10 junho 2012

90.000.000.000,00 €

Em 2011, os gastos do estado espanhol superaram as receitas em cerca de 90.000 M€ e esta situação não pode continuar.
Mariano Rajoy

7 comentários:

lusitânea disse...

Pode dizer que até eram bastante comedidos.Nós por cá não eram 17000?Agora compare-se a população...
Aqui salvava-se muito mais do que em Espanha!

Anónimo disse...

Não pode continuar? Esse Rajoy volta e meia tem uns rasgos de génio... tem mesmo!... -- JRF

Lionheart disse...

A verdade tem de ser dita e se hoje nós estamos um amargos pelas condições impostas à Espanha serem mais "suaves" (do ponto de vista formal) que a Portugal (embora a história ainda não tenha acabado e esteja por contabilizar a extensão da dívida espanhola por via das autonomias, por isso não é de excluir que o Estado espanhol venha a ter de ser "auxiliado"), a Alemanha deu-nos a possibilidade de arrumar a "casa" sem ter de vir para cá a "troika". Mas o regime não teve a clarividência de o aproveitar e estupidamente deixou o Estado ir à bancarrota. Bastava o PS deixar cair Sócrates, o actual presidente não ser uma "múmia" mais preocupado com a sua reeleição e o PSD não se preocupar tanto com os negócios. O PEC IV seria viabilizado, no caso de haver falhas, como o PSD alegou, ir-se-ía mais além do que o documento (como agora se quer ir do que a "troika") mas evitava-se o desprestígio formal de ter cá esta gente. O único que propôs esta solução foi Paulo Portas, tendo sido acusado de querer ir para o governo a qualquer preço, por propor uma coligação até final da anterior legislatura? Mas não está ele no governo na mesma depois da eleições? Tinha razão.

Por isso hoje Passos Coelho não pode dizer outra coisa sobre o programa que tem de executar, porque para ele também contribuiu. Terá pensado que para executar tais medidas tinha de ter "guarda-chuva" europeu, porque de outra forma os portugueses não aceitariam a austeridade. É possível. Mas então hoje, quando olham para Espanha, é bom que os partidos do bloco central reconheçam que a Portugal foi dada a mesma possibilidade de salvar a face e eles não a aproveitaram.

Vivendi disse...

Lionheart,

Bem lembrado! Agradeçam ao Cavaco, o maior culpado nesse processo, deveria ter sido assinado o acordo do PEC IV e convocado eleições. As elites políticas portuguesas simplesmente não prestam.

Lionheart disse...

Nós não aproveitámos a "boleia" porque o anterior governo estava moribundo e sem vontade nem credibilidade para aplicar os cortes na despesa, e o PS não deixou cair Sócrates e Teixeira dos Santos. Assim deu ao PSD (que já estava ansioso por eleições) um pretexto para chumbar o PEC IV e fazer cair o governo. Tudo muito mal conduzido. Cavaco só pensou no seu umbigo, como sempre.

Mas a Irlanda tem um capital de queixa bastante significativo. É incompreensível como se deu à Espanha um tratamento muito mais favorável do que à Irlanda, quando os irlandeses não têm lá autonomias sobreendividades como a Espanha. Na Irlanda é "só" mesma a banca falida. Aqui a Alemanha e a França quiserem claramente punir os irlandeses.

Lionheart disse...

De qualquer modo é preciso reconhecer que o maior mérito do actual governo foi conseguir diferenciar o país da Espanha e da Grécia. Não necessariamente porque estamos muito melhor que eles, mas porque somos diferentes, para o melhor e para o pior, e é preciso que lá fora se entenda isso. O pior de tudo é não ser conhecido.

Foi preciso um ano para que o Chefe do Governo português pudesse voltar a ser recebido ao mais alto nível no exterior, sem ser para ir prestar contas aos credores ou ir pedir ajuda aos PALOPS. O (des)governo Sócrates deixou Portugal como um "pária" na Europa, e além. É bom que os portugueses nunca se esqueçam do quanto custou recuperar a credibilidade. Falta traduzir isso em ganhos para o Estado e para o povo português.

Anónimo disse...

"PEC IV"!?
Mais uma vez se demonstra a burrice endémica, a incapacidade de fazer contas.
Nem sequer estão interessados em fazer.
É só somar e subtrair, mas nem isso fazem.


lucklucky