12 julho 2012

pescadinha de rabo na boca

- O grupo PSA Peugeot Citroen anunciou que vai despedir 8000 trabalhadores.
- O despedimento colectivo é necessário devido à quebra nas vendas.
- Os carros não se vendem porque estão sobrecarregados com taxas e impostos.
- Estas taxas e impostos elevados são para garantir o Estado de bem-estar social para os trabalhadores.

18 comentários:

Lionheart disse...

Estas taxas e impostos elevados são para garantir o Estado de bem-estar social para os trabalhadores... que têm emprego garantido. Os que são despedidos não beneficiam do mesmo bem-estar social. A próxima guerra de classes é entre os que trabalham no Estado e querem manter os seus direitos "civilizacionais", e os outros que estão sujeitos a perder o emprego porque as suas entidades empregadoras não conseguem, ou não querem, pagar os impostos que sustentam o bem-estar social dos agentes do Estado.

A realidade é que quando se começou a pôr os ricos fora do Estado social estes deixaram de se reconhecer nele e de o querer apoiar. A quebra no contrato social começou aí. Se o rico, que é quem mais paga para o sistema social, não tem direito a beneficiar da saúde e ensino gratuitos (mesmo que deles prescindam voluntariamente) este sente-se desobrigado a para ele contribuir. Não é por isso surpreendente que tanta gente rica recorra a esquemas para fugir ao pagamento de impostos, mesmo em países onde o sistema fiscal é mais rigoroso que o nosso. E não são só banqueiros, mas artistas de esquerda também. É por isso uma atitude bastante transversal. E em vez dos políticos andarem a envergonhar estas personalidades em público, deviam tentar perceber por que se chegou aqui. Não é só porque estes são hipócritas, é porque ninguém gosta de ser "roubado" para sustentar outros a quem não reconhece utilidade.

E falando em desemprego e equidade, convém não esquecer que em Portugal não houve despedimentos na função pública como na Grécia e na Irlanda. É por isso uma vergonha que se venha falar em equidade entre públicos e privados por causa dos subsídios de férias e de Natal por gente que não corre o risco (pelo menos para já) de ir para o desemprego como os outros. Por isso, se se quer que haja equidade, sugerimos a Passos Coelho que comece desde já a pensar como reduzir o número de funcionários públicos. Assim é que há mesmo equidade.

lusitânea disse...

Por acaso em França o planeta também não é salvo pelo Estado Social
Vão ter tantos que vão rebentar como os outros...
Por cá o milagre é ainda maior porque agora nem "obras" há para justificar a nossa africanização
Mas prontos os do tudo e do seu contrário ainda um dia vão prestar contas ao zé povinho quando chegar o 80...

sampy disse...

Já a Renault espanhola faz melhor: oferece dois carros pelo preço de um. É aproveitar, malta!

Vivendi disse...

Vão produzir na China? Por lá vende-se.

Luís Lavoura disse...

Que disparate.
Os carros não se vendem, não por causa de os impostos serem elevados, mas sim porque não são necessários. Os franceses são cada vez menos e já têm carros mais que suficientes para todos.
Eu, pelo menos, tenho (felizmente) dinheiro mais que suficiente para comprar um carro, mas não compro pela simplicíssima razão que aquele que tenho me chega perfeitamente bem. Mesmo que os carros fossem 20% mais baratos, continuaria a não comprar.

Ricciardi disse...

Caminha-se inexoravelmente para uma Europa melhor. Mais desemprego, menos bem estar, menos ferias, menos lazer e, cereja em cima do bolo, mais horas de trabalho remuneradas com pior remuneração. Os liberais afiançam que, desta forma, compulsivamente se obrigam as pessoas a mudar. .. A deixar de ter hábitos maléficos.
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Mas eu pergunto: mudar para que?
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Os liberais respondem que temos de mudar porque o mundo mudou. Quer dizer, a China mudou. E tendo mudado a China encontraremos dois vértices essências da questão: 1) por um lado lá produz-se infinitamente mais barato do que na franca. Porque raios haveremos de gastar mas dinheiro a produzir em franca se temos a China ali ah mão de fabricar. 2) criando riqueza na China, uma classe nova de gentes com dinheiro vai comprar-nos mais produtos.
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Ora, este raciocino êh uma falácia. Vejamos, se deixamos de produzir por cá, não vamos vender mais produtos. VAmos, qdo muito, produzir lá para vender lá.
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Os liberais contra-argumentam: ahh mas isso não vai acontecer. o que vai acontecer êh q a Europa vai inventar coisas novas, acrkescentar Valor a outras coisa, fruo do engenho, da educacao primorosa e da cultura superior, e vamos esta sempre um passo ah frente da China.
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Vai dai pus-me a pensar nesses argumentos. vamos estar sempre ah frente. Outra falácia. Se ainda temos boas escolas a isso se deve o sistema social-democrata europeu que nunca deixou de investir na escola. Ora, esse sistema estah a ser destruído.
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Os liberais, sempre cheios de si, garantem q não êh necessário q os estados invistam na educação das pessoas. Estranhamente defendem a universalidade da educação; ministrada por privados, mas paga pelos estados.
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E informei-me. fui ver e a China já produz ensino universitário aos milhões. Os professores são os melhores recrutados em todo o mundo... E há uma classe media em crescendo que envia centenas de milhares de chinoquinhas para a Europa e EUA estudar.
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Em suma, não vamos ter qualquer supremacia educacional a medioprazo. Pelo contrario. Isso quer dizer que não vamos inventar coisas mais do que eles.
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Essa fabrica da peugeot vai entrar na China, certamente. Se na Europa se reduz salários, as vendas caem. O futuro estah, pois, na China.
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A China tornar-se-a na Europa, e a Europa achinezar-se-ah. O nosso futuro Êh sermos a China do séc xx. O futuro da China êh ser a europa do séc xx. Vamos apenas trocar de posições. O saldo para os liberais êh nulo.
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Rb

Vivendi disse...

Concordo com a posição do Ricciardi. Por isso sou defensor do protecionismo. A Europa e pior ainda os EUA irão sofrer com a globalização nestes moldes.

Filipe Silva disse...

Já agora a quem se refere com o termo "liberal"?

É que já vi chamarem liberal a tudo e mais alguma coisa.

Os que seguem o pensamento da Escola Austríaca já há muito tempo que vêm avisando para o que hoje a sociedade ocidental sofre.

Ao contrário do que a esquerda e companhia gostam de apregoar, nunca a sociedade ocidental foi tão socialista, senão vejamos.

Nos últimos 30 anos em todo o mundo ocidental o Peso do Estado na economia aumentou, em Inglaterra hoje mesmo situa-se nos 55%, em Portugal nos 51%.
Von Misses avisou que isto ia acontecer.

O problema económico europeu, é devido ao socialismo, a união Europeia, o Euro, a tentativa desesperada de criação do mega estado Europeu, etc...

Isto veio com nossas regulações, criação do sistema financeiro que só joga a favor de um punhado pequeno de agentes (bancos, e politicos)

Depois culpam as ideias liberais de culpadas pela crise, de que a realidade é sua culpa, etc...

A realidade é uma, o nível de vida foi construído em cima de divida, divida esta que já não é possível aumentar ao ritmo que antes se aumentava, dado que o crescimento económico cresce a um ritmo inferior ao ritmo do crescimento da divida.

O que hoje acontece são ocorrências não planeadas pelo planeamento Central, se o mercado tivesse sido deixado funcionar sem intervenção estatal e o povo europeu estaria muito melhor.

Vejamos é saudável e importante as pessoas pouparem, mas como isso implica menos consumo, logo leva a desemprego é logo diabolizado pelos Media, a realidade é que a economia não é sustentável e necessita de se reorganizar, mas este processo deve ser feito pelo mercado, isto é, pela acção individual livre dos agentes.

O Estado não é mais que um mecanismo de dar beneficios a uns em detrimento de outros, poder dar o spin que quiserem, mas a realidade é mesmo esta.
Uns são extorquidos para outros usufruirem (RSI, Banqueiros, Empresarios do regime).

A China é o que é, agora a culpa da nossa queda não será imputada a nos mesmos?
A crise serviu para nos apercebermos que a realidade é que não Existe livre mercado, que o socialismo com outra roupagem triunfou sobre o liberalismo, mas como sabemos o Socialismo não funciona e vai tratar de se auto destruir.
Infelizmente vai fazer com que a minha vida seja menos boa, do que poderia ter sido.

Ricciardi disse...

Caro Filipe,
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Para quem acha que se usa o termo liberal de forma inapropriada, e concedo que o faço, vc usa o termo socialismo com a mesmíssima intensidade.
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Senão vejamos, o socialismo êh a apropriação dos meios de produção por parte do estado. Ora, como bem pode ver, isso não existe na Europa, senão em áreas mto especificas que tem a ver com serviços públicos - a saúde, educação, segurança, justiça. Não vejo socialismo em lado algum. Discute-se apenas o papel do estado nas garantias aos cidadãos em áreas fulcrais da existência humana.
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Por exemplo, os liberais aceitam que a segurança e a justiça e a defesa nacional seja garantida pelo estado. Não podemos assim chamar socialistas aos liberais porque querem o estado em algumas funções.
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Quando fala em peso do estado na economia refere-se certamente ao peso dos impostos no Pib, e não ao peso da dos negócios do estado na mesma. Porque essa já foi total ou parcialmente privatizada há mto tempo. Em todo caso tem sido os liberais a aumentar esses mesmos impostos e são exclusivamente os liberais que tem defendido aumentos de impostos sobre os rendimentos. Êh ler esses lblogues liberais para se aperceber disso.
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Rb

Ricciardi disse...

A verdade êh uma só. O endividamento dos estados adveio de duas ou tres coisas. Deslocalização das fabricas para a China. Oligopólios partidários que fomentaram o clientelismo na despesa, usando-a para fins eleitorais e benefícios pessoais. Crise do sub-prime que levou os estados a endividarem-se para segurarem a recessão evitando que esta não se tivesse transformado numa depressão.
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No caso especifico português, além disso, o euro agravou a situação das contas externas. Facilitou as importações e endividamento, e dificultou as exportações. Principalmente deu aso a que os políticos, de esquerda e da direita, pudessem usar credito limitadamente sem qualquer racionalidade económica. Deixou de haver com o euro risco pais.
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E isto êh tão verdade para o estado como para os privados. Alias os privados conseguiram endividar-se mais do que o estado.
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Mas a génese de todo o mal não esta no facto dos europeus tem boa saúde e educação universal e gratuita. Não. A génese do mal esta mesmo em permitir que se possa importar a china um produto feito com escravos e não permitir que os empresários portugueses possam usar escravos. Que se possa importar produtos fabricados sem qualquer respeito pelo ambiente, e exigir aos empresários europeus que o faca. Etc etc etc.
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Ora, os empresários rapidamente se deram conta que o mais lucrativo êh ir poluir e escravizar para a China a custos baixíssimos e depois importar para o ocidente.
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Rb

MIGUEL disse...

MUITO BEM FILIPE SILVA
O RESTO É COMENTAR, FALAR, INVENTAR, SUAR, PALIAR, PRETEXTAR, CANTAR (CANTIGAS), ALEGAR, TERGIVERSAR, DESCULPAR, ALDRABAR, EMBUSTEAR, FABULAR, IMPROVISAR, PETEAR, REPRESENTAR, CABORTEAR (BRASIL), ALMUDAR, APANHAR, BURLAR, CALABREAR, CIGANAR, CONLUIAR, EMBAÇAR, EMBELEÇAR, ENGODAR, VISGAR, EMPAPAR, ENVISCAR, LUDIBRIAR, ENGROLAR, MAMAR, TRAMBICAR (OU BUGIAR), ENFIAR, ENRABAR, CHULAR, VIGARIZAR, INTRUJAR, ARGULAR, GOZAR, ENDROMINAR, FORNICAR, ROUBAR, AGADANHAR, CONLUIAR, DEPRADAR, SAQUEAR, UNHAR, ENGRAZULAR, DESPOJAR, SALTEAR, RAPTAR, RAPINAR, LATROCINAR, EMPANDILHAR, DISSIPAR, ARRUINAR, DELAPIDAR, DEPREDAR, DEVASTAR, ESPOLIAR, APANHAR, PETISCAR, CALAR, FECHAR, DESFALCAR, DISPERSAR, MALBARATAR, DESMANIVAR, ESPANCAR, FACILITAR, EVAPORAR, DESPERDIÇAR, CAVAR, GOLPEAR, RASGAR, DISPERSAR, ESPATIFAR, ESBANJAR, QUEIMAR, ATRAPALHAR, ENSOMBRAR, ENTURVAR, PERTURBAR, EMBRULHAR, DISTURBAR, DETURBAR, INQUIETAR, CONTURBAR, HUMILHAR, BARALHAR, MISTURAR, CAOTIZAR, ATORDOAR, EMBRIAGAR, TURBAR, DESASSOSSEGAR, ATARANTAR, MATAR!

Vivendi disse...

indústria financeira/ proteção de monopólios / especulação invés de produtividade

este é o cancro ocidental


Junte-se ao caso chinês apresentado pelo Ricciardi, o baixo valor da sua moeda (altamente protecionista), e depois alguém que me explique como se pode fazer um mercado livre com condicionantes opostas e em que uma das partes sai claramente prejudicada.

Relembro que só a Alemanha no ocidente tem uma verdadeira capacidade (momentânea) de extrair vantagens com os negócios da China.

zazie disse...

O léxico é muito importante.

Foi por isso que eu resolvi o problema levantado pelo Filipe Silva e lhes chamo neotontos.

Assim percebe-se melhor o alcance da coisa.

Anónimo disse...

As políticas e crescimento de Hollande e da sua concubina ciumenta não chegaram ainda.

Filipe Silva disse...

A realidade não se altera porque nós não concorda-mos com ela.

A realidade demonstra que vivemos numa sociedade socialista, não da forma do socialismo soviético, mas a conhecida Social democracia.
Que não passa de uma tentativa de termos o que os proponentes deste sistema dizem, o bem dos dois mundos.

A realidade é que o mundo caminhou para um aprofundamento do socialismo, em detrimento do livre mercado.

Basta ler Mises, que este já vaticinava no pós guerra, o que nos veio a acontecer.

A realidade portuguesa é que nada é feito sem a autorização do estado, ou melhor de quem esta no poder.
A maquina publica aumentou até ao ponto de poder provocar a destruição de toda a economia.

Como dizia Mises, os neoliberais são todos socialistas.

Um seguidor da escola austríaca nunca seria por aumentar impostos, seria sempre por cortar despesa, desregular, acabar com o socialismo que vigora nas sociedades.

O socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros.

Mas eu não sou liberal, nem neo tonto.
Libertário será a melhor descrição,

Cfe disse...

Gramsci... Gramsci, vamos ler um bocadinho dele para definir o que é o socialismo e sua estratégias.


O verdadeiro socialismo é o intrísico no modus vivendi.

Julgar que a propriedade por ser formalmente privada não é socialista é uma ilusão. Ou alguem julga que uma propriedade estatal pertence realmente a sociedade e não ao grupo reinante em seu seio?

Essa ajuda concedidas aos bancos europeus é mais que discutível. Boa ou má depende do ponto de vista de quem opina mas a ninguem, até agora, ocorre questionar a propriedade dos mesmos?

Sim porque se é para ajudar os bancos para salvar o resto da economia porque não se pune quem lá estava?

Por acaso isso é capitalismo?

Unknown disse...

Rb, busquei mais uma.... ;-))

sampy disse...

O sacaninha do Hollande veio dizer que o despedimento dos trabalhadores da Citroen é inaceitável.

É inaceitável, diz ele, porque o despedimento já estaria previsto há um ano atrás, mas os patrões decidiram esperar pelo resultado das eleições e querem agora envergonhar o coitadinho do Hollande...

Nacionalização já!!