Tal como o Joaquim aqui defende, a mim também me parece impossível que, da despesa do Estado com medicamentos, 40% seja atribuível a eventuais prescrições fraudulentas. De resto, creio que terá havido alguma ligeireza na forma como se extrapolaram os resultados do estudo da Inspecção Geral das Finanças que faz referência a "um valor de comparticipação do SNS de três milhões de euros, [dos quais] cerca de 1,2 milhões de euros (40% daquele valor) foi identificado como potencialmente irregular". Ora, como o próprio artigo do DE também refere, em 2010, a despesa do Estado com medicamentos foi de 1.600 milhões de euros. Ou seja, a base amostral, cuja significância estatística não é apresentada pelo DE, não chega a 0,2% do total facturado. É pouco, para tamanha conclusão.
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