Não há compaixão nas sociedades nórdicas. Por isso é que a Lei procura introduzir algum humanismo nas relações sociais.
Quando se parte o verniz, porém, os nórdicos revelam o seu verdadeiro carácter e evidenciam todos os seus mecanismos tradicionais de defesa.
Estou convencido de que o Sr. Anders Breivik não devia conhecer esta faceta dos seus conterrâneos. Certamente estava à espera de um alegre convívio na cadeia, de uma resposta positiva à sua solicitação de um psiquiatra japonês, de um palanque para se gabar das suas façanhas, de um écran de plasma e de uma Playstation, para se entreter a matar “monstrinhos”.
A realidade é que já completou 1 mês de solitária e vai completar o segundo. E que, por certo, não se vai livrar de perpétua.
No nosso País, por esta altura, já toda a gente chorava a triste sorte dos Breivick’s e até a desgraça do Anders: “Ele até que não é mau rapaz, foi qualquer coisa que lhe deu...”. A responsabilidade pelos seus actos seria atribuída a factores externos (os portugueses têm um locus externo) – foi a educação que recebeu, a rejeição social ou até... foi o diabo.
Na Noruega, uma sociedade masculina, a responsabilidade será considerada 100% do Anders e os noruegueses não demonstrarão qualquer compaixão. Eles não sabem o que isso é.
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