O fim da ADSE pode comprometer as metas orçamentais da troika. É um paradoxo, porque o Memorando de Entendimento impõe a extinção progressiva de todos os subsistemas de saúde até 2016, para conter a despesa, mas os factos são o que são. Estamos perante um espantoso erro de cálculo.
Portugal gasta demasiado na saúde, em termos relativos, e para equilibrarmos o Orçamento do Estado necessitamos de cortes que nos alinhem com os nossos parceiros europeus. Estes cortes, porém, são difíceis de implementar porque se em termos relativos nos excedemos, em termos absolutos gastamos menos que a média dos países da OCDE. Equilibrar o orçamento da saúde vai ser complicado.
Ora é neste contexto que o fim dos subsistemas de saúde, em particular da ADSE, vai no sentido oposto ao que se pretende. Um erro crasso, porque cada beneficiário custa menos ao erário público do que um utente do SNS, cerca de 311,00€ menos (números de 2009).
Sem comentários:
Enviar um comentário