Primeira: o Banco de Portugal assinou acordos internacionais que o impedem de vender o seu ouro quando entenda mais conveniente.
Segunda: sendo o Banco de Portugal independente, o Estado português não pode ordenar-lhe que venda o ouro.
Terceira: mesmo que venda o ouro, o Banco de Portugal não é obrigado a transferir a receita da transacção para os cofres do Tesouro.
De modo que deveríamos antes perguntar como e por quê assume o Banco de Portugal acordos internacionais que obrigam o país a manter um valor de tal monta entesourado em barras de ouro, uma relíquia bárbara de superstições que nada justifica no mundo de hoje.
O ouro pode estar à guarda do Banco de Portugal, mas a sua origem é o trabalho dos portugueses.
Que conseguiu o Banco para nós como contrapartida dos acordos que assinou? O Banco de Portugal é independente do governo ou do país?
O ouro do BP enquadra as reservas de ouro do BCE e suporta o valor do Euro. Para vender livremente as suas reservas de ouro, Portugal apenas tem de abandonar o Euro e, obviamente, a UE.
É engraçado o carácter infantil das perguntas colocadas neste post.
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