Jung sublinhou a importância dos direitos individuais em sociedade; constatou que o Estado era visto como “um ser animado”, uma personalidade, de quem tudo se espera, mas que apenas serve de máscara para os que o manipulam, escravizando-nos. Jung também constatou que o Estado canaliza pulsões religiosas, substituindo-se a Deus – o que o torna comparável a uma religião em que a escravatura manifesta a devoção dos crentes.
Para Jung, as cerimónias oficiais são equivalentes às religiosas. Bandas, dísticos e paradas são similares às procissões. Os tiros de canhão e o fogo servem para exorcizar os demónios. A substituição de Deus pelo Estado, numa sociedade de massas, transfere o instinto religioso e provoca o mesmo tipo de fanatismo da Idade Média – quanto mais o Estado é adorado, mais a liberdade e a moralidade são aniquiladas; em última análise o indivíduo fica sem espaço para crescer e não se realiza enquanto ser humano.
Tradução da Wikipédia
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