12 outubro 2012

redistribuição


Ontem, num debate televisivo que apanhei num zapping, um deputado do PS manifestava-se contra os cortes na despesa, afirmando que ‹‹os cortes na despesa são um imposto sobre os pobres››.
Compreendo este ponto de vista, num país socialista como Portugal, uma fatia considerável dos salários é paga em géneros — saúde, educação, etc. — e, portanto, um corte na despesa equivaleria a uma espécie de imposto. Seria um imposto sobre os rendimentos pessoais em géneros: IRG.
Claro que esta lógica também nos leva a compreender que, para os socialistas, o Estado Social não é apenas um meio para ajudar os mais necessitados, coisa com que todos concordamos, é sobretudo um meio para redistribuir riqueza e nivelar a sociedade.
O problema dos socialistas é que para redistribuir riqueza há um elemento essencial, como diria o Sr. de La Palice, que é ser necessário haver riqueza, e isso é o que, hoje em dia, não há.
O Estado Social tem portanto de evoluir de uma perspectiva redistributiva para uma perspectiva assistencial, pelo menos enquanto não criarmos qualquer coisinha para redistribuir.

2 comentários:

Anónimo disse...

Paz,pao, habitacao, saude... É o hino do PSD.
.
Rb

Anónimo disse...

Para contrariar algumas teorias absurdas que pululam neste blog, onde alguns autores tentam por todos os meios advogar uma sociedade feudal, desumana e miserabilista apoiando-se aoenasa em preconceitos e números manipulados.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2824083&page=1