19 julho 2012

empresas têm de comunicar todas as facturas ao Fisco

Informação terá de seguir para as finanças por via electrónica. Talões serão substituídos por facturas.
Da pequena mercearia de bairro, até ao grande hipermercado, a partir de 1 de Janeiro todos os contribuintes que efectuem transacções ou prestações de serviços sujeitas a IVA vão ter de comunicar ao Fisco, por via electrónica, os elementos das respectivas facturas. A medida foi ontem anunciada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, no final do Conselho de Ministros, e é apresentada como um reforço no combate à informalidade e à evasão fiscal.
JN

Fico com uma dúvida. Os compradores vão ser obrigados a identificar-se, com o respectivo número de contribuinte?
Esperem a maior contracção económica de sempre!

10 comentários:

Ricciardi disse...

Bem, nao conheço os pormenores, mas é coisa que defendo ha muitos anos. Um sistema integrado aonde TODOS pagam impostos.
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No entanto, sem que haja um cruzamento automatico entre os depositos efectuados em contas bancárias e os rendimentos declarados no IRS não é possivel dar eficácia ao sistema.
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O mesmo é dizer que dinheiros fora do sistema bancário (nas off-shores), para entrarem novamente, tem que ter justificação em rendimentos reais e legais suportados no IRS.
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O governo devia alargar o prazo para que os dinheiros negros dos portugueses retornassem aos bancos nacionais. E devia até prescindir da taxa de 7,5% actual para faze-lo sem perseguições fiscais criminais e sem fazer perguntas.
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Há muitissimo mais dinehiro nas off-shores que era util estar ao serviço da economia.
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Talvez um boa medida fosse, já que o estado leva 7,5% para 'legalizar' dinheiro negro, seria, dizia, sujeitar 5% desses dinheiro à compra de titulos do tesouro a 10 anos. Era capaz de encaixar compradores de titulos na ordem dos 25 mil milhoes, estimo eu, mesmo os nao-residentes.
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Rb

Ricciardi disse...

Agora, a adopção de um sistema destes, que é justo e equitativo, implica um compromisso de baixar impostos por parte do governo. Senão é alimentar o monstro. Senão é a engorda. E se for para a engorda, então mais vale fomentar a economia paralela.
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Rb

Anónimo disse...

... e se, com estas medidas, as taxas de impostos forem reduzidas, o governo pode aproveitar para fazer esse abaixamento selectivamente e de forma inteligente. Baixar impostos drasticamene para famílias com mais do que dois filhos seria um bom principio. Substituir metade dos rsi's por um salario de mãe, seria outro excelente principio.
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Não pode haver igualdade fiscal quando existe desigualdade na contribuição para o bem do país.
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Os governantes andam distraídos com as sucessivas crises, mas a maior crise de todas, depois das questões ambientais, é mesmo a demografia. O excessivo envelhecimento da população que gerará brevemente uma crise perpetua.
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Ora, este tipo de medidas fiscais, que pretendem abranger mais gentes q escapam às contribuições, são a altura ideal para se promover a família, descriminando positivamente aquelas q geram mais activos para o futuro.
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Rb

muja disse...

Não sei se concordo consigo, Rb.

Eu tenho ideia - e pode ser ingenuidade, mas ainda assim - de que o cidadão honesto não tem qualquer problema em pagar impostos - até muitos impostos - se vir que eles são postos em serviço da comunidade e, portanto, de si próprio.

Agora, quando o povo vê que os impostos que paga não são para isso, mas para alimentar outros interesses mais ou menos obscuros, percebe - ainda que inconscientemente - que está a ser extorquido. Ora apenas um tolo não evita a extorsão se não puder. Mais, ao serem draconianamente aplicadas as medidas extorsionárias, isso apenas suscita revolta e hostilidade no cidadão e, já diz o ditado, a necessidade aguça o engenho... E o nosso engenho, sobretudo quando aguçado por necessidades deste tipo, rivaliza com qualquer outro à face da terra...

Perseguir meia dúzia de patos bravos que se querem abotoar com o guito dos impostos é fácil, em havendo vontade para isso. Agora perseguir todo um povo que considera o pagamento dos impostos como extorsão é impossível e toda a medida nesse sentido vai fazer sair o tiro pela culatra.

As pessoas têm de ser convencidas a pagar, e não obrigadas. Pura e simplesmente, não há outra forma. Em assim sendo, sobram apenas os patos bravos que são facilmente identificáveis pelos sinais exteriores de riqueza. Não é preciso um big brother dos depósitos.

O que devia ser sujeito a big brother era o que os bancos fazem com o guito das pessoas, isso sim!

Eu compreendo onde o Rb quer chegar, e as intenções com que para lá caminha. Mas acho que não é por aí...

muja disse...

Aliás, isto é a tal curva do Laffer ou se não é, vai dar ao mesmo...

muja disse...

Hum. A conversa é mais acima, pelos vistos...

Anónimo disse...

Isto vai ser uma cena valente!... Aliás a melhor coisa é entregar a gerência das empresas a um funcionário qualquer do fisco!...
Ou seja, esta medida, no fundo, significa a nacionalização de toda a economia! Com a conivência dos bancos!...
Vai tudo prá economia paralela e pró contrabando!...
Já nos USA doa anos 20 do seculo passado foi a Lei Seca que criou a maior Máfia de sempre!...

marina disse...

não percebi. vão ter de comunicar uma a uma , dia a dia , os elementos das facturas ? nif do cliente e o que comprou ? se for comprar o jornal ,um gelado e assim , também ? vou ter de esperar que emitam a factura ?
se for isso , estão doidos. a perda de tempo que significa. e/ou vai tudo estar igado extranet ao fisco ? e o senhor manel aqui da mercearia vai ter de comprar pc ?

depois a produtividade em portugal é baixa..

marina disse...

o jn deve ter dado mal a novidade , pois se for isso é uma invasão da privacidade inaceitável .suponho que nicho de mercado será então a venda de cartões de contribuinte falsos.

Anónimo disse...

está tudo doido... por causa de uns quantos infractores infernizam a vida à maioria da população que não comete nenhuma infracção???