09 julho 2012

as críticas de Michael Porter

O professor Michael Porter, que há 20 anos fez um estudo sobre os ‘clusters’ em Portugal, afirmou hoje que “o aumento das taxas moderadoras não resolve o problema de criação de valor na saúde”.
O consultor, que falava numa conferência sobre “Sistemas de Saúde em tempos de crise”, que decorre na Universidade Católica, em Lisboa, afirmou que o aumento das taxas moderadoras “só muda os custos de uma pessoa para a outra e torna os serviços iguais”, adiantando que a solução para o sistema de saúde em Portugal “deve ser centrado no paciente”.
Para Michael Porter, “reduzir os salários dos médicos e enfermeiros não cria valor”, até porque estes profissionais devem ser “bem pagos”, disse ainda.
“Temos de parar de defender o que foi feito anteriormente, uma vez que ficou já demonstrado que falhou”, rematou Michael Porter.
Ionline

O que teria pensado Paulo Macedo quando ouviu Michael Porter criticar as taxas moderadoras e, de um modo geral, "tudo o que foi feito anteriormente"? Deixem-me adivinhar:
- Este tipo vem lá dos EUA e não conhece a nossa realidade.
Eu sei porque já ouvi este argumento milhares de vezes.

5 comentários:

CCz disse...

Ontem a ouvir mais um economista comportamental a tentar explicar a magia que se encontra por detrás do "grátis" lembrei-me logo das taxas maderadoras.

Gostava de saber qual queda nos pedidos de consulta quando se passou do grátis para o pago.

Bmonteiro disse...

Administrar muitos é tão simples como administrar poucos. É tudo uma questão de organização.
Sun Tzu.

Anónimo disse...

Os profissionais devem ser bem pagos, estou de acordo. Mas têm que ser pagos de acordo com os níveis salariais permitidos pela economia portuguesa. O erro principal foi tentar aproximar os salários no estado para os níveis europeus, sem cuidar de verificar o comportamento da economia. Quem sustenta o sistema é a produção dos privados e não a despesa pública. Desta maneira acabámos todos falidos, como se vê!...

Anónimo disse...

O prof. vem dos EUA, país onde poucos contribuintes estão dispostos a pagar serviços básicos de saúde aos pobres e aos que não têm acesso aos seguros privados... Os EUA devem ser mesmo o paradigma de uma saúde pública tendencialmente grátis e universal.

Anónimo disse...

"Eu sei porque já ouvi este argumento milhares de vezes".

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Professor Arroja, pronunciese neste momento e que todos saibamos agora se foram milhares ou só centenares as vezes...