Pelo contrário, o presidente que vier a liderar uma futura agremiação de freguesias, pode aspirar também a "agremiar" mais algumas fêmeas e, para além da mulher e da amásia, vir a desfrutar de mais duas ou três "teúdas e manteúdas", de acordo com a dimensão do seu novo território.
A grande dificuldade da reorganização administrativa do território só podia dever-se a obstáculos de "monta", digo eu.
Mas atenção, este argumento é meramente "académico" e não pretende ferir a susceptibilidade de nenhuma florzinha de cheiro.

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