26 fevereiro 2012

windshear

Caro Joaquim,
Reparei que, de repente, se interessou por temas da aviação e, em particular, por aterragens com ventos cruzados na pista, uma situação conhecida pelo nome técnico de windshear.
Acontece que eu sou há muitos anos um interessado por matérias relacionadas com acidentes aéreos. Conheço praticamente a história e as circunstâncias de todos os grandes acidentes da aviação comercial.
As situações mais dramáticas de windshear podem levar, in extremis, a abortar a aterragem, uma manobra muito perigosa e difícil, conhecida pelo nome de borregar.
Ora, eu tenho reparado que os seus exemplos e heróis nesta matéria são todos estrangeiros, em particular vindos da muito protestante Alemanha. Devo dizer-lhe que, na minha opinião, esses exemplos são coisas de meninos. No seu último exemplo, o piloto demonstra até uma grande falta de julgamento (devia ter borregado muito antes), e de perícia, ao deixar o avião tocar com a asa no chão, e só por sorte não matou aquela gente toda.
Para saber verdadeiramente o que é manobrar um avião em condições de windshear, e o que é verdadeiramente um piloto, você tem de ir a um país católico porque só aí as coisas são levadas ao extremo e ao exagero. Sugiro-lhe que vá a este país para saber como é. Perfeito, nada que se compare com a azelhice do piloto alemão do seu post.
PS. Só agora reparei que o último post é do Ricardo, e não do Joaquim. Não interessa, a mensagem permanece.

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