13 julho 2012

O bálsamo de Ferrabrás

Um artigo excelente, de Pablo Atienza, no El País:


Según la leyenda carolingia este bálsamo milagroso, que cura todos los males, lo encuentra Fierabrás durante un saqueo de Roma, en unos barriles que contenían el bálsamo con que se ungió a Jesucristo al descenso de la cruz.
La situación de España, con el déficit público disparado, la economía bajo mínimos, el desempleo en máximos históricos, la prima de riesgo en zona de intervención y el sector bancario en vía de rescate parece pedir una solución milagrosa. Quizá por ello algunos sindicatos, partidos políticos y medios de comunicación proponen su propio bálsamo de Fierabrás: aumentar la inversión y el gasto público para fomentar el crecimiento. Esto, desde mi punto de vista no es una política deseable, ni siquiera posible, por varios motivos.
El primero es que España, en los años del 2002 al 2007, aumentó fuertemente el gasto público y una parte considerable de este aumento no fue a mejorar los servicios al ciudadano, sino a engordar las estructuras administrativas, políticas y sindicales y a pagar gastos innecesarios. Por eso, la prioridad del gobierno debe ser racionalizar el gasto eliminando la parte prescindible.
El segundo es que la inversión pública se rige por criterios políticos además de económicos y por ello suele ser poco eficiente. Buena parte de esta inversión durante la década pasada ha sido inadecuada, y nos ha dejado, por poner un ejemplo, con 47 aeropuertos y 51 universidades públicas, más que Francia o Alemania, muchos de ellos sin apenas usuarios.
El tercero es que el retraso en racionalizar el gasto y la inversión públicos es precisamente lo que nos ha traído hasta aquí. Los déficits de 2008 a 2012, que han duplicado la deuda pública, han coincidido con el aumento del deterioro económico y del paro.
Y el cuarto es, sencillamente, que no podemos. Los inversores ya no nos prestan dinero en condiciones razonables porque dudan de que se les pague. Si España no consigue dejar de gastar más de lo que ingresa, el dinero será cada vez más caro.
Cont.

4 comentários:

Anónimo disse...

Um artigo excelente? Porque? Todos sabem que e assim, alias e senso comum, no entanto ninguem o aplica porque? porque por Portugal, Espanha Grecia e Italia tudo isso e uma utopia.

Ha que alimentar os aventais, os amigalhacos, os menos amigalhacos mas uteis e mais a merda toda que esta segura na teta...e isto vai demorar muitos anos a mudar.

Elaites

muja disse...

Na linha do comentário acima eu generalizo:

O que tudo isto me faz cada vez mais lembrar são borboletas à roda de uma luz. Rodam, rodam, rodam... Bem rodam e rodam, na esperança de atingirem uma coisa que não existe como elas a pensam (tanto quanto uma borboleta o pode fazer).

Seja qual for a receita, seja qual for a teoria, seja qual for a escola, venha de Áustria ou da Conchichina; tudo isso é perfeita e ulteriormente irrelevante. O problema mais grave, que urge resolver (se ainda for possível) e do qual derivam todos os outros, é um de carácter e intenções. O problema é ético e humano, não é de pseudo-teorias de pseudo-cientistas económicos.
Enquanto quem nos governar não tiver - já não digo como único - mas como objectivo principal, o bem comum, o bem estar das populações; por outras palavras, enquanto não forem homens de carácter honrado e com sentido de dever, de nação e de povo que tomem os destinos das nações em mãos, nunca sairemos da cepa torta. Nunca.

O problema não é académico, senhores! E, como tal, ouvir académicos discutir interminavelmente sobre que escola é a certa, ignorando ou manipulando e abstraindo até os conceitos mais básicos definidores da humanidade adianta apenas aos interesses que quem pretende espremer o povo - c'est à dire, quem produz, quem bule, quem faz pela vida; em suma, todos que não eles.

Apaniguar os sintomas não chega e será cada vez mais difícil enquanto não for atacada a causa da maleita. Tudo o mais é fátuo.

Anónimo disse...

Cuidado!... Foi com conversas e com "certezas" a 1000 por cento como as suas, que se matou (e mata), muita gente neste mundo!...

muja disse...

Não mais do que a que se matou e mata com as conversas que hoje em dia são políticamente correctas (ou de menos "certezas", se preferir).

As pessoas não se matam com conversas. Matam-se com acções, que são as única coisa objectiva que se pode escrutinar para julgar a conduta ou as intenções de alguém.

Tudo o mais não tem como objectivo senão limitar a expressão de determinadas ideias mais ou menos incómodas ou inconvenientes do momento; pois é ou não é verdadeiro o que eu escrevi? Isso é que tem interesse saber.