Quais têm sido os principais pecados das entidades públicas?
Quase os mesmos pecados que Salazar apontava em 1929-31. Ele dizia que a vida administrativa do País era uma “mentira colossal”. Era a “mentira das previsões”, ou seja o orçamento, e era a “mentira das contas”, ou seja a execução das despesas... Era o abuso do “crédito para pagar despesas correntes”... Era a tentação de “furtar as despesas a uma fiscalização rigorosa”. Era o despesismo, a “nossa prodigalidade”, o “nosso prazer de gastar”, as “nossas aspirações desmedidas”... Era a falta de qualidade das instituições, a “forte pressão dos nossos defeitos administrativos”, a “nossa desordem administrativa”...
Palavras de há oitenta anos que fantasmagoricamente hoje quase ressuscitam, humilham a democracia e envergonham os órgãos de soberania, todos.
Entrevista de Miguel Cadilhe ao Ionline.
Sem comentários:
Enviar um comentário