27 julho 2012

suprimentos

As empresas chinesas não são independentes, dependem do Estado e, em última análise, do partido único que controla o país: o Partido Comunista da China - PCC.
Neste sentido, Portugal não vendeu 21,35 % do capital da EDP à Three Gorges, mas sim ao PCC, o patrão da Three Gorges.
O empréstimo de 1.000 M€ que a EDP agora contraiu junto do China Development Bank (CDB), também depende da aprovação do PCC e, portanto, não é uma vulgar operação de mercado.
Como o accionista chinês tem o mesmo patrão do banco, eu penso que, em termos contabilísticos, estes 1.000 M€ deviam ser considerados suprimentos. Pelo menos, em termos abstractos, é o que parece.
A EDP fica cada vez mais dependente de um parceiro único, digo, de um partido único.

3 comentários:

lusitânea disse...

Nacionalismo nunca!Internacionalismo sempre!

zazie disse...

É isso mesmo, Joaquim!

Anónimo disse...

Então, mas nao sendo o estado português accionista, o mercado está a funcionar. O mercado, esse local respeitável, aonde se vende e compra valores. A soberania inclusive.
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Mas os liberais portugueses parece q ainda nao percebem que nao vai existir mercado. Nao pode existir essa coisa em dterminados sectores em Portugal. Agora vem a privatização das aguas e outras cisadas.
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O mais grave disso tudo, nem é vender monopólios a privados, o que per si já é coisa assustadora, nao, o mais grave é pensarem que o consumidor vai sair beneficiado com isso. Mas ainda mais grave é defender que se reduza a regulação para os abusos de posição dominante.
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Rb