14 janeiro 2012

pastel de nata

Esta história da exportação dos pasteis de nata pode vir a contribuir para a descredibilização do ministro da Economia e não é certo que não apareça por aí alguém que se lembre de lhe chamar o ministro pastel de nata.

Nós não conseguimos exportar o pastel de nata porque o pastel de nata não é exportável no sentido corrente da palavra. So o é através de uma forma indirecta e muito mais subtil.

Uma exportação é uma venda feita por portugueses a estrangeiros. Um emigrante português que abra uma pastelaria em Londres e venda pasteis de nata não está a exportar pasteis de nata. A pastelaria é uma empresa de direito inglesa e está a vender pasteis de nata a ingleses. Não existe exportação alguma, não entra em Portugal um cêntimo resultante dessa venda, trata-se de uma transacção interna à economia inglesa.

Já uma pastelaria de Lisboa que faça pasteis de nata de manhã e os faça transportar de avião para Londres para os vender lá à tarde, essa sim, está a exportar pasteis de nata, originando uma receita para Portugal. Mas já se vê por aqui porque é os pasteis de nata não são exportáveis no sentido corrente da palavra. Vão chegar a Londres todos amassados e serão caríssimos.

A única maneira de exportar pasteis de nata, gerando uma receita para o país, é indirecta. É através do turismo, é atraindo estrangeiros a Portugal para comerem pasteis de nata e fazerem outras coisas.

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