17 outubro 2012

TSU


Vitor Gaspar pediu aos deputados da maioria medidas de corte na despesa no valor de 500 milhões a 1000 milhões de euros. Tenho uma sugestão que poderá ser interessante. Não sei se já alguém pensou nela. Em vez da sobretaxa de 4% sobre todos os trabalhadores sugiro que em alternativa se faça o seguinte:
- aumentar em 7% a TSU a todos os trabalhadores usando a mesma progressividade das medidas de corte de salários da FP de 2012
- cortar na TSU das empresas num valor agregado igual ao agregado pago pelos trabalhadores do sector privado.

JoãoMiranda, no Blasfémias

Comentário: É agora claro que a solução TSU era melhor do que a alternativa encontrada para o OE de 2013. Os empresários agiram de forma leviana e prejudicaram o País. Como eu disse na altura:

Empresários deram um tiro no pé nos cornos. Aumento da receita não é compensado por quaisquer medidas de incentivo ao crescimento económico.

O governo também foi incapaz de vender a medida da TSU.

12 comentários:

Anónimo disse...

O governo também foi incapaz de vender a medida da TSU.

...

O Joaquim é um dos convencidos das "bondades" da aplicacaçao medida TSU para a economia portuguesa.
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E que ja só faltavam uns quantos bons vendedores traidos de escolas de Marketing do extrangeiro e que assim a mesma medida podia ser aplicada e até com sucesso garantido.
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Com bons vendedores e acima poupando um naco mais...tudo isto sem vaselina...

zazie disse...

Mas estamos em democracia directa?

Não sabia.

BLUESMILE disse...

Mais disparates.

Anónimo disse...

Na verdade isto é conversa partidária. O melhor que aconteceu a este governo foi o país ter recusado o negócio da TSU. É que depois de aumentar em 7% a TSU sobre os salários (sem qualquer proveito orçamental), o governo NÃO teria qualquer hipotese de acomodar mais impostos. Estava completamente desarmada neste novo orçamento de estado.
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Anyway, na volta a TSU era boa ideia, sei lá, na volta era melhor ter acelerado o processo de denefestação. Quanto mais rápido se der cabo do país, mais rápido iremos finalmente ter um goverbno que efectivamente quer governar.
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Um tipo pergunta ah e tal mas aonde é que vamos buscar 500 milhoes. E eu vejo ali despesas gerais de soberania na ordem dos 2,6 mil milhoes, vejo 556 milhoes que se pagaram este ano com PPP's, vejo despesas com beneficios fiscais a empresas no off-shore no valor de1,3 mil milhoes... e vendo tudo isto não compreendo como alguem me pode dizer que Nao existem alternativas.
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Existem. E muitas.
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Aquelas que referi são indispensaveis, no matter what. Mas a cobrança de impostos tem de MUDAR completamente. Não pode ser mais exigido ao TRABALHO e ao CAPITAL mais impostos. Nao dá mais pé cára.
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A lógica da cobrança de impostos tem de ir por outro lado... ir aos movimentos efectivos de dinheiros; quer dizer deixar de TRIBUTAR que gera RIQUEZA (o trabalho e o capital) e passar a tributar os movimentos que se consubstanciam em consumos variados.
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O que interessa estar a taxar os exportadores ou empresas em geral, se eles triangulam os recebimentos por paraisos fiscais? que interessa estar a taxar os salarios das pessoas se são estas aquelas que consomem o que aqueles produzem?
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Rb

Anónimo disse...

Resumindo, a abrangencia ou a base tributavel das sociedades está, nos dias que correm, enviesada. Nem se tributa verdadeiramente os rendimentos empresariais, nem o tributos junto dos particulares rende o suficiente. Na pratica existe uma grande franja de pessoas, particulares ou empresas, que nao contribuem para o país. Eu estimo que cerca de 50% dos movimentos de consumo do país não gera qualquer imposto.
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O mercado paralelo (sem facturaçaõ) está nos 25%. O mercado ilegal (prostituição, jogo, droga, etc) está nos 15%. O mercado da trinagulação de lucros por off-shores estima-se que represente cerca de 15% do total.
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Ora todos estes movimento, cerca de 55% do total, não pagam qualquer imposto.
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E só pode aqui que o estado tem de ir buscar dinheiro. Esta vertente fiscal começaria de imediato. Tao imediato quanto imediata a decisão de baixar as TAXAS de imposto. De supeton.
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Rb

zazie disse...

De supeton

ahahahahahah

Filipe Silva disse...

E o pessoal continua a bater na mesma tecla.

Social democracia não é nada mais do que um forma de socialismo ligth, ou uma forma de atingir o socialismo sem ser pela força.

Vejamos se o Estado consome 51% do PIB para ter deficit zero terá de cobrar 51% de impostos, e se quiser reduzir a despesa deverá gastar menos do que recebe.

Se o português quer ter um Estado "social" forte, terá de aceitar pagar por ele, tendo impostos muito elevados, se não quer impostos elevados não pode ter um Estado "social" forte.

Desde 1920 que Von Mises explicou a impossibilidade do socialismo, mas o pessoal continua a insistir.
Einstein dizia que o sinónimo de insanidade era fazer o mesmo várias vezes e esperar resultados diferentes.

O Estado quando dá algo a alguém, tem de necessariamente retirar de outro.

Concordo com o Rb o sistema tem de mudar, mas não para ir buscar mais dinheiro para manter o sistema ponzi a rolar durante mais uns tempos.

“There is no means of avoiding the final collapse of a boom brought about by credit expansion. The alternative is only whether the crisis should come sooner as a result of a voluntary abandonment of further credit expansion, or later as a final or total catastrophe of the currency system involved.”

A citação acima demonstra as escolhas que temos, ou continuamos neste caminho, o Rb defende mais ou menos o mesmo que o governo, a forma é diferente, mas ambos procuram manter o status quo.
Ou conscientemente alteramos o nosso caminho e enfrentamos a realidade com plena consciência ou a realidade tratará de nos mostrar mais uma lição.

Nunca foi tão importante aprender o que a escola Austríaca nos tem para ensinar, muita asneirada teria sido evitada se tivessemos dado atenção ao que Menger, Bohm-Bawerk, Von Mises, Huerta de Soto(meu favorito) entre outros.

Mas estes nem quase mencionados são nas faculdades de economia.

muja disse...

Mas para que é que é preciso a escola austríaca? Bardamerda com essa gente, pá!

A escola portuguesa funciona perfeitamente. Há quarenta anos estava a funcionar melhor que qualquer desses austríacos.
O problema foi que acabaram com o regime dos professores e começaram um de alunos. Maus.
E como os alunos gostam é de léria, já se sabe, aqui vamos nós "experimentando" escolinhas. Ora é o xuxial-democracismo, ou o xuxialismo, ou o austriaquismo ou o keynesianismo, ou o não-sei-quesismo.
No fundo, tudo variantes do mamadismo. Em que uns pagam e os outros mamam.

Antes disso é preciso substituir os alunos por professores. Os cachopos pelos homens. Até lá, mamadismo é o que vai haver.

lusitânea disse...

O Governo foi incapaz de vender a TSU mas pode importar sindicalistas chineses...numa de internacionalismo sindical!Um dos chineses que já cá manda anda arreliado porque nunca mais lhe obedecem.Já lhe explicaram várias vezes os direitos dos trabalhadores mas ele continua fulo a perguntar pelo tal trabalhador que nunca mais vem do norte...

Anónimo disse...

E pronto quer o João Miranda quer o Joaquim julgam que isto vai lá com tricas para contornar as imbecilidades do Tribunal Constitucional.

A TSU não deveria sequer estar ligada ás empresas, e o seu valor deve depender daquilo que as pessoas querem receber caso estejam em dificuldades ou na reforma.

lucklucky

zazie disse...

"A escola portuguesa funciona perfeitamente"

AHAHAHAHHAHAHA

joserui disse...

O João Miranda é o mesmo que campeia ali na coluna da direita (salvo seja!)?... se ele tivesse interesse em escrever aqui não escreveria Joaquim? Ou foi banido?...
E os seus dedicados leitores Joaquim? Se tivessem interesse — por exemplo eu —, em ler o Miranda não se deslocariam ao pasquim onde ele vai narrando as suas desinteressantes aventuras? -- JRF