Entre 2008 e 2009 verificou-se um decréscimo de 2.660.468 consultas de medicina geral e familiar no SNS, segundo os dados da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS).
A resposta foi pronta. O Ministério da Saúde impôs a obrigatoriedade dos cidadãos se deslocarem aos Centros de Saúde para obterem baixas médicas e facilitou-se a marcação de consultas pela internet.
Em 2010, a ACSS divulgava que o número de consultas tinha voltado a aumentar (2,7%).
A decisão de limitar a comparticipação da pílula e de certas vacinas aos Centros de Saúde insere-se nesta tendência para justificar a existência e o crescimento contínuo de uma estrutura que já não conseguimos financiar, o SNS.
Já imaginaram quantas horas de trabalho se perdem só para ir buscar uma baixa ao Centro de Saúde e quantos doentes com problemas reais deixam de ser atendidos? Claro que assim, não há médicos de família que cheguem.
Um objectivo claro e explícito do Ministério da Saúde deve passar a ser a simplificação da vida dos cidadãos. Não esquecendo que o SNS existe para servir e não para ser servido.
Haja saúde!
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