Caro Ricardo, Sim, esses juros são um sério problema. Contudo deve ser o mercado a resolver o assunto. O BP está preocupado com a saúde da banca e esquece que numa espiral recessiva a banca vai ao charco.
Bonito. Agora é que são elas. Vão querer proibir os únicos empréstimos que a quem, se bem selecionados, tem capacidade de pagamento para honrar o compromisso. E ainda são empréstimos a curto prazo.
Baixam os juros para aguentar quem irá quitar a dívida em 30 anos. Gente que endividou-se a comprar grandes vivendas são comparadas a pessoas que compram um T1 ou T2 na periferia e querem matar o pequeno empresário porque os grandes sempre tem um CGD a emprestar sob o argumento de que o centro de decisões nacionais devem permanecer em Portugal.
Isso é uma medida feita por quem não percebe nada de PMEs. Não sabe da dificuldade de tesouraria que as vezes aparecem
O certo seria o BP impor um limite máximo de tempo as contas descobertas: não proibir. Porque se 18% ao ano é muito percentualmente, em termos absolutos por 5, 6, 10 dias não é nada e pode ser muito bem absorvido pelos negócios que seriam viabilizados pelo capital emprestado.
Então uma quantidade de mercadoria que está prestes a estourar a data de validade, ou que não deu certo porque o modelo não agradou o mercado e está parada então a fábrica oferece-me a preço muito baixo, tão bom que eu sei, pelo meu conhecimento de mercado, que venderei rapidamente devido ao fator preço? Por causa de uns dias não faço o negócio devido a proibição de capital?
O perigo não é conta caucionada como a causa desta crise não é o empréstimo-habitação. É querer emprestar a tudo e todos em qualquer condições.
Se eu tenho 50.000 euros no banco e falta-me 10.000 para comprar, por exemplo, 200 colchões e sabendo eu que consigo vender em 15 dias metade recuperando já o valor do empréstimo e uma parte do capital deixo de fazer o negócio?
Ficam os clientes sem preço baixo, a fábrica com a mercadoria, os funcionários sem salários e o governo sem impostos. Os únicos beneficiados são os administradores do BP que tem os salários e as reformas garantidas.
8 comentários:
Não há que temer. Outro esquema será rapidamente inventado. Ninguém nos bate na arte do desenrascanço.
Joaquim, mas com spreads de 18% resta a questão "não será mesmo melhor abandonarem essas contas caucionadas?!!!?"
Caro Ricardo,
Sim, esses juros são um sério problema. Contudo deve ser o mercado a resolver o assunto.
O BP está preocupado com a saúde da banca e esquece que numa espiral recessiva a banca vai ao charco.
Joaquim: Olhe aqui esta anormalidade do Marx em Maio na Fac. de Letras:
http://marxemmaio.files.wordpress.com/2012/04/programa-ultimo.pdf
Bonito. Agora é que são elas. Vão querer proibir os únicos empréstimos que a quem, se bem selecionados, tem capacidade de pagamento para honrar o compromisso. E ainda são empréstimos a curto prazo.
Baixam os juros para aguentar quem irá quitar a dívida em 30 anos. Gente que endividou-se a comprar grandes vivendas são comparadas a pessoas que compram um T1 ou T2 na periferia e querem matar o pequeno empresário porque os grandes sempre tem um CGD a emprestar sob o argumento de que o centro de decisões nacionais devem permanecer em Portugal.
Isso é uma medida feita por quem não percebe nada de PMEs. Não sabe da dificuldade de tesouraria que as vezes aparecem
O certo seria o BP impor um limite máximo de tempo as contas descobertas: não proibir. Porque se 18% ao ano é muito percentualmente, em termos absolutos por 5, 6, 10 dias não é nada e pode ser muito bem absorvido pelos negócios que seriam viabilizados pelo capital emprestado.
Então uma quantidade de mercadoria que está prestes a estourar a data de validade, ou que não deu certo porque o modelo não agradou o mercado e está parada então a fábrica oferece-me a preço muito baixo, tão bom que eu sei, pelo meu conhecimento de mercado, que venderei rapidamente devido ao fator preço? Por causa de uns dias não faço o negócio devido a proibição de capital?
O perigo não é conta caucionada como a causa desta crise não é o empréstimo-habitação. É querer emprestar a tudo e todos em qualquer condições.
Desculpem lá os erros de concordância mas isso irrita mesmo.
Se eu tenho 50.000 euros no banco e falta-me 10.000 para comprar, por exemplo, 200 colchões e sabendo eu que consigo vender em 15 dias metade recuperando já o valor do empréstimo e uma parte do capital deixo de fazer o negócio?
Ficam os clientes sem preço baixo, a fábrica com a mercadoria, os funcionários sem salários e o governo sem impostos. Os únicos beneficiados são os administradores do BP que tem os salários e as reformas garantidas.
Joaquim! Acho que sim!... é deixar o mercado (adoro esta palavra) resolver o assunto... o mercado é sábio... o mercado é que sabe... -- JRF
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