Neste artigo, Fukuyama defende que as qualidades necessárias para se ser um bom CEO são diferentes, e até opostas, às qualidades de um bom presidente.
É um artigo excelente e muito relevante para os tempos que correm em Portugal, porque, entre nós, ainda se confunde a administração pública com a gestão.
O erro de Fukuyama, se assim lhe posso chamar, é que nos últimos 20 anos a gestão transformou-se de forma radical. Passou de um paradigma de “comando e controle” para um modelo matricial, menos hierárquico, mais participativo e mais “democrático”.
O “boss” que Fukuyama descreve e que poderia corresponder a um Henry Ford é muito diferente de um CEO moderno, tipo Mark Zuckerberg.
A complexidade do mundo em que vivemos exige que as organizações recrutem os melhores e que lhes deixem capacidade de iniciativa. Desse modo, o líder é mais uma espécie de maestro do que comandante. Procura consensos, harmoniza e negoceia os interesses dos múltiplos “stakeholders”; é muito mais político.
O erro de Fukuyama é não incorporar esta nova visão. Os CEO’s modernos estão muito melhor preparados para assumir funções políticas do que estavam há 30 anos atrás.
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