"Europe's leaders, making it plain that they've reached the end of their patience with Greece, demanded that the beleaguered nation declare whether it wants to stay in the euro currency union—or risk going it alone in a dramatic secession. "Does Greece want to remain part of the euro zone or not," German Chancellor Angela Merkel said. "That is the question the Greek people must now answer.", no Wall Street Journal.
A reacção conjunta da Europa e FMI que, como era previsível, condicionou a entrega da última tranche de apoio financeiro de 8 B's, aprovada na última cimeira, ao resultado do referendo grego, é revelador de que a Grécia está de saída do euro, com ou sem o tal referendo. É que, quer queiram quer não, o euro significa para os gregos o continuar e o agravar da austeridade. Querer uma coisa e não a outra representa o que, na estatística, se refere a eventos mutuamente exclusivos, ou seja, em que a probabilidade de ocorrência de um anula a probabilidade de ocorrência do outro.
Agora, de acordo com as notícias desta manhã, as divisões que começam a estar patentes no Governo grego e que já levaram o Ministro das Finanças a discordar publicamente da convocação do referendo, aumentam a probabilidade de o Governo perder a moção de confiança que está agendada para amanhã, 6ª feira, sem a qual não haverá referendo, mas sim eleições antecipadas. Infelizmente, o problema é que, para além da necessidade de responsabilizar o povo pelas medidas que vão sendo adoptadas, a Grécia tem também uma necessidade urgente de fundos, sem os quais não terá dinheiro para pagar a funcionários públicos nem pensionistas, e que, nas últimas horas, foi agravada pelo congelamento dos tais 8 mil milhões. Assim, a situação exige determinação popular, mas exige sobretudo celeridade institucional. Em suma, pede-se uma tarefa heróica.
Ora, os relatos da imprensa também dizem que Papandreou, tendo inicialmente apontado o início de Janeiro para a realização do tal referendo, aponta agora para o início de Dezembro, ainda a tempo de evitar uma cessação de pagamentos que, segundo informações avançadas pelos alemães, ocorrerá em meados desse mês se não entrar mais dinheiro. Contudo, se a moção de confiança de amanhã resultar em eleições antecipadas não é de esperar que esse novo acto eleitoral se faça em tempo útil. Mais, essas eleições antecipadas terão como único objectivo amaciar - enganar, até - o eleitorado grego quanto à natureza mutuamente exclusiva daquilo que está em cima da mesa. E, portanto, no dia seguinte a essas eleições, assumindo que a Grécia não terá já entrado numa cessação de pagamentos, os gregos, com a mesma convicção que terão em ratificar a sua permanência na zona euro, estarão nas ruas de Atenas a protestar contra a austeridade! E lá se voltará ao mesmo...A presença da Grécia no euro está terminada e a bem de todos seria desejável que os líderes gregos e europeus se sentassem à mesa, a fim de negociar, controladamente, essa mesma saída.
Agora, de acordo com as notícias desta manhã, as divisões que começam a estar patentes no Governo grego e que já levaram o Ministro das Finanças a discordar publicamente da convocação do referendo, aumentam a probabilidade de o Governo perder a moção de confiança que está agendada para amanhã, 6ª feira, sem a qual não haverá referendo, mas sim eleições antecipadas. Infelizmente, o problema é que, para além da necessidade de responsabilizar o povo pelas medidas que vão sendo adoptadas, a Grécia tem também uma necessidade urgente de fundos, sem os quais não terá dinheiro para pagar a funcionários públicos nem pensionistas, e que, nas últimas horas, foi agravada pelo congelamento dos tais 8 mil milhões. Assim, a situação exige determinação popular, mas exige sobretudo celeridade institucional. Em suma, pede-se uma tarefa heróica.
Ora, os relatos da imprensa também dizem que Papandreou, tendo inicialmente apontado o início de Janeiro para a realização do tal referendo, aponta agora para o início de Dezembro, ainda a tempo de evitar uma cessação de pagamentos que, segundo informações avançadas pelos alemães, ocorrerá em meados desse mês se não entrar mais dinheiro. Contudo, se a moção de confiança de amanhã resultar em eleições antecipadas não é de esperar que esse novo acto eleitoral se faça em tempo útil. Mais, essas eleições antecipadas terão como único objectivo amaciar - enganar, até - o eleitorado grego quanto à natureza mutuamente exclusiva daquilo que está em cima da mesa. E, portanto, no dia seguinte a essas eleições, assumindo que a Grécia não terá já entrado numa cessação de pagamentos, os gregos, com a mesma convicção que terão em ratificar a sua permanência na zona euro, estarão nas ruas de Atenas a protestar contra a austeridade! E lá se voltará ao mesmo...A presença da Grécia no euro está terminada e a bem de todos seria desejável que os líderes gregos e europeus se sentassem à mesa, a fim de negociar, controladamente, essa mesma saída.
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