Os milhares de devedores crónicos que se encontram actualmente na lista pública de execuções arriscam-se a ser declarados oficiosamente insolventes pelos tribunais. Nesse caso, ficarão inibidos de fazer qualquer transacção como compra de bens e serviços, contrair empréstimos ou de passar cheques. É uma espécie ameaça de "morte cívica" para cerca de 12 mil empresas e particulares.
Esta medida deveria ser aplicada, em primeiro lugar, ao Estado e a todos os políticos responsáveis pela insolvência de Portugal.
Relativamente aos particulares, confesso-me surpreendido porque todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de começar de novo.
Uma pessoa que foi despedida, por exemplo, e que se tornou insolvente porque deixou de poder fazer face aos compromissos que tinha assumido, deve perder direitos de cidadania? Estará tudo louco? Onde está a sensibilidade social do governo?
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