"A melhor forma de pôr os portugueses de acordo é estimular-lhes as lágrimas. Em nome dos fracos e oprimidos, por exemplo. Faz com que a sociedade expurgue os seus pecados e possa dormir tranquila. A equidade recuperada por Cavaco Silva serve para isso (...) Agora que alguma classe política se sente incomodada com o que vai acontecer aos funcionários públicos, lembremos um lapso de memória generalizado. Os recibos verdes foram criados, como medida transitória, num momento de crise. Tornaram-se uma realidade, como é típico por aqui. Como exemplo de equidade é um luxo: hoje quem passa um recibo verde mensal, estilo 500 euros, vê metade cativo entre IRS e Segurança Social. É uma anedota cruel. Alguém se lembrou da equidade a propósito deles?", Fernando Sobral, hoje no Jornal de Negócios.
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