Imaginem que não existiam carros à venda e que quem quisesse um veículo tinha de o adquirir às peças. O custo final seria astronómico.
As fábricas de componentes competiriam entre si com base no preço, tentariam tirar partido das economias de escala e esmifrariam os trabalhadores para garantir margens de lucro adequadas.
O cliente lá iria reunindo todas as peças necessárias para montar o seu carrinho. Claro que iam sobrar muitas peças, ou porque só se vendiam em lotes ou porque não encaixavam no produto final.
A inovação poderia ocorrer no fabrico de cada componente, mas não, em termos disruptivos, no produto acabado, no veículo entregue ao cliente, de chave na mão.
O que Porter nos veio dizer, na conferencia da Católica, foi que na saúde ainda estamos na fase da “venda do carro às peças” e que é por isso que os custos são astronómicos. É necessário evoluirmos para a concorrência com base no valor que se cria para o cliente, isto é, para a venda do “carro acabado”.
Ora para esta mudança de paradigma, é necessário “pensarmos de maneira diferente”.
10 comentários:
E este Supermercado da saúde chamariase como, Insanity Global?..,
Anda lá, voltem a vista aos mestres que ja faz anos que morreram mais continuam estando ai para ensenhar incluindo os mai-inuteis-e-pregiçosos-do-gremio ( aqueles que estao totalmente incapacitados para "inovar"...). Tratariase só de "aprender"...
Akira Kurosawa ; "Barbarroja"
http://www.filmaffinity.com/es/reviews/1/418007.html
Joachim, há uns tempos dizia-lhe que os hospitais tem (deviam ter)por objectivo a rendibilidade e não a lucratividade. A rendibilidade tem a ver com conceitos como a eficiencia e eficacia. O objectivo de um hospital deve ser tratar o maior numero de utentes possivel dentro dos recursos alocados para o efeito. A eliminação do desperdicio é, pois, essencial neste processo.
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É como quando um engenheiro e um gestor se juntam numa fabrica para fazer melhorias no processo de fabrico. Quantos carros hora vamos conseguir produzir maximizando os recursos disponiveis.
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Isto é gestão.
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O conceito das Clinicas é diferente. A lucratividade. O objectivo não é quantos doentes vamos tratar, mas sim que preço e que serviços nos interessam fazer para obter uma remuneração adequada aos accionistas. Neste caso das clinicas só com uma verdadeira concorrencia é que é possivel fazer modificações na eficiencia. A razao é simples, só se houver concorrencia é que as clinicas sentem necessidade em produzir serviços diferenciados ao menor preço.
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Ora, como em Portugal não existe concorrencia no sector privado, mas sim um oligópolio. Nem se prevê que liberalizado o sector venha a ter. E se vier a ter os utentes nunca serão beneficiados pelas razões acima aduzidas.
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A titulo de exemplo, as privatizações de Oligopolios, na area das energias em espanha, levou a aumentos da electricidade na ordem dos 80%. Em Portugal tambem.
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Rb
O Joaquim quer que os outros pensem como ele e chama a isso pensar diferente.
Acaso já ele experimentou colocar as suas ideias em causa?
Não.
Nem com influência do PA larga a cartilha neotonta. Portanto, não tem receita a dar aos outros para mudarem aquilo que ele próprio não muda.
E no pais do MPorter?
Em que fase estão no sector da saude, uma vez que os custos da saude "per capita" são salvo erro 3 vezes mais altas que em Portugal e mesmo assim deixando de fora cerca de 30 milhoes de pessoas ?
Rui Silva
Mudar de paradigma?
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Mal raio me parta!. Por uns momentos fiquei suspendido nesa mesma frase que foi tao repetida até pelo mismo tao gasta no ano corrente de 2008 d.C.
O dia da marmota mais contado desta vez de día relatada como anos ...
Não compreendo a analogia...
Alguém pode explicar, por favor? (a sério)
Qual seria o "carro acabado"?
Era isto:
http://i19.photobucket.com/albums/b159/panotea/carro.jpg
Ahahahaha!
"A titulo de exemplo, as privatizações de Oligopolios, na area das energias em espanha, levou a aumentos da electricidade na ordem dos 80%. Em Portugal tambem."
Você não sabe qual o preço da energia em Portugal. Com o intervencionismo político que vai desde o défice tarifário até à reserva de produção passando pelas renováveis, mais subsídios tudo mudou ao longo dos anos.
Você até tem o CEO da maior empresa: EDP a vangloriar-se de pagar muitos impostos para o Estado. Ou seja o principal "cliente" para o Mexia são os políticos não quem compra energia.
lucklucky
Caro Lucky, e quem acha que seria o principal cliente na área da saude se o sector fosse liberalizado?
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Rb
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