Na sua crónica de hoje, no Público, Frei Bento Domingues, depois de vilipendiar o ministro das finanças e o primeiro-ministro, propõe à Conferência Episcopal a realização de uma ‹‹manifestação nacional para alterar as políticas que sacrificam sempre os que deveriam ser mais beneficiados››.
‹‹Não poderia, por exemplo›› — diz o bondoso frade, ‹‹a Conferência Episcopal promover, através das paróquias e das dioceses, dos movimentos e associações católicas, vigílias de oração e de aprofundamento do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja, na situação actual, convergindo depois tudo para a peregrinação nacional a Fátima nos próximos dias 12 e 13 de Outubro?››.
Ou seja, Frei Bento Domingues propõe que a próxima peregrinação a Fátima se transforme numa manifestação política. Francamente!
Há anos que não assistia a um aproveitamento político tão vil do fenómeno religioso de Fátima. Espero que o Cardeal Patriarca venha repor o bom-senso.
34 comentários:
a Conferência Episcopal deve apoiar tal medida, ou medidas semelhantes, de uma forma discreta...
O Governo e o Partido Socialista que não toca nas PPP´s em nome da Blindagem das Leis Maçónicas-Judaicas, a Igreja Católica Portuguesa deve responder com um rotundo murro na mesa, face a tal roubo !!!
Ele chegou a apoiar descaradamente o Sóctrates e a falar em cabalas
E toda com razão...
J
á agora deviam ler e aprofundar a última encíclica papal.
com a eminência do maior ataque à cultura católica desde a I-Republica...em Portugal! a Igreja Católica Portuguesa deve enviar uma mensagem bem clara ao Governo do FMI/BCE bem como aos Iberistas Judeus...
E se fosses levar no cu? Talvez te acalmasse, digo eu.
Atentamente,
Zazie
Algum animal assinou por mim no comentário anterior.
(o Joaquim insiste em deixar isto assim e é no que dá)
Desta vez apoio sem reservas a má educação da Zazie.
Não seja besta. Quem escreveu aquilo foi um imbecil que se fez passar por mim.
Eu já tinha dito que nem comento esse ser
Se quiser até lhe dou o IP do que escreveu isso.
É do Barreiro. Já o cacei
Joaquim,
Não esqueça que, na doutrina católica, Deus também está no Diabo. O Diabo é uma criatura de Deus.
PA
Tanta hipocrisia. Tanto revolucionário e "patriota" de trazer por casa. Se Portugal não quer viver com as imposições da Troika, que é apenas a representante dos países que nos financiam, TEM de sair do Euro e arcar com as consequências, boas e más. Não há mas, nem meio mas. Autonomia com o dinheiro dos outros não existe em lado algum. É a mesma coisa que pretender ter vida independente com o dinheiro dos pais. A não ser que eles sejam muito bonzinhos, ou condescendentes (conforme a perspectiva). Mas como os credores de Portugal não estão para nos dar nada, os empréstimos têm um preço. É a natureza do negócio. Os bancos quando emprestam dinheiro também querem receber o dinheiro de volta e ganhar mais algum.
É bom que se discuta isto a sério. Mas mesmo a sério, porque até agora só tem havido "folclore", agora também na rua. Até porque podem ser os outros a decidir quando e como e depois estou para ver onde é que a esquerda vai arranjar dinheiro. A Angola não pode ser, porque a esquerda caviar não suporta a humilhação. Aos "chinocas" também não, porque são demasiado trabalhadores, o que faz lembrar a escravatura. Aos brasileiros também não se pode recorrer, porque são demasiado "incultos", apesar dos índices de leitura meterem os nossos num chinelo, ou não fosse o poder das editoras e do português do Brasil que impôs o acordo ortográfico. Pode ser que a esquerda c**** dinheiro, sei lá. Pelo sim pelo não, é melhor ir fazendo as malas.
Ontem foi um dia engraçado.
Portugal, o povo a desesperar, a maçonaria a inaugurar e o Sócrates a jantar...
Como diria o outro, isto anda tudo ligado.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=59170
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/socrates-reune-estado-maior
Não deixa de ser curioso como é ninguém se lembra de organizar manifs contra as PPPs, por exemplo...
Lá chegaremos.
Os freis vermelhicidas são uma desgraça como os outros vermelhicidas em geral... não me lembro de peregrinações a Fátima quando esse delinquente refugiado em Paris andava a arruinar o país... -- JRF
Joaquim! Uma grande verdade: (Conservatives) "We will never have the elite, smart people on our side.", diz o seu amigo Rick Santorum...
Publique lá isto na primeira página Joaquim... eu concordo com o Santorum... -- JRF
mujahedin مجاهدين disse...
Não deixa de ser curioso como é ninguém se lembra de organizar manifs contra as PPPs, por exemplo...
Justamente. o povo já passou ao lado do BPN e agora nas PPPs.
A manifestação de ontem é completamente insipiente que só serviu para repetir uns chavões do 25 de Abril. Mas nem na 3ª falência o povo acorda...
Eu esta semana nem perco tempo no meu blogue a debruçar-me na atualidade.
Estou sim a fazer um pequeno levantamento no meu blogue "Na senda de Salazar".
Verifiquem as diferenças de pensamento que havia na altura...
http://vivendi-pt.blogspot.com
Do ponto de vista social, os sistemas de segurança e previdência sentem dificuldade, e poderão senti-la ainda mais no futuro, em alcançar os seus objectivos de verdadeira justiça social dentro de um quadro de forças profundamente alterado. O mercado, à medida que se foi tornando global, estimulou antes de mais nada, por parte de países ricos, a busca de áreas para onde deslocar as actividades produtivas a baixo custo a fim de reduzir os preços de muitos bens, aumentar o poder de compra e deste modo acelerar o índice de desenvolvimento centrado sobre um maior consumo pelo próprio mercado interno. Consequentemente, o mercado motivou novas formas de competição entre Estados procurando atrair centros produtivos de empresas estrangeiras através de variados instrumentos tais como impostos favoráveis e a desregulamentação do mundo do trabalho. Estes processos implicaram a redução das redes de segurança social em troca de maiores vantagens competitivas no mercado global, acarretando grave perigo para os direitos dos trabalhadores, os direitos fundamentais do homem e a solidariedade actuada nas formas tradicionais do Estado social. Os sistemas de segurança social podem perder a capacidade de desempenhar a sua função, quer nos países emergentes, quer nos desenvolvidos há mais tempo, quer naturalmente nos países pobres. Aqui, as políticas relativas ao orçamento com os seus cortes na despesa social, muitas vezes fomentados pelas próprias instituições financeiras internacionais, podem deixar os cidadãos impotentes diante de riscos antigos e novos; e tal impotência torna-se ainda maior devido à falta de protecção eficaz por parte das associações dos trabalhadores. O conjunto das mudanças sociais e económicas faz com que as organizações sindicais sintam maiores dificuldades no desempenho do seu dever de representar os interesses dos trabalhadores, inclusive pelo facto de os governos, por razões de utilidade económica, muitas vezes limitarem as liberdades sindicais ou a capacidade negociadora dos próprios sindicatos. Assim, as redes tradicionais de solidariedade encontram obstáculos cada vez maiores a superar. Por isso, o convite feito pela doutrina social da Igreja, a começar pela Rerum novarum, para se criarem associações de trabalhadores em defesa dos seus direitos há-de ser honrado, hoje ainda mais do que ontem, dando antes de mais nada uma resposta pronta e clarividente à urgência de instaurar novas sinergias a nível internacional, sem descurar o nível local.
A mobilidade laboral, associada à generalizada desregulamentação, constituiu um fenómeno importante, não desprovido de aspectos positivos porque capaz de estimular a produção de nova riqueza e o intercâmbio entre culturas diversas. Todavia, quando se torna endémica a incerteza sobre as condições de trabalho, resultante dos processos de mobilidade e desregulamentação, geram-se formas de instabilidade psicológica, com dificuldade a construir percursos coerentes na própria vida, incluindo o percurso rumo ao matrimónio. Consequência disto é o aparecimento de situações de degradação humana, além de desperdício de força social. Comparado com o que sucedia na sociedade industrial do passado, hoje o desemprego provoca aspectos novos de irrelevância económica do indivíduo, e a crise actual pode apenas piorar tal situação. A exclusão do trabalho por muito tempo ou então uma prolongada dependência da assistência pública ou privada corroem a liberdade e a criatividade da pessoa e as suas relações familiares e sociais, causando enormes sofrimentos a nível psicológico e espiritual. Queria recordar a todos, sobretudo aos governantes que estão empenhados a dar um perfil renovado aos sistemas económicos e sociais do mundo, que o primeiro capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa, na sua integridade: « com efeito, o homem é o protagonista, o centro e o fim de toda a vida económico-social
Sou agnóstico (e julgava-me laico) mas considero que perante o actual estado da situação a Igreja tem a obrigação ética de agir.
O Joaquim acha bem (eu também) que um jornal promova uma petição contra o aumento de impostos, porque razão é que a Igreja, sendo uma instituição ecuménica e mais antiga que o próprio Estado Português, tem de se auto-censurar perante uma gritante injustiça social?
Eu, sinceramente, começa é a incomodar-me que a Igreja Católica não use o seu poder em nome (na defesa) dos valores que defende.
Talvez ganha-se com isso...
Uma análise muito correta da situação Bluesmile. Concordo inteiramente com ela.
A "análise" é uma encíclica do Bento XVI.
(falta sempre o pequeno detalhe das fontes)
Cara Fernanda Viegas:
O google permite facilmente identificar a fonte. O texto não é meu é de Josepph Ratzinger.
Não coloquei o autor de propósito - para os habituais fascistas de discoteca - este texto é uma pagela do BE e os católicos que assim pensam, a começar pelo actual Papa são uns ferozes comunistas.
Eu acho bem a ideia de Bento Domingues sobre a crise económica. E de Bento XVI também.
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20051225_deus-caritas-est_po.html
A Bluesmile esqueceu de colocar as aspas. Percebe-se que está a transcrever um texto, mas é sempre bom citar a fonte. Eu não sabia que era do Bento XVI.
Foi de propósito.
Comentamos ao mesmo tempo, mas o da Bluesmile entrou primeiro. Por vezes essa é uma boa técnica. O meu padrasto era uma excelente pessoa, mas muito faccioso. Se estavamos a ver um debate na tv, ele era capaz de apreciar um comentário. Se alguém dizia que o tipo(a) que o proferiu era do partido x ou y, apagava logo a tv e já ninguém tinha direito a ver nada! Lá em casa não se falava de política nem de religião.
"A manifestação de ontem é completamente insipiente "
Pois. "Insipiente". Nada como um neologismo. Ou será o tal analfabetismo funcional igual ao do taliban?
Cara Fernanda:
Em minha casa sempre se falou de política e de religião.
:O)
Se se desse ao trabalho de ir ao dicionário, o gravador azul saberia que "insipiente" não é neologismo nenhum;"incipiente" também não... Muito embora nenhum dos dois significados corresponda muito bem à ideia que o autor quer transmitir. parece-me.
Portanto há, realmente, um caso de analfabetismo funcional juntamente com um equívoco de significados.
Penso que a palavra que o Vivendi buscava é "insípida".
1. Insipiente
Sinônimos: ignorante insensato analfabeto apagado asno atrasado beócio besta boçal bronco burro chucro desalumiado estúpido fundo ignaro iletrado incompetente inculto insciente insipiente leigo néscio nulo oco peco rude sendeiro simplório toupeira vão imprudente cínico desadvertido desaforado desajuizado desavisado descarado desfaçado despropositado doidivanas estouvado inadvertido incauto inconsiderado indiscreto leviano precipitado precipitoso procaz temerário demente estulto incoerente insano louco sandio vesano indouto
Não faltaram manifestantes dentro deste moldes...
Para a próxima façam uma manifestação com foco! Um tiro um boneco! É mais eficaz.
Então nesse caso não seria uma "manifestação insipiente", mas uma manif de insapientes.
Ou talvez quisesse falar de uma manifestação incipiente.
É a literacia.
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