“Wir kennen ihn nichts” – Não o conhecemos. Os frades da Kapuzinerkirche vão repetindo que não conhecem Otto von Habsburg até este ser apresentado simplesmente como “Otto, um mortal e pecador”.
Trata-se de uma tradição recheada de simbolismo. Para Deus, os títulos e o poder político não contam, apenas interessa o indivíduo, o ser humano, com as suas fragilidades e limitações. A sua passagem pela Terra serviu os desígnios do Criador? Se sim, os seus pecados serão perdoados e a sua alma conquistará a vida eterna.
É fundamental, para o Bem Comum, que ninguém se considere acima de qualquer juízo. Todos teremos de responder perante Deus.
Esta visão orienta o exercício da cidadania e até do poder, que deve estar submetido, a cada momento, aos interesses do colectivo.
Se Deus não existisse, se não houvesse uma distinção clara e absoluta entre o Bem e o Mal, ficaríamos à mercê dos tiranetes de serviço que não se sentiriam responsáveis perante ninguém. Todos seríamos menos livres.
Sem comentários:
Enviar um comentário