21 novembro 2012

o calvário

Metade dos portugueses vive à custa da outra metade.

8 comentários:

lusitânea disse...

Então e os 500000 listados no SEF fora os ilegais onde é que "trabalham"?

Ljubljana disse...

Ora aqui está um bom exemplo de aplicação de uma economia comunitária. Metade trabalha para suportar a outra metade.

Lionheart disse...

É mais do que metade a viver à custa da outra metade. É para aí um terço a trabalhar e a descontar para os outros.

muja disse...

Metade??

Acho que essa meta já foi ultrapassada faz algum tempo, Joaquim.

O Medina Carreira - repito - disse uma vez naquele programa da TVI, que 90% dos impostos são pagos por 10% dos contribuintes.

Mesmo que o homem estivesse a exagerar, que acho pouco provável, ou que os números estejam mais ou menos incorrectos, é sempre muito mais que metade... E é uma vergonha.

Porque, quer dizer, se uma pessoa ganha o ordenado, vêm os cabrões e levam-lhe uma parte de tal forma que ele fique com pouco mais que o RSI ou coisa que o valha, com que direito então se paga esse mesmo RSI a quem não faz coisa nenhuma?

Em vez de ensinarem os pobres a pescar, deram-lhes peixe e disseram aos pescadores: pesquem mais. Estamos a chegar à altura em que os pescadores recebem tanto peixe como os pobres, mas só eles é que pescam. É fácil de adivinhar o que vem a seguir. Das duas, três: - ou os pescadores atiram com a cana, ou se recusam a entregar o peixe, ou morrem à fome porque não pescam o suficiente para eles e para os outros...

muja disse...

Mas há mais...

"MEIO MILHÃO DE ANALFABETOS O Censo mostra que cerca de 500 mil portugueses não sabem ler nem escrever. O número de analfabetos caiu para metade na última década, mas Portugal continua a ser o país da Europa com a maior taxa de analfabetismo."

E eu que pensava que já não havia disto no Portugal democrático... Que com a libardade tinha desaparecido o obscurantismo... Será que o ter caído para metade foi porque foram morrendo uns quantos?

"o número de portugueses com mais de 23 anos que completaram o ensino superior duplicou, passando de 9% para 15%. A maioria dos licenciados, 60%, são mulheres."

Ora, interessante era saber o número de portugueses que completaram o ensino superior com 23 anos. E esses, ou muito me engano, ou diminuíram. Que agora são sete em média para fazer um curso de quatro. Alguém paga...

Outra coisa interessante era saber, desses 15%, a distribuição por universidade, assim como frequência por curso. Tenho dúvidas que saiam mais engenheiros do Técnico. Já psicólogos(as) ou "cientistas" sociais da Miguel Torga, acredito que sejam aos magotes... Uma mais valia para o país, portanto...

Por fim, e não me lembra se o censo indaga sobre isto - calculo que não - de extremo interesse e relevantíssimo serviço público, era saber a percentagem de portugueses que ingressaram nas fileiras dos partidos políticos e o aumento, se possível, desde a última contagem... Especialmente nas chamadas "jotas", e quantos desses são ou eram menores à data do recrutamento.

BLUESMILE disse...

Chama-se a isso solidariedade, caro Joaquim. Os que podem trabalhar apoiam os que o não podem fazer - os doentes, idosos, desempregados, crianças.

E ainda bem que assim é.

BLUESMILE disse...

"90% dos impostos são pagos por 10% dos contribuintes."

Se assim fosse era uma vergonha. Não por pela cobrança de impostos mas pela pobreza assumida da maior parte da população portuguesa.

Significaria uma clivagem social tremenda - 10% da população seria rica e 90% tão pobre que não teria sequer capacidade contributiva.

BLUESMILE disse...

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/pobreza-em-portugal-e-preciso-subir-os-salarios-e-diversificar-fontes-de-rendimento-1329698