Um estudo da Faculdade de Motricidade Humana e Centro de Malária e Doenças Tropicais, financiado pelo Alto Comissariado da Saúde e pela Coordenação Nacional para o VIH/Sida, apurou que 15% dos adolescentes portugueses se auto-agridem físicamente. Quem são estes jovens? Os cientistas da Faculdade de Motricidade Humana e Centro de Malária e Doenças Tropicais explicam:
Tentando compreender quem são estes miúdos, a equipa de investigadores constatou que os que fazem mal a si próprios são "uma minoria preocupante com vários comportamentos de risco": são quem mais fuma, bebe, consome drogas (nomeadamente cannabis), têm maior envolvimento em provocações, maior dificuldade em fazer amigos. Estes jovens ou acham-se muito gordos ou muito magros, sem que isto corresponda a um índice de massa corporal real. São ainda os que mais têm pais que pouco ou nada sabem sobre os seus amigos, o seu tempo livre e para onde saem à noite. Por fim, "são os que mais frequentemente dizem estar tristes e não aguentar...".
"Magoam-se normalmente em sítios não visíveis", explica Margarida Gaspar de Matos, que dirige a equipa de investigadores ..., em Lisboa. Trata-se de agressões autodirigidas que servem "como forma de auto-regulação emocional", sintoma "da dificuldade em gerir emoções". "São adolescentes que não conseguem lidar de outra forma com o facto de estarem tristes, irritados, desesperados", continua.
Eu tenho uma sugestão radical para resolver este problema. Acabem com o Alto Comissariado da Saúde e com a Coordenação Nacional para o VIH/Sida e deixem de subsidiar este tipo de estudos. Os adolescentes vão continuar tristes, irritados, desesperados e descontentes com o seu corpo, como sempre foi e há-de continuar a ser, mas o resto da população sempre fica mais tranquila.
PS: A revista Maria não estará interessada neste estudo? Com algumas fotos, talvez...
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