11 agosto 2012

é necessário reduzir os salários reais (com correção)

O Banco Central Europeu (BCE) recomenda aos países da zona euro sob assistência financeira, e com altos níveis de desemprego, que avancem com mais reformas estruturais para restaurarem a competitividade. Entre elas, sugere que se baixem os salários, nomeadamente o salário mínimo, que em Portugal se situa em 485 euros.

Em Portugal o trabalho é remunerado em numerário e em espécie. Um trabalhador com salário mínimo, para além do que recebe em dinheiro (salário nominal) é também remunerado com todas as benesses do estado social, cerca de mais 350,00 €/ mês (salário real).
O salário mínimo em Portugal é, portanto - 835,00 €.
O BCE sugere que se diminua a componente que é paga em dinheiro. Eu sugiro que se diminua a parte que é paga em espécie. Com o dinheiro no bolso, o trabalhador pode adquirir no mercado todos os serviços que o Estado lhe presta e ainda sobra para a cachaça.
Enfim, são opções.

Saúde: 1.500,00 € / capita / ano
Educação: Custo por aluno do ensino secundário 6.000,00 € / ano

Uma família de 4 pessoas, casal com 2 filhos no secundário, recebe em espécie cerca de 18.000,00 /ano.

6 comentários:

Ricciardi disse...

Portanto a opção do caro Joachim é dar os 1500/ano da saude ao pessoal. Para depois ele gastar 4000/ano nos privados.
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Boa.
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Dê-me lá um país desenvolvido aonde se gaste menos em saúde do em Portugal. Vá, diga.
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Pronto, eu digo-lhe um. Os EUA gastam 8.000 usd/ ano por cabeça na saude.
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Que raio de opção pode ser essa? Propor que reverta para salario 1500 paus para depois ter de pagar mais do dobro?
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Ora bolas.
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Rb

joserui disse...

O Joaquim propõe que os pobres levem uma vara de porcos aos médicos que em troca lhes darão um chouriço... e rançoso ainda por cima... enfim, são opções... -- JRF

zazie disse...

eehehe

Anónimo disse...

Joaquim. Com esta merda de contas, que só você é capaz de fazer, predeu para mim toda a credibilidade.

Vou apagar definitivamente este blogue dos meus favoritos.

Vá brincar com a pilinha!

Fernando Ferreira disse...

Bom post, Joaquim. So faltou referir e os outros comentadores nao atingiram foi que, o custo por aluno no ensino secundario e' de 6000 euros por ano PORQUE O ESTADO ESTA METIDO NA EDUCACAO. Fosse o mercado livre, sem interferencia do estado, fornecer servicos de educacao, este valor seria muito mais baixo.

Nao entendo como e' que todos aceitam como natural que a iniciativa privada nos forneca tantas coisas que torna a nossa vida melhor, fornecendo cada vez melhores produtos e cada vez mais baratos (LCD, computadores, automoveis, telemoveis, etc.) e depois nao acreditam que a iniciativa privada seria capaz do mesmo a fornecer servicos de educacao ou saude. Nao da para entender...
Cumprimentos!

Anónimo disse...

Fernando, entende-se bem. A educacao e a saude, pricipalmente a ultima, nao é bem q possa ser transacionavel e sujeita a leis de mercado. A procura de saude nao pode depender das forcas da interaccao da oferta e da procura em torno de um preco. A procura de saude, e refiro-me a servicos essenciais e nao assistenciais, é inelastica. Nao flui com preco ou com a oferta. A procura mantem-se independentemente do preco. A rzao é obvia - ninguem escolhe estar doente. Vc nao pode optar por nao comprar servicos de saude. Nao tem liberdade de optar comprar a sua saude. Quer dizer, tem liberdade de nao comprar um carro, uma televisao, um computador, que nao vem mal ao mundo, mas nao pode optar por morrer.
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É um mercado atipico. As consequencias de nao poder pagar um preco pela sua saude é a morte. E portanto, vc compra a sua saude a qualquer preco. Se necessario for vende tudo para se salvar. Isso nao acontece em qualquer outra area de actividade.
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Essa é a razao pela qual a liberalizacao total da saude nao funciona. A prova etá nos eua que produz saude a custos para o utente muito superiores aos da Europa.
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rb