28 agosto 2012

o problema VI

A minha proposta é reduzir o Estado Social a serviços básicos. Na saúde, por exemplo, é possível cortar 20% na despesa, sem comprometer a qualidade dos resultados obtidos. Mas é necessária vontade política para mudar de paradigma. Sem mudanças radicais, não é possível reduzir mais.
Na educação é necessário um corte de idênticas proporções. Eu aceitaria eliminar o ensino superior gratuito, ou talvez limitá-lo a áreas carenciadas — com saídas profissionais garantidas.
Na segurança social também são necessários cortes da mesma magnitude.
Eu tenho a certeza de que estes cortes vão ter de ser efectuados. Só não sei se resultarão de uma estratégia pensada para nos tirar deste atoleiro económico ou se vão ser efectuados em cima do joelho, à última da hora e com a "faca ao peito".

154 comentários:

Pedro Sá disse...

Na segurança social há algo de simples a fazer. Ver uma a uma quais são as prestações concedidas. Aposto como acabar com uns 80% delas faria todo o sentido, mantendo-se os outros 20% que aliás corresponderão por certo a 80% dos gastos, e que são as essenciais, tais como os subsídios de desemprego e de maternidade, as reformas...

Anónimo disse...

Caro Pedro Sá,
É uma boa ideia.

lusitânea disse...

E se descolonizassem?Era 0 4 em um...

Kruzes Kanhoto disse...

Eu ia muito mais longe. Privatizava todas as empresas públicas, a começar pelos transportes, colocava portagens na entrada das cidades e acabava com toda a espécie de subsídios estatais. Nomeadamente a empresas e a actividades culturais.

Anónimo disse...

Bem, olhe, Joachim, vossencia nao é pobre, mas é mal agradecido. Este estado tao demoniaco proporcionou a este mundo a possibilidade de ter um medico de excelencia. Olhe, penso ter lido que o prezado Pedro Arroja terá beneficiado de uma bolsa de estudo. Para prosseguir os seus estudos e dar continuadade ãs capacidades e meritos que, um e outro, tinham. O estado nao lhe deu nada, repare. Voce esforcou-se estudando e durante a sua vida terá sido um investmento util para o pais e para a sua famila. Caso contrario teriamos um Joachim alquimista popular, qual prof. Karamba, e um contador de feijoes da mercearia do bairro no caso do Pedro.
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Isto é retorica, obviamente, mas com isto quero dizer apenas que só temos de aproveitar bem o que recebemos. Eramos analfabetos e já nao somos. Tinhamos indices de saude baixos e já nao temos. Investmentos houveram que foram essenciais.
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A certa altura do campeonato, os governos sucessivos em vez de previligiar a qualidade, previligiou a quantidade. Estadas a mais, obras a mais, cenisses a mais. Tudo isto foi alimentado por uma comunidade europeia que ia cofinaciando projectos. Os fundos de coesao foram milimetriamente programados e exigiam dos estados o co financiamento. Na mesma altura eam previligiados investiments em detrimento de outros. As pescas tinham de ser eliminadas. A agricultura tambem. A UE orientou os investimentos de estado com intencao clara. De certa frma fomos empurrados para isso.
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Rb

lusitânea disse...

Com tanto sociólogo "investigador" ninguém nos informa de quanto custam agora os 500000 listados no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras?Os tais do enriquecimento garantido...

lusitânea disse...

Já não falo dos que tinham sido Portugueses, lutaram para o não ser e já são novamente "portugueses".Quantos "comandantes" temos já no "todos iguais,todos diferentes"?enriquecedor claro...

lusitânea disse...

Mas prontos a coisa explica-se às criancinhas de forma muito mais científica:Os Portugueses viviam acima das suas possibilidades...

Filipe Silva disse...

Primeiro fazer uma nova constituição, há luz da que temos nada do que é necessário fazer para resolver o problema é constitucional.

O ensino deve ser completamente privado, sendo as escolas que definem o programa e seus conteúdos que vão leccionar, o aferidor será o mercado de trabalho.
Se uma escola com determinado programa curricular tem uma boa taxa de empregabilidade é natural que esta escola veja a sua procura aumentar bem como os resultados económicos que esta teria.
E os mais pobres? estes seriam altamente prejudicados, não teriam acesso a ensino de qualidade dirão os socialistas.
A realidade é que hoje já não tem acesso a ensino de qualidade, basta ver que continuam a abandonar precocemente a escola, e saem com baixas competências da escola pública.
Seria natural as melhores escolas e não só, formarem bolsas de mérito para crianças desfavorecidas, de forma a dar aos seus alunos uma maior diversidade.
Bem como a sociedade civil poderia criar bolsas de mérito para desfavorecidos(aqui entram as fundações, as que realmente dão algo de volta às sociedades e não como em Portugal que servem para gamar dinheiro ao Estado).


O ensino universitário seria todo privado, e o financiamento seria feito pelas propinas dos alunos, sem qualquer apoio do Estado.
É imoral que um não qualificado ande a financiar cursos como de Medicina, Engenharias, Enfermagem, Docentes, etc....
Alguns emigram (não sendo contra a emigração, a realidade é que o sistema montado em Portugal acaba por ser benéfico para o desenvolvimento das economias estrangeiras).
O caso dos médicos (mais fácil de apresentar como exemplo do ponto de vista que quero passar), sua formação é caríssima, pagam um pequeníssima parte dos custos da sua formação, sendo o grosso(a quase totalidade) feita pela sociedade (impostos sobre todos, um funcionário que ganhe o salário mínimo paga o curso ao médico)

lusitânea disse...

Julgo que nessa operação de "modernização" pós-"fassista" a ONU diz terem desaparecido cerca de 30% das verbas envolvidas.
Mas já agora "as conquistas" pararam e quando se atingir o equilíbrio estarão muito pior do que no antes do 25.Porque antes ao menos havia decência e honradez nos governantes.Que eram ditadores porque se negavam a aceitar a ditadura do proletariado exportado doutras paragens e veiculado pela habitual traição caseira.Agora no bem bom da "gestão" democrata da treta...

Filipe Silva disse...

e depois a organização da saúde em Portugal permite que ganhem muito mais do que a média do país, sendo hoje um dos maiores grupos de pressão que um governo enfrenta,basta ver a greve que fizeram, puramente por motivos económicos.
Maioria "tem o rei na barriga", e prestam um serviço de qualidade fraca, ao contrário da imagem que gostam de passar.

O sistema de saúde devia ser privado, interessante que os que defendem o público dizem que se for privado, os pobres vão ser os mais afectados e mais não sei o que, a realidade é que aplicando as regras da economia ao Sistema de saúde nacional e este teria fechado portas à muito tempo.
Senão vejamos, 10 anos com 10% todos os anos de deficit, dividas com mais de 2anos a fornecedores, pagamentos indevidos, o próprio ministério diz que 10% do orçamento é sobre a forma de fraude, por isso deve ser bem superior.
Ameaças a empresas que procurem que o Estado lhes pague, só efectuando pagamentos de dividas com vários anos, com descontos de elevado montante no valor.
Uma empresa gerida assim pelo privado e o próprio Estado exigiria que esta fechasse portas.
Tudo o que é ilegal a um privado, o Estado pode fazer.

Filipe Silva disse...

A segurança social, uma das maiores mentiras e fraudes em Portugal.

Começando pela TSU, chamam-lhe contribuição para criar a ilusão, que ainda existe em muitas pessoas, que o dinheiro que vai para a SS está lá, tipo um sistema de capitalização (existe uma grande % de portugueses que pensa que o sistema funciona assim).
Mas a realidade é que é um sistema Ponzi, os que descontam hoje pagam as pensões dos de agora.
É um sistema que se for um privado a fazer é considerado fraude.
É um sistema coercivo, se nos recusarmos a pagar vamos presos.
Não podemos nos referir a uma poupança forçada, dado que o dinheiro entra e é gasto imediatamente.
Mesmo o fundo de sustentabilidade foi utilizado para tentar salvar o Estado (pelo menos adiar o pedido de resgate) ao comprar milhões em divida pública nacional.

O RSI, os subsídios todos(maternidades, abono de família, subsídio de desemprego etc...) deviam ser todos deixados de pagar.
A obrigação é o pagamento das pensões de reforma, mas não todas.
O Estado devia já hoje recusar pagar pensões acima dos 3000€.

As pensões mais baixas, são tratadas de forma privilegiada face a algumas mais elevadas.
As pessoas que pagaram mais impostos (como a TSU) devido a terem mais rendimentos, as que comparticiparam (não gosto da palavra) para o sistema, são as que mais prejudicadas saem, senão vejamos.
Uma pensão de sobrevivência é atribuída a uma pessoa que não pagou para usufruir do sistema, esta é lhe pago a pensão (por baixa que seja) e geralmente não são congeladas, agora um pessoa que tenha pago durante a vida e pela forma de cálculo tenha uma pensão de 1200€ , além de não ter direito a aumentos face à inflação, este ano foi lhe cortado 2pensões.
A realidade é que quem paga é prejudicado.
Outro exemplo de estupidez do sistema, uma pessoa poupa e consegue juntar 50mil € durante a vida, hoje fica desempregado e não tem direito a nenhum apoio do Estado, uma pessoa em identicas circunstâncias durante a vida não poupa nada, e tem o apoio todo do Estado no caso de desemprego.

Quem é responsável é altamente prejudicado pelo Estado Social, quem é irresponsável altamente beneficiado.

Aconselho a todos verem o discurso do Ron Paul, que este deu na convenção Republicana, um dos melhores de sempre de algum politico.
Como tenho pena de este não ser o presidente dos USA

Anónimo disse...

Caro filipe, o unico sistema de saude privado que se conhece é o americano. Os resultados estao à vista. Gastam muitissimo mais do que qualquer outro pais europeu.
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Porque é que devemos acreditar em si quando as evidencias apontam em sentido contrario?
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Ja agora, para que saiba, porque é bom saber, os privados já gastam 6,5 mil milhoes de euros com a sua saude. O estado gasta 8,7 mil milhoes. Mais, o custo per capita na saude é inferior a qualquer outro pais da ocde.
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Quando o joachim diz que o estado deve reduzir a despesa na saude em 20%, é bom que se saiba que desde 2010 ja reduziu mais de 12%. A mesma reducao teve a educacao.
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O problema das contas do estado prende-se com o servico da divida. Nos graficos que o Joachim publicou nao aparece os juros. Ora os juros sao a maior despesa de todas. E como nao existe reemobolso de capital estamos a pagar juros sobre juros num crescendo sem fim à vista.
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Se a solucao continuar a ser esta que vem sendo imposta nunca sairemos deste ciclo vicioso. Mais mpostos significa menos economia, menos economia mais necessidade de cortes... Mais cortes mais recessao, mais recessao mais impostos.
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Enquanto isto esta a ser feito as pessoas nem se dao conta de que desde 2008 ate agora o Pib contraiu cerca de 20% e o endividamento amentou mais de 30%.
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É evidente que as coisas nao dependem de nós nesta altura do campenato, mas se a UE insise em manter taxas de jros de resgate nesta ordem de grandesa o mesmo é dizer que nunca mais conseguiremos esbater o defice e o endividamento. Se os juros baixarem para metade, e bem podem baixar se o bce tiver poderes e Deus Todo Poderoso - alemanha - para aí estiver virada, o defice reduz-se brutalmente. Portugal ja tomou o compromisso de inscever os limites ao defice e endidamento na cnstituicao, e bem. A partir daqui, tendo a garantia de que quem vier nao pode contarir mais despesa do que aquela que pode, só podemos andar para a frente se houver uma reducao colossal das taxas de juro. ... E o reembolso do capital deve ser feito em linha com as exportacoes e nao de outra forma.
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A alemanha, fez exactamene isto quando precisou. Negociou a sua divida. Conseguiu perdao de divida parcial e pagamento do resante cndcionado ao ritmo das exportacoes.
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Mas para isso é preciso ter gente que saiba convencer os outros. O que nao é o caso.
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Com isto quero dizer que, mesmo tendo baixado as despesas na educaco e na saude da frma como fizemos, nao vemos melhorias no defice. E porque? Porque o problema nao esta aí. O problema está em dar condicoes para que s privados invistam e empreendam mais. E isso só é possivel se o estado INvestir nma reducao de impostos diectos massiva. Essa reducao de impostos aportaria mais investimento privado, nacional e estangeiro, e consequentemente maior criacao de riqueza. A Irlanda NAO abdicou das suas taxas reduzidas de impostos e foram pressionados a aumenta-las. Os resuktados estao à vista. Ja estao a crescer.
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Em vez de termos desperdicado este tempo com austeridade desmedida que apenas serviu para aumentar a divida ainda mais, podiamos ter aproveitado o endividamento para reduzir os impostos.
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Rb
Rb

Anónimo disse...

Este Filipe é um cómico:

Em resumo: substituir um serviço de saúde com um custo per capita inferior à média da OCDE e com resultados excelentes, por um privado, inacessível a grande parte da população e com custos muito superiores. Os pobres que morram.

Substituir a educação universal, por um sistema privado, com o argumento mítico de que os pobres supostamente já têm uma educação fraca, logo não necessitam de educação nenhuma.

Segurança Social, acaba-se já com isso. Imaginem só as pessoas terem um suporte para quando a vida descarrila e terem um fôlego para se porem de pé.Loucura!

Quando eu leio gente como este Filipe, pergunto-me sempre:
-Será humano?
-Será apenas sociopata?
-Porquê não emigra para um país à imagem dos seus ideais, como o Congo, Angola, El Salvador?
-Será apenas um caso de saudosismo de quando a população portuguesa era na sua grande maioria analfabeta, subnutrida, miserável e com uma esperança de vida de nível subsariano?
-Porquê que em caso de ser apenas um caso de estupidez pura, tenta abrir os olhos e observa que todos os países mais ricos e desenvolvidos do mundo têm modelos que são o oposto do seu?

Fernanda Viegas disse...

Subscrevo totalmente o que o Ricciardi escreveu.E meus senhores, se isto dependesse de alguns de vós,
já nem ossos tínhamos.
As palavras mágicas são:reduzir, eliminar,cortar, destruir, destruir, destruir. Que venha a faca ao peito e matem de um só golpe!

Fernanda Viegas disse...

E já agora também sublinho tudo o que disse o anónimo das 12.06.

Anónimo disse...

"..à última DA hora".

Errata: à última hora.

zazie disse...

É melhor nem ler porque não se aguenta tanta imbecilidade à Filipe Silva

O nosso morgadinho da cubata tem mais paciência e lá carrega os calhaus pela montanha acima para os educar

":O)))))

zazie disse...

São psicopatas suburbanos-

Estes tipos não têm onde cair mortos mas fazem como os pobres a ver novela de ricos- julgam que aquilo é para eles.

zazie disse...

São os maluquinhos que andam a eleger presidentes americanos

ahahhahaha

Como é possível haver gente tão imbecil que acredita que os americanos sabem que eles existem e até vão atrás dos votos que recomendam na blogo

":O)))))))

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Isto da saúde nem vale a pena. Alimentam gestores aos molhos, médicos que nem lá vão, operações que nem são feitas e todo o resto de intermediários que anda ao saque, incluindo fornecedores de materiais e maquinaria.

Mas as taxas moderadoras já aumentaram, ao contrário do que o Joaquim diz.

São 20 euros por urgência- apenas por entrar no hospital e 60 euros de consulta.

Acrescente-se a isso 65 euros de aluguer de ambulância de bombeiros.

145 mocas por ter macacoa e ir ao hospital.

lusitânea disse...

Aqui só falta poderem ouvir a internacional para serem mais afoitos...

zazie disse...

Já quanto ao ensino é diferente e aí, sim, acho que esta igualdade é uma mentira.

Seja nos ATLs e jardins de infância que o Estado abre em bairros de luxo, seja no primário e secundário onde faz o mesmo e na universidade onde só se pagam mestrados e doutoramentos de caca para alimentar profs

zazie disse...

Os jardins de infância do Restelo são usados por pessoas cujos vencimentos por casal já atingem o escalão de topo.

Um contou-me que até tinha no privado mas nem fazia sentido porque o do Estado é muito mais moderno e é dado.

Na Expo, a primeira imbecilidade que fizeram foi abrir uma escola que ajudou a levar à falência os colégios da zona onde várias gerações estudaram.

E era gente de Moscavide que andava no particular, em contrato de associação.

Depois vem o Estado e cria bruta escola pública no bairro de luxo da Expo.

Altamente inteligente e para beneficiar quem não pode.

Foi com esta merda que levaram à falência o ensino particular e agora anda tudo sem saber o que fazer.

joserui disse...

Riscou o disco Lusitânea?... tem que o escovar de vez em quando... e limpe a agulha também, que anda a tocar roufenho... -- JRF

joserui disse...

"a população portuguesa era na sua grande maioria analfabeta, subnutrida, miserável e com uma esperança de vida de nível subsariano"
Isto era quando caro anónimo? Borram sempre a pintura estes com a grande noite fassista... agora é que é bom... abril sempre!... e ainda vai ser melhor...
Dito isto, concordo com o RB. -- JRF

lusitânea disse...

A minha cassete nunca risca.É de qualidade.E vai dar frutos.O meu Avante é um contributo à Portugalidade genuína e uma homenagem aos nossos avós...
Mas gostei de ver alguém a defender que não deveriam nunca ser pagas pensões superiores a 3000 euros.Seria afinal o contributo dos nossos internacionalistas-humanistas à sua causa...

zazie disse...

"o Anónimo" era a Bluesmile. Vai uma aposta?

joserui disse...

Por falar em presidentes americanos... Joaquim! Então agora os anti-ciência que apoia também defendem a violação legítima, ou consentida e tal? Very nice... Um tal de Akin... apoia um grupo mesmo muito pitoresco... pessoalmente eu tinha algum pudor em dizê-lo publicamente... porque os republicanos de facto estão a atingir mínimos muito mínimos... que eu não julgava possível depois do Georgie W. Bush... que seita... -- JRF

joserui disse...

Ai é cassete?... tem de comprar uma daquelas de desmagnetizar... já ninguém atura a sua falta de qualidade sonora!...
Porque não pagar reformas maiores de 3000€ a quem descontou para tal? Deve-se ser contra é que deputados e outros, andem a mamar décadas à conta de meia dúzia de anos de grande sacrifício pela nação!... -- JRF

zazie disse...

É a socretina, pois. De certeza.

Vivendi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivendi disse...

Sobre a saúde.

Os hospitais não foram criados pelo estado social mas sim pela comunidade cristã.

A Santa casa da misericórdia é uma instituição com mais de 500 anos em Portugal. Os grandes hospitais tem todos nomes de santos.

Ajudar o próximo, debilitado e enfermo, é uma importante fator de coesão social.

Na minha óptica já que se paga impostos deve dar-se preferência à área da saúde mas em casos de realmente necessidade e de considerável gravidade.
Excluo os tratamentos relacionados como abortos, cirurgias estéticas e os pequenos tratamentos de proximidade.

Portugal continental deveria ter 5 super hospitais, bem distribuídos geograficamente, com heliportos 24h e bem preparados para tudo e mais alguma coisa, alinhavados com a fundação champalimaud na componente científica.

Os centros de saúde podem ser todos privatizados, os mais carenciados e idosos teriam aqui algum apoio social.

Vivendi disse...

o modelo correto de reformas é o Suíço.
Máximo de suporte estatal 1700 €.

O tuga é que gosta de inventar se julga muito inteligente mesmo quando está falido.

http://vivendi-pt.blogspot.com/2011/12/reformas-na-suica.html

Vivendi disse...

Sobre Salazar foi o maior estadista de sempre em Portugal. Com um estado pequeno foi forte o suficiente para Portugal ter passado um dos melhores períodos enquanto nação e mais relevante ainda num período cheio de adversidades. E é só comparar os índices económicos onde Portugal estava numa lista confortável dos países mais prósperos do mundo. Na democracia caiu bastantes posições.
Aliás se o rigor económico da ditadura se tivesse mantido estaríamos hoje ao nível da Finlândia.

joserui disse...

Caro Vivendi, mas tem de complementar essa informação helvética... máximo 1700€, mas com isso não se vive nem debaixo de uma ponte com vista para os alpes...
Como é o resto? É opcional? Quanto se desconta para se receber esses 1700€? -- JRF

joserui disse...

Eu sei isto: colocar o futuro nas mãos da populaça, mesmo o futuro dos próprios, é receita para o desastre... aliás, a história da cigarra e da formiga não fui eu que inventei...
O estado devia assegurar e ser o fiel depositário das reformas da população, pelo menos da componente principal. Que deviam ser rigorosamente geridas (lá se foi a teoria toda).
Colocar as reformas nas mãos dos bancos é outra receita para o desastre... tenho uma coisa chamada PPR (era PPR/E) e em 10 anos não só nem para a inflação deu, como tudo somado deve estar a perder 1%... e não é um PPR qualquer... é um que eu queria "seguro" e que se chama apropriadamente "Reforma Segura"... tudo bons rapazes nos bancos... -- JRF

Vivendi disse...

Caro José Rui,

O link onde se pode perceber o modelo de reformas suíço, baseado em 3 pilares:

http://www.dbohren.ch/fileadmin/user_upload/Essays/Altersvorsorge-p.pdf

Anónimo disse...

Vivendi, nao me incmodava Nada que fosse a Igreja a gerir a saude. Rigorosamente nada. A privatizar esse sector que seja atraves de entidades que, pelo menos, têm valores e que nao se resumem a meras remuneracoes de accionistas. Nao me convenço, sinceramente, que a saude universal e a lucratividade sejam conciliaveis. Só sao conciliaveis atraves de um preco... E o preco, como vemos nos EUA, é demasiado alto para que o acesso seja universal.
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A saude é demasiado importante para estar nas maos integralmente de privados.
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A educacao é coisa distinta. Embora seja muito importante, nao tem a importancia que tem a saude.
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Como diz Euclesiates (salomao) da biblia, ha um tempo para tudo... E na educacao houve um tempo fundamental para a escola publica. Foi ela que tirou do analfabetismo a populacao portuguesa, e que formou pessoas nas diversas areas. Mas os tempos sao outros. Houve tempo pois para iniciar ma dnamica de conhecimento, mas está na hora de dar m passo em frente e permitir que os privados possam substituir o estado. Nao me chocava nada que s liceus publicos pudesse ser privatizados. Todos eles. Sempre com a regulacao e tutela d estado, ainda assim a conocrrencia entre escolas pode ser um bom factor de desenvolvimento da qualidade... Desde que, muio iportante, o sector nao fique na mao de um oligopolio privado.
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E este é o grande problema de paises pequenos sem escala. Neste tipo de paises pequenos, estes negocios tornam-se rapidamente em negocios dominados por dois ou tres grupos economcos. Em paises maiores, com grande quantidade de cleintela, isso é mais dificil acontecer e resulta bem. Talvez seja por isto que, normalmente, paises da dimensao de Portugal os estados tem maior preponderancia nas actividades economicas. É que é infinitamene mais prejudicial para os cnsumidores um monopolio privado do que um estatal. Daí q a regulacao neste tipo de paises deva ser mais forte. Por exemplo, o mercado portugues nao consegue absrvoer mais operadores de televisao do que os que exisem. Nao ha escala para isso. A populacao é pequena e nao justifica mais investimentos em publicidade, que é o que alimenta as televisoes. Da mesma forma que nao comporta mais cncorrentes noutras areas. Como este mercado nao pode alimentar uma concorrencia perfeita, é ao estado que cabe um papel importante, gostemos disso ou nao. É dispicente comprararmo-nos cm os EUA ou com a franca ou com a alemanha. Nao faz sentdo. Enquanto que lá é possivel rentabilizar duzias de negcoios de uma area qalquer, em portugal só o é para meia duas ou ts empresas... A quarta ja entra em prejuizos cnstantes.
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Portanto, o estado neste paises terá sempre um papel mportante. Bem podem os liberais rebolarem que destas limitacoes nao sairemos.
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Rb

Vivendi disse...

Ricciardi,

A Santa Casa da Misericórdia é das instituições mais antigas em Portugal e deveria ser olhada com mais carinho por todos.

E concordo consigo quando fala nos problemas de concorrência no setor privado. Portugal não tem escala suficiente. E perante isto tem 3 hipóteses de abordagem: protecionismo, maior internacionalização das empresas nacionais(vai demorar décadas para obter resultados), maior abertura ao capital exterior (desregular a economia e baixar fortemente os impostos de forma a atrair novos investimentos).

Anónimo disse...

Para os Filipes, Joseruis e Vivendis desta vida, que vivem num estado mental ilusorio que faz com que digam que no tempo de Salazar é que se estava bem e Portugal era um país fantástico nada como os factos para retirá-los edo topor ideológico e imbecilizante onde se encontram:

Para os que souberem ler inglês:

http://hdr.undp.org/en/media/hdr_1994_en_chap5.pdf

Poderão ver a fig. 93, na pag.96, como Portugal passou de ser nos gloriosos anos 60 do Estado Novo, um país com Baixo Indice de Desenvolvimento Humano, a um País com Elevado desenvolvimento Humano em 1992, já em plena e misera democracia e Estado Social.

Para que não venham inventar mais aqui está um gráfico desde 1980 a 2011, onde se vê o País sempre a desenvolver e acrescer, passando de 3ºmundo a 1ºmundo.
http://hdrstats.undp.org/en/countries/profiles/PRT.html

Poratnto, deixem esse psictrópicos aluciongénicos que andam a tomar e encarem a realidade.

Cfe disse...

É perfeitamente possível reduzir a despesa da saúde.

Vão lá ver, por exemplo, as despesas de cirurgia plástica. Uma coisa é cirurgia de reconstrução facial, derivada de acidentes ou de defeitos congênitos. Outra bem diferente é inflar os para choques dianteiros.

Cfe disse...

Mas julgo preferível cortar nas reformas mais altas do que na educação ou saúde.

Mas tem de ser feita uma exceção as profissões exclusivas de estado, como militares, diplomatas, juízes policias.

Filipe Silva disse...

O sistema americano não é assim tão privado como faz crer.

Existe o Medicare e o Medicaid, bem como planos de saúde públicos em certos estados americanos.

Vamos analisar o porquê de ser incorrecto que a saúde seja da forma como é hoje.

Maioria da Diabestes tipo 2 é auto induzida, isto é, através das suas opções as pessoas contraem a doença, falta de exercicio fisico, má alimentação,
Cancro do Pulmão devido ao consumo do tabaco.
Obesidade devido a actuação dos obesos
Cirurgias plásticas por motivos de falta de auto estima.

E a lista continua(tenho familiares meus que são médicos, conhecidos que são médicos enfermeiros)

Porque é que Eu ou outro cidadão tem de ver o seu rendimento coercivamente retirado para que estas pessoas possam continuar a ter estes comportamentos?
Se um individuo quer fumar,tem todo o direito, sabe os prós e contras.
Porque tenho agora eu de ajudar no seu tratamento? porque tenho de perder rendimento?

Consigo perceber ajudar alguém que tem uma doença que não é causa de um comportamento que esta tenha tido, agora andar a subsidiar tratamentos de quem sabe que o que faz o prejudica, não me entra na cabeça.

OS números que apresentei foram os que o Ministro da Saúde disse em comissão parlamentar que estava a ver.
Hoje acredito que as coisas estejam melhores, é a vantagem da falência.



Vivendi disse...

Então com a expo 98 e a ponte vasco da gama atingiu o climax do desenvolvimento humano. Até se celebrou esse miraculoso desenvolvimento com a maior feijoada do mundo.

Agora só falta pagar a conta!!! Mas somos tão desenvolvidos que a maior parte dos socialistas querem que sejam os alemães a pagar...

Viver à custa dos outros não custa realmente até parece que é gente desenvolvida e tal mas não passam de uns burgueses pedantes.

Filipe Silva disse...

O PIB já decresceu 20%???

Segundo a Pordata o Pib tinha caido entre 2008-2011 6%
A divida aumentou em 56%(aqui os dados incluem o ano de 2012)

Não faço ideia onde foi buscar os dados que apresentou.

Dado que a Economia está globalizada a um nível que uma decisão tomada nos USA tem impacto directo na minha vida, sigo com interesse o que se passa por lá.

Pensei que a crise de 2000 a de 2008 tivesse já demonstrado que o que se faz nos USA implica-nos directamente.

As pessoas esquecem-se que no pós 2GM o sistema monetário internacional de bretton woods colocou o Dólar como World Reserv Currency.
Apesar de este sistema ter ruído em 1971 (Nixon acabou com a convertebilidade do Dólar em ouro), o dólar continua a ser a moeda de reserva mundial (mais de 70% de todo o comércio mundial é realizado em Dólares)


Olhe o parte do aumento do preço do crude devesse ao que o Bernanke fez, com o famoso Quantitive Easing.

Estou me a marimbar se os Americanos sabem quem sou ou deixo de ser, mas aprecio as ideias do Ron Paul.
Aproxima-se mais da forma como penso.

zazie disse...

auto-induzida

ahahahaha

E as opções. Tal e qual a tara calvinista da liberdade como forma de inventar culpados.

André Miguel disse...

Eu acho que anda tudo a ver o filme errado, ele é cortar, cortar, cortar...
O problema de Portugal é económico e nada mais, não há criação de riqueza. Ponto final.
Sem a economia crescer, bem podemos cortar o que for preciso, ter os impostos que quisermos que não vamos sair da cepa torta.
O Estado não é bom gestor, ok, é verdade, então mais que cortar temos que saber onde gastamos mal e corrigir. Alguém sabe quantos funcionários públicos temos a mais? Onde? É cortar por cortar? Onde existem despesas a mais? É cortar a eito sem saber?
E como é que estas alminhas que nos (des)governam esperam por a economia a crescer sem incentivar a poupança e o investimento? É com mais impostos, taxas e taxinhas como vemos actualmente?! Com uma justiça anedótica que nem sequer é capaz de obrigar um caloteiro a pagar uma factura?! Com um sem fim de regulamentos, restrições, regras, procedimentos e o diabo a quatro a infernizarem a vida das empresas?! É com uma economia mista (esta é uma anedota!) onde o sector público ora é aliado do privado ora o seu maior inimigo?! É como uma comunicação social acéfala que diabiliza a riqueza?!
A continuar assim ou eu muito me engano ou esta é mais uma década perdida...

Para o comentador Filipe:
Até eu sou adepto de Fiedman e Hayek, mas tenha calma homem, nem tanto ao mar nem tento à terra! Não há sistemas perfeitos e cada realidade necessita de um modelo de acordo com as suas características socio-culturais.

Filipe Silva disse...

Insultar não torna a realidade diferente, nem como gostaríamos que fosse.

A realidade é que a SS é um esquema ponzi, uma dona branca para quem não sabe o que é um esquema Ponzi.

Hoje os activos pagam as pensões dos inactivos, entra dum lado sai pelo outro.

Daqui por 20 anos se tudo se mantiver constante não vai haver pensões para ninguém.

Porque é que acha que o Estado gere melhor o meu dinheiro que Eu?
Porque é que os socialistas não permitem que as pessoas giram o seu próprio dinheiro?
Porque é que um individuo que ganhe o seu rendimento sem recurso a esquemas, seja porque vende um produto/serviço que os consumidores querem tenha de entregar 80% deste em impostos?

Os problemas da economia portuguesa são directamente ou indirectamente atribuídos ao Estado.

Não tenho grande paciência para pessoas que falam de uma realidade que não existe.

Que não percebem como chegamos aqui (a sociedade ocidental) e as supostas formas de sair daqui só vão levar a um estoiro ainda maior.

Ninguém gosta de ver outro ser humano a sofrer (pelo menos EU não), mas obrigar outro contra a sua vontade "ajudar" e para isso construir uma estrutura burocrática para prestar a "ajuda", é que é bom.

Fernanda Viegas disse...

Ó Filipe a gente morre porque está vivo homem! Se formos por esse prisma, até um copo de água pode causar uma cirrose. Isto é que vai cá um frissom!

Filipe Silva disse...

A realidade é que o país há 10 anos que não sai da cepa torta.

Foi aplicado aqui a receita keynesiana, e o país no mesmo marasmo.

As evidencias demonstram que o caminho não é o que foi e quer ser seguido.
Podemos bater com a cabeça contra a parede, ou mudar.

O problema é que o sistema que esta montado a nível mundial, o de banco central é altamente corrupto.
Os bancos como Jp Morgan, Goldman e companhia só fizeram o que fizeram porque o FED permitiu ao dar lhes dinheiro de borla.

Depois de se perceber como funciona o sistema financeiro percebe se da roubalheira que estes banqueiros fazem, com ajuda de quem? dos amigos politicos.

Enquanto havia crédito ao preço da chuva e o politico podia dar beneficios há grande e à francesa tudo na maior.

PS- Gosto de ler Mises, Huerta de Soto, Friedman nada mesmo, Hayek nem por isso


joserui disse...

Essa do auto-induzida é de antologia... estude no que se tornou o sistema alimentar norte-americano (e infelizmente se está a tornar o nosso) e depois pronuncie-se sobre auto-induções... -- JRF

Filipe Silva disse...

A Fernanda não percebe a questão.

As nossas escolhas tem consequências, e devemos viver com elas.

No seu exemplo se o copo de agua me criar cirrose e eu conscientemente souber disso, devo sofrer a consequência por essa decisão, e não ter de prejudicar terceiros por essa minha decisão.

O mesmo raciocínio se aplica na economia, neste caso tem o nome de Moral Hazard. Look it up

joserui disse...

Caro Vivendi, eu preferia um resumo de um parágrafo... sou resumir os 1700€ como se fosse o princípio e o fim, resuma o resto, ande lá... (não tenho tempo para estudar o sistema suíço a fundo... nem penso mudar-me para lá para já...). -- JRF

joserui disse...

Ò anónimo vai dar sangue e abre os olhos... na diagonal vi Portugal nos Top10 performers de 1960 (horror, era o Estado Novo por mais 14 anos) a 1992... para ti só conta de 1974 a 1992... e esteve sempre parado e estaria sempre parado durante o Estado Novo... -- JRF

joserui disse...

Olha aqui o PIB desde 1960 (Pordata)... sempre a crescer... em 1974 já era mais do dobro...
Se quiseres também procuro a tabela da dívida pós-Abril... -- JRF

Filipe Silva disse...

LOL

Um dos meus hobbies é nutrição, e sigo há vários anos o caso dos USA.

Ficara a saber que desde que os Médicos começaram a meter o bedelho na prescrição e a opinar sobre a alimentação a diabetes(desde o inicio dos 90) e a obesidade mórbida mais que triplicou.

Foram os médicos, e dietistas que afirmavam que a gordura era o responsável pelo aumento do peso, foi a partir daí que começaram a aparecer os miticos produtos low fat.
Depois era a gordura saturada, as pessoas vão atrás e toca a cortar com as gorduras e começam outros problemas de saúde (existem vitaminas liposoluveis, a gordura saturada é necessária por exemplo para a produção de Testosterona)

Como substituiram a gordura nos produtos? Pelos hidratos de carbono, que hoje já é de conhecimento corriqueiro são o principal problema no aumento de peso(a diabetes tipo 2 é derivado de consumo de demasiados hidratos simples, outras doenças como insulino-resistentes, etc...).

Existem enormes lobbys dos produtores de açucares nos Estates, basta ver que a coca cola patrocina tudo e aposta fortissimo na publicidade.

O Macdonalds tem vindo a mudar a sua ementa.
Uma história sobre a opção pessoal, há coisa de uns anos atrás o Mac queria alterar as batatas para uma mistura mais saudável, menos sal. O grosso dos entrevistados afirmou que seria um motivo para deixarem de comer lá se o sabor fosse alterado.

O hidrato é viciante, Hidrato puxa hidrato.

joserui disse...

Nutrição? Tipo... comer e beber?
LOL? Fuck... isso é língua de gente? -- JRF

Anónimo disse...

Oh Vivendi, IDH borrifa-se para pontes megalómanas e Expos da treta.

Observa sim os indicadores que realmente importam para um páis.

O teu problema e o de muitos é que fala-se em alhos e respondem bugalhos.

Essa educação à la Estado Novo a decorar os rios do Portugal Ultramarino e os tempos de universidade em Coimbra feitos de marranço em 15 singelos anos não deram tempo para desenvolver o raciocínio

joserui disse...

Olhe ò Filipe Silva, essa das pessoas vão atrás é outra de antologia... diga lá que alternativa têm os americanos... não os ricos, informados, patati, patata... os americanos em geral... 90% dos alimentos contêm milho, frutose, e sei lá que mais... o gado que nunca comeu milho na vida, é alimentado a milho... injectam drogas para que possa ser digerido (antes eram conhecidos como ruminantes e comiam essencialmente erva)...
Mas nem percebo... se existem esses tais lobbys, se existe fast food nos hospitais e nas escolas, essa tal de auto-indução deve-se a quê? -- JRF

Anónimo disse...

Oh joserui, aprende a ler que tb pus a tabela de 1980 a 2011 e ves como cresce.

Caramba, gosto tanto de ver as pessoas a agarrarem-se aos espelhos a tentar justificar o injustificavel.
E também a contarem histórias da carochinha que são desmentidas pela realidade pesada dos 40 anos de Estado Novo.

Muita porcaria se fez desde 1974, mas em comparação com os anos de Salazar/Caetano parecem uma história de sonho.

Agora que alguns, imobilistas, saudosistas, beneficiários de um sistema ainda mais injusto e condicionado que o actual e que o Governoa actual quer repetir, pretendam incensar esses tempos é até normal.

Triste, estúpido mas normal

joserui disse...

Porque será que os candidatos a presidente lá do sítio aparecem sempre de hamburger na mão a besuntar as beiças?
Não acha estranho que depois de tantos produtos "low", "omega", "anti" e sei lá que mais, a epidemia de obesidade, as doenças cardio, diabetes, crancros, não deixam de aumentar? Como especialista em nutrição, deve ter uma ideia... -- JRF

joserui disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivendi disse...

sistema em 3 pilares.

1º pilar: suportados pelo estado, até 1700 €

2º pilar: seguro em caixa de pensões (obrigatório a partir de determinado rendimento)

3º pilar: produtos estruturados (bancos e seguradoras) destinados essencialmente aos altos rendimentos.


Vivendi disse...

sistema em 3 pilares.

1º pilar: suportados pelo estado, até 1700 €

2º pilar: seguro em caixa de pensões (obrigatório a partir de determinado rendimento)

3º pilar: produtos estruturados (bancos e seguradoras) destinados essencialmente aos altos rendimentos.


joserui disse...

Vivendi: desconfio dos bancos e seguradoras... não entendo porque haveriam de fazer melhor que um estado de bem...
Se os benefícios não forem superiores aos descontos, que pode falhar? Mas se há um Manuel Alegre que nunca trabalhou na vida e recebe uma pensão choruda, alguém que trabalha tem que a pagar...
O nosso estado não é de bem, mas esses bancos e seguradoras deixaram de o ser há muito... não tinha dúvidas e depois dos escândalos recentes, quem as tem, não sei que lhes diga... -- JRF

Vivendi disse...

Para o anonimo armado em sabido(a):

Os portugueses iludiram-se culturalmente: julgaram que o dinheiro fácil que chegou durante três décadas comprava a solidez da educação e o espírito da invenção e inovação. E do risco. É uma tónica portuguesa: prefere-se a renda ao risco. O resultado está à vista.

Em 1962, António Oliveira Salazar sintetizou de forma clara a visão que tinha do seu Portugal: "Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres são invencíveis". Este mundo pobre, ou remediado, acabou após a entrada na União Europeia. Em cima da nossa pobreza caíram toneladas de dinheiro. O país ficou sulcado por auto-estradas e rotundas. As mercearias de bairro fecharam e nasceram hipermercados. Os portugueses passaram a preferir ir passear para os centros comerciais do que para os jardins. A democracia de consumo chegou como se fosse um milagre redentor.

Todos acharam que faziam parte da classe média, alimentada pelo crédito fácil. O paraíso tinha também construído na sombra o purgatório, feito de cumplicidades: do BPN à Parque Escolar foi um mundo de oportunidades de "negócio" para muitos. Deixando de ter a coragem de ser remediado o povo português tornou-se uma presa fácil de uma crise que não percebesse.

Destruída a base industrial, agrícola e piscatória do país, com fundos comunitários para abater tudo isso e trazer a "modernidade", Portugal ficou indefeso quando chegou a grande crise de 2008. Já antes era visível mas todos se recusavam a ver: o Estado continuava a ser a mãe de todas as batalhas e de todas as rendas. A própria sociedade civil e iniciativa privada viviam de bem com o Estado, fosse ele guiado pelo PS ou pelo PSD. A mais breve nota de suicídio da história portuguesa foi escrita por José Sócrates, o último da linhagem de destruidores de um país que poderia ser remediado mas inteligente.

Vivendi disse...

Tudo se desvaneceu no ar. O crédito fácil foi substituído pela amarga austeridade. António de Oliveira Salazar, em 1963, dizia: "Quero este país pobre, se for necessário, mas independente - e não o quero colonizado pelo capital americano". A colonização é hoje exercida pela Comissão Europeia e pela troika, numa Europa que parece cada vez mais dividida cultural e moralmente, entre um norte protestante e um sul católico. A moral calvinista é uma forma demolidora de salvação (salvamo-nos pelo trabalho), face à forma como se perdoam os pecados, no confessionário, a sul.

Tudo nos divide. A forma como os protestantes criaram o capitalismo moderno enquanto nós víamos as naus carregadas de pimenta e ouro irem directas para Amesterdão e Londres para pagar os nossos prazeres ao sol diz muito do que são formas diferentes de olhar para a civilização.

Mas, ainda assim, os portugueses iludiram-se culturalmente: julgaram que o dinheiro fácil que chegou durante três décadas comprava a solidez da educação e o espírito da invenção e inovação. E do risco. É uma tónica portuguesa: prefere-se a renda ao risco. O regime atolou-se e o BPN representa-o perfeitamente nas suas ligações pouco transparentes a tudo e a todos. Se quisermos estudar este regime estudemos o BPN. Antes e depois da nacionalização. Está lá tudo o que se andou a fazer desde a entrada na União Europeia.

Maquilhou-se a pobreza com um falso riquismo que só encheu os bolsos e a estima de alguns. Que hoje vivem acima dos dramas dos comuns portugueses que só acreditaram no cartão de crédito, na casa acima das suas possibilidades, nas férias nos "resorts" mais aprazíveis, no carro do último modelo e no telemóvel 3G. Esse mundo ruiu para a maioria. Mas na sombra da crise há quem continue a viver de rendas, escudado nos invencíveis contratos com que o Estado prometeu dar tudo sem receber nada. Voltamos assim aos anos de 1960, como se tudo não tivesse passado de uma ilusão. Com uma diferença. Em Agosto de 1968, Oliveira Salazar dizia: "no dia em que eu abandonar o poder, quem voltar os meus bolsos do avesso, só encontrará pó". Hoje, nos bolsos de alguns que nasceram, cresceram e singraram com este regime, só se encontrará ouro.

Por Fernando Sobral, J Negócios

Vivendi disse...


Análise certeira do artigo por "José" do blog Porta da Loja,


Ao ler escritos destes ficamos com a impressão que Salazar não era português típico, porque semelhante ao alemão, do norte. Mas era mesmo. O português típico de antanho era desconfiado, poupado, sóbrio ou mesmo asceta; pouco dado a tretas ideológicas ou da sociologia de pacotilha porque tinha a sabedoria acumulada nos provérbios dos antepassados. O português de antanho, como arquétipo possível, era por isso conservador.


O que é que se alterou para que o português médio passasse a ser uma caricatura de si mesmo?

É pegar nuns tantos exemplares avulsos de portugueses da mesma região das berças beirãs ( por exemplo Dias Loureiro, Proença de Carvalho, José Sócrates, Pinto
Monteiro) ou mesmo um Mário Soares, sem região definida, e perceber como se modificaram geneticamente para nos mostrarem onde chegamos como "raça".

É pegar nuns tantos ditados da tal sabedoria antiga ( "um rei fraco torna fraca a gente forte", extraído de versos antigos) e colocar em pano de fundo as fraquezas humanas relacionadas com o carácter, o dinheiro, o poder e o penacho.

Com esses ingredientes e mais uns pós de tretas bem alinhavadas alguns romancistas antigos fizeram obras-primas. Alguns deles ( Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Aquilino, até o Camilo do Eusébio Macário) conheciam bem a matéria-prima e deram-nos retratos frescos do produto acabado.

Vivendi disse...

36 anos
por PEDRO ARROJA


Salazar governou o país durante 36 anos, o mesmo número de anos que tem o regime democrático saído do 25 de Abril. A comparação entre a performance económica do país nestes dois períodos de 36 anos é favorável de forma avassaladora ao primeiro, e Salazar teve pelo meio uma guerra mundial, uma guerra colonial em várias frentes e não teve ajudas externas.
.
Se o regime salazarista tivesse tido a performance económica do regime democrático, Salazar, que governou Portugal desde 1932 até à sua morte em 1968, teria sido deposto muito antes de morrer. Ele só se manteve tanto tempo no poder porque o regime económico do Estado Novo era uma máquina impressionante de produzir riqueza. Nunca na época moderna, e talvez nunca na sua história, os portugueses prosperaram tanto em tão pouco tempo.
.
Eu estou hoje convencido que a única forma racional de governação de uma comunidade humana (seja uma família, um país, ou outra) é aquela que tem no topo da governação um homem com poderes supremos e absolutos, à semelhança do que sucede com o Papa da Igreja Católica. Só assim é possível pedir responsabilidades a alguém pelo que está mal, e esse mesmo homem tem todos os poderes para corrigir a situação. Este é o segredo que permite à Igreja Católica viver há mais de dois mil anos.

Vivendi disse...

..."O pior é pensar-se que se pode realizar qualquer política social com qualquer política económica, que se pode erguer qualquer política económica com qualquer política financeira"...

Por António Oliveira Salazar

Fernanda Viegas disse...

Sejamos razoáveis Filipe. Ninguém conscientemente produz um mal a si mesmo. Compreendo o seu ponto de vista e em tese até posso concordar, mas o nosso confronto com a realidade deverá ser mais hermenêutico, que dialético, para nosso próprio bem. Look it up!

Vivendi disse...

..."O caminho para os países em dificuldades, e mesmo para os que não estão em dificuldades, é sempre o mesmo: produzir e poupar."...

Por António Oliveira Salazar

Vivendi disse...

Em 1974, 1 marco alemão valia 10 escudos, em 1998 aquando da véspera da entrada no euro, o marco já valia 102.505 escudos.

Vivendi disse...

Em 1974, as reservas de Ouro do Banco de Portugal situavam-se em 865,936 toneladas.

As actuais 382,540 Toneladas que Portugal ainda possui, com a cotação atuais cerca de, € 16,625 mil milhões.

Por sua vez, se Portugal actualmente mantivesse as 865,936 toneladas, estas teriam um valor de mercado de, (cerca € 37,678 mil milhões).

Os principais responsáveis pela venda do nosso ouro foram Cavaco e Constâncio.

O que permitia termos mantido as mesmas reservas que havia em 74 nos dias de hoje?

Vivendi disse...

http://static.publico.pt/homepage/infografia/mundo/IndiceDesenvolvimento/

Até Malta ou Chipre vai à frente!!!

Vivendi disse...

Em 1926, com o País em ruínas. O nosso nível de vida, face à UE era de 35%. Quando Salazar deixou o Estado Novo, era de 60%. Extraordinário! Sabe quanto é hoje? 58,5 %. [silêncio] O regime democrático, apesar dos dinheiros que temos vindo a receber da UE, não conseguiu progresso nenhum.

Por Pedro Arroja

Vivendi disse...

O crescimento médio durante o tempo de Salazar foi extraordinário. Por exemplo, desde o fim da II Guerra até à queda do regime foi cerca de 6% ao ano. Nós, neste momento, conseguimos crescer 1% em média e com dificuldade. [O ranking do PIB de 2010]. Portugal está, em 38º, entre os 200 países mais ricos do mundo. Em 1974 estava no 24º lugar!

Vivendi disse...

Os anos de maior e mais sustentado crescimento económico de Portugal foram o período de 1960 a 1973 e não o período após a adesão de Portugal à UE.

Anónimo disse...

"Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres são invencíveis".

Está tudo dito.

O que é pena é que essa pobreza era o sustento da riqueza e privilégios de uns poucos.

Ajudas externas: Não, tinha colónias que riquissimas em termos de mat+erias primas e foram incapazes de desenvolver industrias decentes, competitivas a nivel internacional.

Finanças equilibradas: Á custa de emigração massiva, pobreza generalizada e ouro judeu.

Cresimentos elevados?: Quando se parte do zero, se conseguir 2 o crescimento percentual é elevadíssimo. Como ponto de partida é estupidamente baixo, qualquer minimo progresso tinha percentualmete um impacto elevado.

Depois, essa do homem com poder absoluto e depois não querem ser chamados de fascistas): digam um país desenvolvido com um sistema de poder autocrático?

zazie disse...

Dava um concurso de televisão, ver qual dos concorrentes conseguia auto-induzir diabetes mais rapidamente.

E eles a auto-induzirem-se em espasmos e a populaça a chibatá-los por serem culpados

":O)))))))

zazie disse...

E é por isso que eles não querem ASAEs nem sequer cuidados nas etiquetas a informarem quantidade de açúcar e sal.

Porque todos são livres de enfardarem e auto-induzirem doenças para gáudio dos que não dão essa despesa à sociedade e os devem punir cruelmente.

Anónimo disse...

Mas ó Vivendi, o Salazar tinha uma estratégia. Tinha um rumo que definia e nao podia ser de outra forma.
.
Os liberais que tomaram de assalto a governacao acham que é pecado - lesa-escola austrica - ter-se ideias e seguir um projecto de desenvolviment do pais. Se m tipo diz que Portugal tem poencialidades ali e acolá derivado a isto ou aquilo, vem logo um dizer que nao podemos dizer isso. Porque fica mal. Ainda se levanta o morto Mises da campa, sei lá.
.
Mas os outras bestas socialistas tambem nao se ficam atras. Neste caso Keynes levantou-se mesmo da campa. Anda por aí a pregar, mas ninguem dos socialistas o ouve, a pregar que nao disse nada daquilo que os socilistas juram que ele disse.
.
E pronto andamos nisto.
.
Os liberais tem uma fé estonteante. A serio. Eles acreditam na estoria do salto de fe. Tal qual os comunas. Acreditam que, um qualquer milagre ocorre qando se cortam salarios e se sobem s impostos. Fazendo isto eles acreditam que, por obras do altissimo, isto vai gerar maior riqueza. Os socilistas acham que gastar em obras e torrar a massa em merdices é uma coisa que, por ntervencao de ma mao invisivel (que eles garantem que nao a de Deus) a economia fica supimpa.
.
E pronto andamos nisto.
.
Rb

zazie disse...

"Moral Hazard"- tanto serve para a saúde como para a economia.

Muito me contas, ó Filipe Silva. Estás a dizer que eu e o Dragão acertámos em cheio no diagnóstico.

zazie disse...

É literalmente isto. O utilitarismo protestante no seu esplendor.

Mas é incrível como existe gente que até lê teóricos e tudo e nunca na vida se lembrou de traduzir isto e pensar de onde vinha- do moralismo do servo arbítrio onde a liberdade serve para expiar a culpa.

zazie disse...

«Mas nem percebo... se existem esses tais lobbys, se existe fast food nos hospitais e nas escolas, essa tal de auto-indução deve-se a quê? -- JRF»

deve-se ao pecado primordial. E depois a sociedade existe para punir os que são livres de pecarem

ehehehe

Até o Foucault, por muito mal que se diga, topou isto em beleza.

zazie disse...

E isso dos ruminantes comerem milho e drogas para aquilo inchar é moral prot. Porque riqueza dá entrada directa no Paraíso.



zazie disse...

Pergunta:

Será que o Arroja alguma vez pensou que tinha contribuído um caninito para estas pancadas?

Não sei. Mas uma coisa é igual a toda a fezada comuna e afins. Uma vez convertidos não deslargam.

Ele saltou fora mas os seguidores ainda insistem mais em afirmar o que ele percebeu ser um tremendo erro.

zazie disse...

E eu tenho de admitir que nem percebi logo como o Arroja até tinha sido perspicaz nesta dicotomia cat/prot.

Ele tem razão. Está aqui a prova para quem diga o contrário.

Unknown disse...

Uma coisa que sempre me assaltou o pensamento foi...

Falamos muitas vezes em prevenção e que é o melhor remédio .Que o nosso sistema de saúde seria bem melhor se fizemos mais prevenção primária e que idealmente o sistema de saúde seria mais sustentável se fizéssemos isso... Mas se não morrermos de complicações de doenças como HTA, diabetes, cancro, etc etc etc... vamos morrer do quê? Estaríamos a prevenir-nos destas mas... que outras surgiriam? Não se manteria o mesmo problema de sustentabilidade do sistema de saúde apenas adiando o problema 10 ou 20 anos?

Por isso... Servirá de alguma coisa apostar em prevenção? Ou o ser humano apenas quer prevenir para viver mais anos? Mas nesse caso não seria mais interessante em vez de viver mais anos (mas doente) viver melhor?

Se calhar deveríamos era dizer às pessoas: Viva melhor, não pense em viver tanto(porque não vai conseguir aproveitar) e acima de tudo não se preocupe... vai morrer de qualquer maneira pelo que fique descansado.

Unknown disse...

Ou ainda esta notícia:
Cidadãos saudáveis saem mais caros do que obesos e fumadores

Combater a obesidade e o tabagismo pode salvar vidas mas não poupa dinheiro, revelaram hoje investigadores, assinalando que acaba por sair mais caro cuidar de uma cidadão saudável que viva muitos anos.
Ou seja, o estudo holandês - publicado no boletim da Biblioteca Pública da Ciência Médica - mostra que, se uma pessoa viver mais anos, torna-se mais dispendiosa para o Estado.
No âmbito do estudo foram criados modelos para simular a longevidade de três grupos: os saudáveis, os obesos e os fumadores.
Os investigadores concluíram que, entre os 20 e os 56 anos, os obesos são o grupo que mais caro sai ao Estado. Porém, como os obesos e os fumadores morrem geralmente mais cedo, acabam por ser menos «pesados» para os Governos do que os cidadãos saudáveis, que vivem mais anos.
Por exemplo, se um fumador contrair cancro do pulmão, ele morre dentro de pouco tempo, enquanto se viver muitos anos pode vir a sofrer de Alzheimer, doença de «longo prazo» que fica mais cara ao sistema.
As conclusões contrariam o discurso político de que a obesidade iria custar milhões de euros aos Estados nos próximos anos mas, mesmo assim, a Associação Internacional para o Estudo da Obesidade defende que a doença deve continuar a ser combatida pela sua gravidade, ainda que possa não ter o impacto económico que se imaginava.
Diário Digital / Lusa
05-02-2008

zazie disse...

Para quê complicar. O problema da falta de saúde não é morrer mais cedo, é viver doente.

Como é óbvio, ninguém terá prazer nisso. Mas cada vez aparecem mais doenças que nem se sabe o que são. Caso das alergias, por exemplo.

zazie disse...

O Alzheimer é outra coisa e nem se fala muito nisso para não alertar.

Quem sempre o disse- já nos anos 90, foi o Claudio Soto

muja disse...

Zazie, V. tem razão. É a artista de certezinha.

Olha, ò artista, vai à Porta da Loja agora, e diz lá o sonho que é o esgoto com antena que temos agora, comparado com a televisão pública de antes. Vai lá e comenta no post que lá está. Há lá mais, mas aquele chega bem.
Mas vais, vais. Se calhar até já foste, mas calas a matraca porque está lá a verdade. Chapadinha. Clara como a água. Põe lá a tv guia ao lado e diz o quão melhor é.
Vocês cantam muito mas é a seco. Quanto há documentos concretos perdem o pio. No comment.

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Quanto ao Filipe Silva, no meio de tanta merda, pergunta ele porque é que há-de pagar o tratamento a quem fuma. E eu, se fosse amaricano, perguntava porque carga de água é que tinha que andar a pagar os delírios psicopatas de conquistadores amestrados de country club, taco de golf, charuto e putas de luxo, por esse mundo fora. Afeganistão, Iraque, Líbia, etc. E porque é que tenho que sustentar com 3 mil milhões de dólares por ano (mais a suposta "compra" de material bélico desenvolvido com o meu guito) um país qualquer à beira-mar plantado (de estaca) que em tudo o que faz vai contra o meu interesse? Se se podem sustentar eternas vítimas, qual é o problema de sustentar uma vítima que, assim como assim, há-de morrer em breve?

O Ron Paul também pergunta isso. No entanto, os eleitores virtuais como V. rara vez ou nunca o dizem... Porque será?

Filipe Silva disse...


É verdade que os animais são alimentados a ração (parte da doença das vacas loucas vêm daqui, rações feitas com ossos de outros animais), que é injectado esteróides anabolizantes (geralmente o clenbuterol, a agência anti-dopagem Inglesa emitiu um alerta para o cuidado do consumo de carne, principalmente o fígado, por motivo de puder criar um controlo positivo).

O fenómeno de obesidade nos USA é transversal.
Basta ver o caso da Oprah por exemplo, que com acesso a tudo e mais alguma coisa nunca conseguiu ser magra, existe também uma componente psicológica, mas isso é outra conversa.

Os americanos tem acesso a mais variedade e a um preço inferior que nós temos em termos de comida.
O negócio do fitness gera 50mil milhões de dólares por ano.
O marketing, a conveniência ganham face ao trabalho necessário para com o correr dos anos é necessário fazer para "estar em forma"
O conhecimento sobre a nutrição ainda é muito pouco desenvolvido, por exemplo o colesterol durante anos dito como um dos grandes causadores dos problemas cardiacos, hoje sabemos que o colesterol total não é muito importante, antes o bom e mau colesterol, tem saído estudos em que metem em causa toda a teoria que esta por detrás do colesterol, demonstrando que a inflamação( que leva à perda da flexibilidade das veias e artérias, mas não sou especialista nisto, apenas interessado)

A realidade é que existe um lobby de forma enorme nos USA que é o do Korn syrup, basta estar atento ao que estes tentam passar nos Estates.

Vamos ver o que diz a wikipedia sobre Moral Hazard

" a moral hazard is a situation where a party will have a tendency to take risks because the costs that could incur will not be felt by the party taking the risk"

A realidade é uma se eu souber que ao fumar estou a criar um problema no meu corpo, e que o tratamento é bastante caro, terei tendência a pensar 2vezes e a não consumir o produto (tabaco).

zazie disse...

La bobera- a cidade sem memória

zazie disse...

Muja:

Se não é ela é outra "bobera". Estes também têm a k7 hereditária

":O)))))

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Filipe Silva:

V. não entendeu nem uma palavra do que eu escrevi, pois não?

Unknown disse...

O Filipe sabe com certeza as receitas em impostos que o consumo de tabaco "produz"... e sabe qual é a percentagem dos custos totais com cuidados de saúde associados ao consumo de tabaco ( a associação pode ser por vezes uma teoria ou uma fezada) versus os restantes...

Não vá por aí senão ainda descobre que os fumadores é que andam a sustentar os sistemas de saúde...

Mas já agora proíba os enchidos, o vinho, a cerveja, os carros, enfim... tudo o que um ser humano faça e tenha algum risco... o que pode ser virtualmente tudo...

zazie disse...

Filipe Silva: e a doença das vacas loucas nada tem de semelhante com a do síndrome Creutzfeld Jacob nem com Parkhinson nem com Alzheimer e nada disto tem semelhanças com a "bobera" da Colômbia ou com o kuru canibal que já era?

zazie disse...

A questão deles é outra- dizem que o resultado faz mossa nos dinheiros do Estado (entidade que abominam mas que cuidam com mais carinho que as pessoas).

E depois, em vez de defenderem as tais formas dissuasivas (sem exageros) do Estado, defendem que todos são livres de fazerem tudo para adoecerem.

É a tal parte da possessão por auto-indução da doença.

E isto depois traduz-se em dizer: é bem-feita- morre para aí que a malta não te vai pagar tratamento algum.

Foi o pecado da "opção" da Liberdade.

Neotontismo é isto- como o Dragão disse- calvinismo em versão económica

zazie disse...

Em África aproveitam até para exportar carismáticos que culpam as crianças de serem bruxas.

Nada de muito diferente. A tara prot do servo arbítrio e a mentira da liberdade individual é esta macacada.

joserui disse...

Caro Filipe Silva, o tabaco é um problema bastante pacífico... alimentação Filipe Silva... alimentação, aquilo que permite estar vivo. Diga lá como é que os diabetes são auto-induzidos, doenças cardio, cancro... qual é a alternativa dos americanos à fraca qualidade daquilo que comem... como é que os alimentos foram substituidos por "nutrientes", como é que não se pode etiquetar carne biológica como não contendo a bela hormona de crescimento... ou etiquetar um produto natural como não transgénico... explique lá com as teorias liberais como se chega a este ponto: negar informação ao consumidor no que é bom por um lado e sonegando-a no lixo alimentar por outro. É uma tristeza amiguinho, mas os tipos hão-de comer até rebentar... -- JRF

zazie disse...

Essa do lixo alimentar é pura verdade mas a fezada liberal é capaz de o negar a pés juntos.

joserui disse...

Também nos EUA já houve um tempo que uma imitação (um alimento de imitação) teria de ser rotulado como isso mesmo "imitação", fosse margarinha, fosse esparguete feito com não sei o quê...
E o gado come essas rações manhosas com os seus próprios desperdícios que até na limpa Suíça uma vez deram escândalo com placentas humanas... mas eu referia-me às rações de milho... o gado como tudo o que nunca comeu e consegue digerir à conta de suplementos muito duvidosos, cresce com hormonas e mantém-se de pé com antibióticos... -- JRF

Fernanda Viegas disse...

"Se calhar deveríamos dizer às pessoas: Viva melhor, não pense em viver tanto (porque não vai conseguir aproveitar) e acima de tudo não se preocupe...vai morrer de qualquer maneira, pelo que fique descansado" Mauro Germano
Vossência é médico, padre ou simplesmente um sádico bonzinho? Já disse isso que acabou de escrever, a si próprio, virado para o espelho? Acha que as pessoas não sabem que um dia qualquer vão morrer? E vai-lhes dizer quando e onde? Nos bancos da escola, ou na cama do hospital? Só por gozo, não?!

zazie disse...

Quanto à moral hazard, o Filipe só copiou a parte que lhe interessava.

Porque a lógica é punir quem nem tem culpa de uma situação.

Por exemplo- para a moral económica de uma seguradora pode cobrar prémios mais elevados a jovens porque estes têm mais tendência a ter acidentes, pelo facto de serem jovens (a opção aqui é o jovem tentar ser velho).

Economicamente também alguém que é manipulado numa jogada financeira é culpado de o ser porque o que conta é o resultado para terceiros.

Mas chamam sempre a isto "opções" e liberdade, porque pura e simplesmente nem entendem que raras são as questões onde tudo pode ser previsto racionalmente. E têm fé nas leis do equilíbrio sempre para uma terceira entidade que não aqueles sobre quem recai.

Que entidade é essa, pode ser a pergunta.

É uma entidade darwiniana e sem rosto- é o triunfo de qualquer coisa que nem é gente concreta.

Socialismo in progress (copyright mdc)

zazie disse...

ahahahahahah

Eles drogam-se, Fernanda.

O problema de um maluco letrado é que fica mais louco e mais parvo que um totalmente analfabeto.


Fernanda Viegas disse...

O que eu já me ri hoje Zazie, com as suas tiradas fantásticas. A imagem do Ricciardi a subir o monte com os calhaus a reboque e o concurso dos indutores de diabetes são deveras hilariantes. Agora, com esta frase surreal do amiguinho Mauro fiquei estarrecida. E eles não menstruam...

Fernanda Viegas disse...

O nosso engenheiro campónio também esteve inspiradaço e o Vivendi então, com aquele pedal todo, plantava meio Alentejo em dois dias. Ai que bem fazem as férias!

Unknown disse...

Fernanda Viegas: naturalmente essa transcrição era irónica... O que deve preocupar-nos é a qualidade de vida e ter o máximo de vida útil dentro da esperança de vida. O argumento económico não é inteligentemente usado neste contexto dado que muito provavelmente os custos não serão menores evitando todas essas doenças daí que uma cruzada contra os "culpados" é claramente tempo perdido e acima de tudo uma violação da liberdade e da dignidade. Duvido que alguém queira ficar doente e ficar doente já é castigo suficiente pelos possíveis excessos que se possa ter cometido. Podemos ( no meu caso sendo profissional de saúde) recomendar o que julgo ser adequado mas sempre dentro daquilo que são as expectativas e projecto de vida da pessoa. Nunca obrigar. Aliás é isso que se diz o dever ser bom profissional nos dias de hoje: prestar o melhor serviço usando o melhor conhecimento disponível ao mais baixo custo e adaptado às expectativas/satisfação da pessoa.

Filipe Silva disse...

O mujahedin tem toda a razão os USA, gostam de vender a ideia que são os bastiões e defensores da liberdade, mas são tudo menos isso, a América de hoje é uma pequena ditadura.

Senão vejamos, passam leis como o Patriot act, em que se permite ao Estado por "motivos de segurança nacional" escutar, ler toda e qualquer actividade da vida privada de um cidadão.

O Obama aprovou uma lei em que um cidadão norte americano pode ser preso por tempo indeterminado sem acusação formada, e sem ser informado do motivo que levou a sua detenção.

Os USA através da sua máquina de propaganda Hollywood gostam de fazer crer que aquilo é uma democracia, quando é tudo menos isso.
Basta ver o ultimo caso com os delegados do Maine que foram expulsos e substituidos na convenção republicana porque não iam votar como o NPC queria (votar Romney) e iam votar no Ron Paul.

O Romney quer aprovar uma alteração aos estatutos para caso seja vencedor das presidenciais, em 2016 seja ele a escolher o candidato, e ter poderes de escolher os delegados à convenção.

Depois um país amante da liberdade e da democracia, não se comportava como os USA se comportam tipo império.

Os ataques via drones, criam mais sentimento de revolta contra os USA que outra coisa.

Quem tem financiado as guerras americanas no presente modelo financeiro global tem sido todo o mundo.

Agora querem controlar toda a internet, até acusam de traição um cidadão Australiano.

O prémio Nobel da paz foi o que mais assassinatos ordenou, segundo dizem é ele que decide em directo quem morre e quem vive.

Por norma não falo destes assuntos porque geralmente não são motivo de conversa.

Se alguém julga que os USA são uma economia de mercado livre, estão muito mas muito engandos

Unknown disse...

E naturalmente ... já a disse a mim próprio, esperando eu morrer o mais velho, saudável e feliz possível assim como o desejo a todos os meus próximos.

Vivendi disse...

Pelo menos somos uma comunidade da blogosfera agitada e animada!

E melhor de tudo sem censura. Aqui pode-se rasgar debates imprevistos.

Os únicos que não tem pedal para escrevinhar por aqui são mesmo os socialistas, pois ainda nem se saiu da bancarrota e eles já andam prontinhos para nos enfiar em outra.



Filipe Silva disse...

O tabaco paga muitos impostos isso é uma verdade, utilizei o exemplo do tabaco dado ser um bem que está mais que provado que provoca danos na saúde do seu consumidor.

Eu sou contra toda e qualquer proibição do que quer que seja.
O Mauro tem toda a razão ao afirmar que tudo o que o ser humano faz tem risco associado.
A questão é essa mesma, muitas das decisões tomadas por muitos são sem a real percepção do risco que esta decisão tem.

Se no caso do exemplo dado do tabaco, um consumidor soubesse(como sabe hoje que provoca cancro) que o custo de se tratar fosse de X quantia e que teria de ser ele a entrar com o dinheiro, a sua decisão poderia ser diferente, optar por não consumir, ou consumir.
Mas não transpunha nenhuma parte do risco para terceiros.

Uma aplicação financeira tem riscos, até há uns anos atrás os títulos de divida dos estados eram tidas como sem risco, hoje sabemos que não o são (Caso da Grécia e o seu perdão), uma pessoa que faz um investimento e é vitima de fraude deve recorrer aos tribunais de forma a ver se é ressarcido do seu prejuízo, se não for possível, é uma pena mas terá de suportar a perda.
Porque haverá alguém de ter uma perda do rendimento (impostos) para que alguém que fez um investimento seja ressarcido.

Em relação aos jovens e o seu seguro ser mais caro, não percebo nada de seguros, mas acho que um negócio deve ter a liberdade de apresentar os produtos da forma que entender, se não gostarem paciência.

As pessoas prendem se muito aos seus preconceitos.
Eu não sou nem contra nem a favor da saúde pública privada, o que defendo é o direito de opção, a ESCOLHA.
Porque um cidadão tem de ser obrigado, por força de lei a ver parte do seu rendimento retirado coercivamente, e caso não pague o imposto ver os seus bens em risco, e em ultimo caso a sua liberdade física em risco porque não pagou o imposto.
Porque não deixarem a hipótese de uma pessoa não descontar para a SS.
Porque é que tem a mania que sabem o que é bom para os outros?
É impressionante a vontade com que uns querem determinar a vida dos outros.

Se o serviço é tão bom como pintam, porque não dar a hipotese de não participar nele, seguramente poucos seriam os que sairiam dele dado ser tão bom.

Está provado que o consumo de açucares simples e em grande quantidade durante muito tempo leva a sindromas metabólicos, como insulina resistente, e diabetes tipo 2.


Porque é que todos partem do principio que se não houver Estado, as pessoas estão entregues à sua sorte?
Solidariedade social, existe e sempre existiu e irá continuar a existir, sem um Estado social até seria espectável que fosse maior.
Depois temos a família, grande parte do que o Estado socialista diz querer fazer é feito e continuará a ser feito pela família.
A realidade é que os poucos milionários que existem em Portugal, são muito pouco solidários, se os comparar mos com os USA.
Fazem fundações não para Give back some to the community, mas para sacar alguma coisa da community (através de quem?? do Estado está claro).

A realidade é que o Estado vê os cidadãos como uma cash cow, para sacar ao máximo.

Interessante defenderem o modelo que nos trouxe aqui, um modelo que gera desigualdades sem precedentes, um modelo que na teoria é o paraiso na terra, mas na realidade o inferno.

O Estado tal como é hoje, leva a que nos tempos de crise os menos informados e mais fracos sejam os mais prejudicados.

O meu conselho (que podem não seguir, não pretendo controlar ninguém) estudar um pouco mais de economia, principalmente a teoria dos ciclos económicos de mises, ajudaria imenso a perceber de onde viemos e onde estamos e provavelmente para onde vamos

Fernanda Viegas disse...

Já ia dormir, mas voltei ao PC mais uma vez. Isto é tão viciante como os hidratos Filipe Silva. Uma última palavra para si. Dou-lhe os meus sinceros parabéns, porque se bateu valentemente ao longo de toda a discussão.Tal como disse o Vivendi, este é o verdadeiro pulsar de uma comunidade agitada e animada.







joserui disse...

Solidariedade social é no Insurgente e no Blasfémias... se um dia estiver na mó de baixo - espero que não -, não venha aqui bater... vá lá... eles dão-lhe uma mãozinha e nem lhe (re)lembram as suas erradas opções... ajudam-no logo... -- JRF

joserui disse...

E para mim Maria? Não há beijinho de boa noite?... o Filipe Silva às minhas perguntas não responde... não interessa... abalam a cartilha e como diz a Zazie... são comunas mas ao contrário... :) -- JRF

Filipe Silva disse...

Com tanta participação nem li maioria dos comentários do joserui.

Vamos a isso

Em relação à fábula da cigarra e formiga claramente não a percebeu.
Na fábula que eu me lembre não existia um terceiro que obrigava a formiga a descontar parte do que colectava para um fundo e depois distribuía pela formiga e cigarra.

O moral da história é que um deve precaver o seu futuro, deve poupar, o valor aqui a transmitir o valor da poupança, algo que nos dias de hoje, principalmente pelos keynesianos é visto como um mal a evitar(se poupam não consomem, logo há desemprego).

Sem perceber faz uma afirmação que denota que no intimo ate concorda com algumas ideias de Mises, muito provavelmente sem o saber

"Colocar as reformas nas mãos dos bancos é outra receita para o desastre... tenho uma coisa chamada PPR (era PPR/E) e em 10 anos não só nem para a inflação deu, como tudo somado deve estar a perder 1%... e não é um PPR qualquer... "

Pois e com razão, a manipulação pelos bancos centrais das taxas de juro leva que os principais prejudicados sejam os aforradores, que vem o seu patrimonio baixar, devido a taxas de juro artificialmente baixas.
A taxa de juro deve ser o preço mais livre de todos, e é o mais manipulado e controlado.
A realidade quer aceite quer não, é que a teoria keynesiana vê a poupança como o inimigo, veja o livro do samuelson e tem lá uma imagem de como é o circuito económico, em que é um cano e no ralo está denominado como poupança.

O seu medo dos bancos resolvia se facilmente, com o principio de reserva a 100% de todos os depósitos há vista (dep ordem, e alguns a prazo), logo a necessidade de ter um banco central seria nula.
Ao realizar este principio automaticamente se impedia as corridas aos bancos, e retirava se o seu poder (o de criar moeda do nada) sobre a sociedade, além que assim os bancos seriam muito mais cuidadosos na concessão de crédito, pois agora poderiam ir há falência.

O joserui tem o defeito de achar que as pessoas são todas ignorantes, já conheci pessoas analfabetas que podiam ensinar muito sobre a vida a muito doutorado da nossa praça

André Miguel disse...

Bom dia,
Ontem fez-se tarde e não consegui acompanhar a discussão.
Devo dizer que gostei, este blogue e a maioria do seus comentadores estão muito à frente do que actualmente se escreve em Portugal.

Uma palavra final ao Filipe: desligue um pouco da cartilha economicista, que passa a maior parte do tempo com a cabeça na lua e não sabe o que é o mundo real; "atire-se" de vez em quando a Drucker, Mintzberg, Bandura, Maslow ou Kahneman (só para citar alguns) para descer à terra.

zazie disse...

FS

Não é em relação aos jovens. É o seu argumento que cai por terra quando diz que essa tal moral hazard serve para as pessoas rectificarem as suas escolhas.

Um jovem é jovem. Não escolheu sê-lo. Se a moral da seguradora pune ser jovem porque lhe é desvantajoso, então não há aqui moral alguma e muito menos possibilidade de escolha.

V. ou comenta com honestidade ou então não merece a pena.

Porque, mesmo a brincar, eu nunca faço ouvidos de mercador a algum argumento que me lancei.

V. passou por cima dos que não lhe interessavam.

Isso não é intelectualmente honesto.

(mas confirmou tudo o que atirei para o ar- que apostava em como isto nem tinha nada de utlitário para o bem comum.

Porque v .lá disse que defende a liberdade de toda a gente fazer coisas erradas e ficar doente. A sociedade não deve prevenir em informar. Deve é depois punir e excluir quem tem azar.

Sempre atirando com essa mentira que foi "opção" e "escolha".

Chicotear em teatro da crueldade.

Porque, na volta, alguém lucra com isso.

Não é?

E aposto que não é a saúde pública mas a algibeira de muitos que se estão marimbando para ela.

zazie disse...

que me lancem.

zazie disse...

O problema dele não é ligar ou desligar de uma cartilha e ler outros.

É nem se perguntar a ele próprio pela lógica e sentido da cartilha que papagueia.

Porque o que ele diz, dizem outros de forma igualzinha.

É sempre a mesma conversa. Eu até adivinho o que vem a seguir. E acerto sempre porque em lendo um já se leu todos.

zazie disse...

Esta cena é pregação.

Pregam para converterem outros àquilo. É uma forma de religião.

Fernanda Viegas disse...

Um beijinho matinal só para si José Rui.

Anónimo disse...

Bem, essa coisa de se dizer que quem fumar nao deve ser tratado, tem sido um argumento usado ultimamente. Mas a questao nao é economica, é moral.
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Os argumentos parecem logicos, racionais e justos. Mas nao sao. Sao o contrario. Sao até opinioes, digamos, homicidas.
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Vejamos, qual é o expoente maximo de comportamentos auto-induzidos que podem gerar a morte de alguem?
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O suicidio falhado, obviamente.
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Quer dizer, para os defensores da teoria a que o Filipe alude, um suicída falhado nao deve ser tratado pelas lesoes que decorreram do acto. Ele que morra ali a esvair-se em sangue, caso a tentativa seja de se despenhar por uma janela abaixo. Ora, se se deixa um tipo suicida morrer dessa forma, nao vejo como nao considerar como homicidio a defesa dessa conduta.
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E portanto, um fumador, um tipo que apanhou a sida nas putas ou um drogado, embora sejam comportamentos auto-qualquer-coisa nao podem deixar de ser tratados como qualquer outro. Porque se formos por aí, alem do suicída, teriamos aqueles que nao fizeram a digestao e se meteram na agua fria, o
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Rb

zazie disse...

Sabes quais são os pressupostos desta teoria, não sabes?

1- Falam em sociedade e Estado mas não acreditam no Bem Comum.

2- A liberdade serve para proteger o mais forte. Porque o que é sagrado aqui não é a vida mas a dita propriedade.

Na prática isto serve apenas para justificarem não se pagar imposto para bem do próximo.

Anónimo disse...

Pois é. É isso e a aquela coisada da culpa. Expiar a culpa. É um modo de pensar estranho para a nossa cultura. A culpa pelas opcoes q tomamos independentemente de tudo o que nos rodeia. Obervamos isso nos dias de hoje. A Merkel tem este sentimento bem enraizado. Bem mais importante, para ela, do que resolver o assunto e perceber porque se chegou a este ponto, nenhuma solucao pode ser encontrada se nao for primeiro imposto um castigo. Tambem acho que alem de se masturbar com o castigo, alcança o extase se os castigados se vergarem perante sua alteza. Neste ponto já nao é apenas uma questao cultural que podemos atribuir à cultura protestante. Aqui é uma questao muito proxima do racismo.
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Rb

Unknown disse...

Filipe Silva: eu usei precisamente o exemplo do tabaco para perceber que estes são discriminados. Pagam bem mais em impostos do que os custos gerais dos cuidados a que são submetidos.
Mas a questão não é essa: Dado que todos temos, duma forma ou doutra comportamentos que nos levam a ter uma maior probabilidade duma qualquer doença e dado que pretendemos fomentar uma sociedade solidária, pelo menos nesta questão de apoiar quem está doente ou debilitado, não é boa ideia desatarmos a culpar quem tem comportamentos que considera de risco... É que não há absolutamente ninguém que não tenha um qualquer comportamento desses. É melhor aceitar isso.
Uma coisa é recomendarmos as melhores práticas ( as que consideramos que assim sejam) outra é penalizar quem não as cumpre.

E para castigo... já basta a doença que tem...

Se acha que há demasiada solidariedade obrigatória... defenda-a para outras áreas, não em áreas cruciais para a dignidade humana. É que tem de ter em conta uma coisa... o ser humano , na generalidade, tem tendência a pensar no curto prazo e como tal provavelmente, deixado completamente ao abandono o planeamento da saúde, a maioria das pessoas pura e simplesmente não ligaria peva a isso. Além de que a sociedade é tão complexa hoje em dia que pura e simplesmente não conseguimos estar devidamente informados sobre todas as opções que tomamos, daí que seja necessário confiança.
Que defenda que a gestão dos dinheiros públicos empregues na Saúde seja melhor, totalmente de acordo. Dizer que é mais justo deixarmos os humanos viverem com as consequências dos seus actos... já é mais duvidoso. Não é a preto e branco e todos temos de ter uma coisa chamada compaixão e capacidade de perdoar.
Neste caso a postura pode mesmo ser essa:

"Mmeu senhor, cometeu excessos durante a sua vida e agora está doente, mas os excessos trouxeram-lhe outras coisas boas não é verdade? Mas não se preocupe que dentro do que estiver ao nosso alcance nós perdoamo-lo e vamos ajudá-lo a ficar mais saudável. Porque todos nós cometemos erros e todos nós queremos ser perdoados"
E se há algo em que devemos perdoar é numa situação de doença.
Que compitamos como loucos no trabalho, na escola, etc etc, mas chegando a nossa vez e a dos outros de ficarem doentes... sejamos capazes de perdoar..."

Além de que Obrigar a contrair um seguro é exactamente o mesmo que contribuir via impostos obrigatórios.
Defendermos teorias cegamente não nos deixa ver que todas elas são imperfeitas, tal como as pessoas que as debitam são. Poderemos tender para a excelência mas perfeitos nunca seremos.

Fernanda Viegas disse...

Pode parecer perseguição e não é, mas não consigo ficar indiferente a isto:"Mmeu senhor...sejamos capazes de perdoar...".
Pior que a culpa que o Filipe Silva atribui a quem come, bebe. f.., etc. só mesmo o perdão do Mauro. Você é Deus Mauro Germano? Que soberba é essa de achar que se vira para uma pessoa doente e lhe diz que pode ficar descansada porque você lhe perdoa e lhe permite o tratamento? Sabe meu caro, por muito menos estão ali uns amiguinhos no Conde Ferreira e no Júlio de Matos. Cuidado com essas coisas que lhe assaltam o pensamento!

zazie disse...

ehehe

O nós é um colectivo (Eclesia).

Mas bem que o Nietzsche tratou dessa cena dos que estão acima dos pecados para espiolharem os dos outros.

Não sei. Tenho um grande défice de formação católica e ultrapassei isso com o código moral da seita das zundapps gamadas".

Uma cena série B mas que funciona.

zazie disse...

Bem, pelos vistos o nós não é Igreja mas "os médicos"

eheheh

E isos tem muita piada e até é bem bonito. O médico como alguém que "toma conta dos desvarios e trata o resultado".

Assim fossem todos. Porque o que já vi é o inverso- a dizerem- "se não quer, não queira, porque não posso obrigar".

E isto para idoso que nem tinha a noção de nada.

São esses novatos arrivistas que por aí andam com ar cagão e esses sim, a falarem do alto e com desdém para os doentes.

Anónimo disse...

Por falar em fumar. Comecei ontem mesmo a tentar deixar de fumar. Para o efeito convenceram-me a usar um medicamento chamado champix. Ora bem, fui ler o papelinho do medicamento e eis, meus amigos, o que encontrei... Se eventualmente comecar a dizer mais disparates do que o normal, nao hesitem em deixar passar sff que acabar com um vicio que me dá prazer é muito muito dificil. Aqui vai entao o que me pode acontecer com o tal mediament, é incrivel, se sobreviver vou a pé ao Bom Jesus a pé:
- " sonhos anormais, insônia, dor de cabeça, aumento do apetite, sonolência, tontura, disgeusia (alterações do paladar), vômitos, prisão de ventre, diarréia, distensão abdominal, desconforto estomacal, dispepsia (má digestão), excesso de gases, boca seca, fadiga bronquite (inflamação dos brônquios), nasofaringite (sintomas de gripe), sinusite, infecção por fungos, infecção por vírus, anorexia (perda do apetite), diminuição do apetite, polidipsia (sede excessiva), reação de pânico, bradifemia (lentidão anormal da fala), pensamentos anormais, alterações de humor, tremor, coordenação anormal, disartria (dificuldade de articular as palavras), hipertonia (aumento da tensão muscular), agitação, disforia (sensação de aborrecimento ou desconforto), hipoestesia (diminuição da sensibilidade), hipogeusia (diminuição do paladar), letargia (sensação de cansaço excessivo com ou sem sonolência), aumento ou diminuição da libido (desejo sexual), fibrilação atrial, palpitações, escotoma (pontos ou áreas escuras – sem visão - no campo visual), coloração da esclera (alteração da cor do globo ocular), dor ocular, midríase (pupila dilatada), fotofobia (irritação dos olhos na presença de luz), miopia, aumento do lacrimejamento, zumbido, dispnéia (falta de ar), tosse, rouquidão, dor faringolaringeana (dor de garganta), irritação da garganta, congestão do trato respiratório, congestão dos seios da face, gotejamento pós-nasal, rinorréia (corrimento nasal), ronco, hematêmese (vômitos com sangue), hematoquezia (eliminação de fezes com sangue), gastrite (irritação do estômago), doença do refluxo gastroesofágico (refluxo do estômago para o esôfago), dor abdominal, alteração dos hábitos intestinais, fezes anormais, eructação (arroto), estomatite aftosa (aftas), dor gengival, língua saburrosa, erupções na pele, eritema (vermelhidão na pele), prurido (coceira), acne, hiperidrose (aumento do suor), sudorese noturna (transpiração noturna), rigidez nas articulações, espasmos musculares, dor na parede torácica (no tórax), costocondrite (inflamação de uma ou mais cartilagens das costelas), glicosúria (presença de glicose na urina), noctúria (necessidade de urinar freqüentemente à noite), poliúria (eliminação excessiva de urina), menorragia (menstruação excessivamente prolongada ou abundante), corrimento vaginal, disfunção sexual, desconforto no tórax, dor no tórax, pirexia (febre), sensação de resfriado, astenia (fraqueza), distúrbio do ritmo normal do sono, mal-estar, cisto, aumento da pressão arterial, alterações do eletrocardiograma, aumento da freqüência cardíaca, teste de função hepática (no fígado) anormal, diminuição da contagem de plaquetas (plaquetas são elementos responsáveis pela coagulação do sangue), aumento do peso, sêmen anormal, aumento da proteína C reativa (um tipo de teste laboratorial), diminuição de cálcio no sangue."
.
Rb

Anónimo disse...

... Era mais simples fazerem m papel a dizer aquilo a que o medicamento nao faz mal.
.
Rb

zazie disse...

ahahahaha
c'horror!

Estás tramado com a xica prolongada e o corrimento vaginal

Olha, a melhor maneira é perder-lhe o gosto e fumar anarquicamente.

O vício não é só da nicotina mas dos rituais e hábitos do cigarro.

Eu fumei pouco e deixei há muitos anos de forma lenta.

Passei para marcas cada vez mais desagradáveis, tipo ventil e assim e fui diminuindo aos poucos.

Depois acabou naturalmente e a diferença é que não só nunca tive recaída como não consigo sequer fumar.

Passou a incomodar-me o cheiro e fumo do tabaco. Ainda andei uns tempos com vontade mais pelo gesto do que pelo fumo.

Um amigo meu até escreveu um artigo no jornal à conta de umas tretas que eu lhe contei

Mas é verdade- há um apelo visual em que fumar é sedutor- nos policiais e nas estrelas de cinema e há outro que é completamente esquizo.

A mim sempre me irritou andar às ordens e não era uma treta daquelas minúscula que ia mandar mais que eu.

":OP

zazie disse...

O lado esquizo da dependência torna-se completamente irritante e inestético.

Há quem se agarre àquilo para tudo e parece que até se despersonalizam se não tiverem a bengala do tabaco à mão.

Fernanda Viegas disse...

Ricciardi tem a certeza que o Champix não é um shampôo? É que ingerindo-o pode provocar-lhe essa resma toda de incómodos. Nem pense tomar essa porcaria! Queremos tê-lo por cá muito tempo e se possível bem afinadinho dos neurónios.Bolas!

Fernanda Viegas disse...

Zazie quem são as "zundapps gamadas"?
O nome até mete medo!

zazie disse...

ahahaha

era uma seita da pré-adolescência.

Aliás, havia 2. A primeira fundou-se por se ter roubado umas zundapps- era a seita das zundapps gamadas.

A outra rival, roubou umas zundapps à seita das zundapps gamadas e criou a "seita da anti-seita das zundapps gamadas".

Depois fingíamos que travávamos lutas tremendas entre a malta e era assim que se brincava na rua.

":O))))

Mas o código de ética era como nos policiais- tudo se pode fazer desde que se saiba. Palavra de bandido

(foi no que deu baldar-me à catequese)

zazie disse...

Isto incluía aventuras na montanha (que era um monte ali à Av do Aerporto) e lutas com os ciganos quando íamos aos fósseis das casas abandonadas.

A minha cadela trabalhava para as duas seitas, à vez. E eu era a única rapariga admitida na seita e e na seita da anti-seita.


Fernanda Viegas disse...

As duas seitas coexistiam e a Zazie pertencia a ambas ao mesmo tempo? Essa é boa!

zazie disse...

Não. Eu pertencia à seita. Mas, como era tudo amigo, claro que tive de ter a aprovação dos rapazes da seita da anti-seita.

ehehehehehe

A minha cadela é que era uma vendida

Filipe Silva disse...


As pessoas confundem as coisas, eu enquanto Eu posso perdoar (um dos actos de maior amor ao próximo) e até posso contribuir para aliviar os sofrimento dos outros, agora não tenho o direito de impor aos outros a minha forma de pensar e estar.

Quem sou Eu para dizer que as pessoas devem seguir determinado caminho?Quem são vocês para determinarem o meu caminho?

Este é um aspecto muito importante, a sociedade gosta de meter o bedelho no assunto dos outros, é uma característica humana (por isso se vende tanto tabloid, e revista cor de rosa), mas isso faz que seja correcto?
Na minha opinião não.

Porque é que tem tanto receio de deixarem ao livre arbítrio de cada um, o ajudar o próximo, porque querem tanto que seja uma Entidade que detêm o monopólio da violência a obrigar as pessoas a serem solidários?
Não é mais do que uma tirania.
A realidade é que o Estado pode prender, retirar o património por alguém se recusar a pagar os impostos (faz me lembrar dos chineses que foram presos na Varziela em Vila do Conde, por andarem a obrigar os comerciantes da chinatown a pagar protecção contra acidentes).

A economia social, o denominado terceiro sector, tem se desenvolvido e tem todo o sentido existir, mas não necessita do Estado para isso.

Repito o meu problema é com o principio coercivo, da obrigação, do faz o que eu mando senão tens represálias.

A depressão que Portugal vive não é suficiente para que as pessoas abram os olhos?
As perspectivas de crescimento (nenhumas) não são suficientes para perceberem que este não é o caminho?
Einstein dizia "a definição de insanidade é fazer o mesmo e esperar um resultado diferente"

Nada me move contra pobres, doentes, etc. antes pelo contrário.

A realidade dos dias de hoje é complexa dizem, o ser humano não mudou assim tanto nos últimos 2000anos, tem uns gadjects novos mas a merda é a mesma o cheiro é que é ligeiramente diferente como costuma dizer o meu Pai.

É natural o problema que as pessoas tem com a morte, até inventam palavras para esconder a coisa, o faleceu a minha preferida.
Por isso compreendo a posição do Mauro.

Mas ao que diz o Mauro, quem falou em obrigar a contrair um seguro? Se quiser sim senão quiser tudo bem, vive com as consequências das suas decisões,
Um dos problemas da saúde em Portugal é as pessoas não terem noção do custo desta, quanto custa um internamento, quanto custa uma consulta e por aí, ao sair do bolso leva a que as pessoas tenham mais percepção do custo, o que originaria a que a análise de custo benefício que cada um faz aquando da tomada de uma decisão esta fosse informada e evitaria-se muitos comportamentos de risco.

Gostei do comentário do Rb sobre o Champix, maioria dos medicamentos assusta a lista de efeitos secundários que se pode vir a ter.

Filipe Silva disse...

Em relação aos seguros, vou repetir não percebo nada de seguros.

Mas aceito que a empresa se comporte como melhor entender.

A realidade é que a sociedade tem de mudar a sua forma de estar, para uma forma mais solidária, mas uma solidariedade assente na livre vontade, não na coerção.

O ajudar o próximo sem interesse que não seja o bem estar do próximo é das sensações mais gratificantes que um ser humano pode ter.
O verdadeiro amor ao próximo só pode ser realizado pela solidariedade livre.
Não sou contra o conceito de as pessoas decidirem que vão dar ao estado por livre e expontanea vontade dinheiro para este fazer prática social, se é um desejo destas.
Mas obrigar as pessoas é moralmente condenável.

É verdade que é necessário uma mudança de mentalidades, principalmente um libertação do Eu face ao Ego, dado vivermos numa sociedade profundamente egoísta.
E na minha óptica é uma atitude egoísta o forçar as pessoas a fazer o que eu quero e não o que elas querem.

Há uns tempos vi um programa na Sic radical, o undercover boss e vi a versão americana e a versão Inglesa, e vi confirmado algo que sempre suspeitei, os americanos enquanto indivíduos são muito mais solidários que os Ingleses, e acredito que seja por nos USA o estado social ser muito menor.
Mas vou contar o que vi.

O programa para quem não está familiarizado, é o patrão(CEO) de grandes empresas durante uma semana, mascarasse e vai trabalhar nos diferentes postos como trabalhador temporário num reality show(concurso entre 2 pessoas que procuram emprego) depois chama as pessoas À sede e analisa o que se passou, etc...

Geralmente saem com grande impressão dos trabalhadores, elogiam etc.. (em Ambos as versões), a diferença é quando chega a hora de premiar, em Inglaterra vi programas em que o CEO apenas prometeu resolver os problemas e nada mais, nos USA vi um em que o patrão (de uma cadeia de hotéis) pagou a hipoteca a um dos funcionários como prémio pelo trabalho que o indivíduo fazia.

Não existe melhor satisfação que ajudar os outros, e o melhor uso que se pode dar ao dinheiro é esse mesmo.

Mas repito outra vez, é imoral obrigar as pessoas a fazer o que não querem

Ricciardi disse...

Mas sabes, Filipe, embora exista propensao para a solidariedade em cada pessoa considerada, a eficacia, quer dizer, a maximizacao da mesma, só se efectiva quando se instuticionalizaza em torno de uma organizacao de pessoas. É isso q permite que se arrende um armazem para receber alimentos, é isso que permite adquirir logisica para fazer chegar medicamentos a quem precisa etc etc etc.
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A troca directa de ajuda, entre pessoas, nao funciona. É bom de ver. Uma esmola a este ou aquele nao resolve o problema dos mendigos. Ajuda alguns, mas nao o faz de forma continuada.
.
Estas organizacoes actuam aonde o Estado nao chega, nem nunca chegará.
.
Ao estado compete assegurar uma coisa muio simples: e que ultrapassa a solidariedade... que todas as pessoas tenham oportunidade de ser alguem, independentemente do local, da familia, da condicao economica aonde nasceram. Para isso ao estado cabe assegurar que aquela crianca que nasceu em familia pobre, vai estudar, vai ser alimentada e tratada na doenca. Coisas basicas. Ainda que seja para apenas sobrevviver.
Assim nao cabe a mim pessoalmente, que tenho de tratar a minha propria familia e trabalhar, pensar nas outras familias que nem conheço, senao na medida da certza de que existe alguem a quem eu dou algum dinheiro em forma de impostos ou quotas, que tratará disso.
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O facto de haver excessos e abusos e fraudes, nao retira nada ao que disse. Apenas quer dizer que se deve alocar melhor os recursos e combater as fraudes.
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Rb

zazie disse...

O morgadinho já disse tudo.

A questão é que v.s, os anarco-liberais, também querem usar o Estado para imporem as v.s ideias.

Aliás, o problema do liberalismo é mesmo esse- usam a democracia para conseguirem por voto uma plutocracia internacional.

Socialismo in progress...

zazie disse...

A grande falácia de base é essa ideia maluca de que todos somos iguais e estamos em posição de igualdade para nos lixarmos.

Quer-se dizer- isso disse o Hobbes. V.s dizem que é para nos entendermos e triunfarmos porque a mãozinho do mercado lá equilibra o que está torto.

Somos mercado. É essa a ideia. Um mercado de euzinhos hedonistas a levar o mundo ao paraíso se puderem concretizar todos os caprichos.

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Mas, se pagar para a saúde de todos é uma coerção, então o que é o contrato de cidadania que todos temos?

E v.s não negam que existe um acordo entre sociedade civil e Estado.

Antes pelo contrário- interessa-lhes muitíssimo para poderem sabotar as Nações por voto.

zazie disse...

E depois, haver tratamento e cuidados de saúde para a população dizem que é caridade.

Eu pergunto: foi por caridade que tiveram parteira a ajudar a nascer?

É por caridade que existem redes de transportes, saneamento básico, tribunais, polícia, exército, ensino e tudo mais ou isto é pura e simplesmente uma consequência de a pré-história já ir longe?

Fernanda Viegas disse...

Bravo Ricciardi e Zazie, em meia dúzia de frases disseram tudo e ponto final.

Unknown disse...

Fernanda Viegas:
Não interprete o perdoar no sentido de ter algum poder para o fazer nem simplesmente qualquer atitude paternalista. Foi apenas um exemplo ( talvez não tenha sido bem esclarecido) acerca de não termos de culpar ninguém por comportamentos de risco que a maioria das vezes são quase inevitáveis e como tal não devem ser culpabilizados.
Penso que é melhor para todos que assim se mantenha esta "excepção" quanto às consequências das nossas acções em relação à área da saúde.

O castigo da doença já é suficiente, por assim dizer.