29 março 2011

lendo na imprensa

"O Governo decidiu aumentar os limites dos contratos públicos por ajuste directo. Assim, um director-geral, que até agora podia outorgar (sem concurso público) contratos até 100 mil euros passa a poder autorizar até 750 mil euros. Um presidente de câmara, cujo limite era de 150 mil euros passa para 900 mil (Hummm...!!). Um ministro, para quem o valor era de 3,75 milhões, passa para 5,6 milhões e o primeiro-ministro passa de 7,5 para 11,2 milhões de euros (...) com o País mergulhado na pior crise da Democracia, como é que um Governo cujo 1º ministro já tinha pré-anunciado a demissão, toma esta decisão? Porque não a podia tomar quando estivesse em gestão corrente?", Camilo Lourenço, edição de hoje do Jornal de Negócios (página 37)


"Exemplar a esse nível é o caso das Minas de Aljustrel. Essas minas, de cobre e zinco, foram compradas por uma empresa do Grupo Martifer (...) A operação foi executada no pressuposto da concessão de apoios financeiros do Estado e as dúvidas que agora se colocam prendem-se precisamente com a dimensão desses apoios. O Ministério da Economia garante que o incentivo previsto no contrato é de 31,3 milhões de euros, mas uma resolução da Assembleia da República faz acreditar que o valor disponibilizado ultrapassa os 130 milhões. Para se saber se há aqui um verdadeiro milagre da multiplicação dos pães, PSD e PCP solicitaram cópia do contrato. Para espanto geral, o Ministério da Economia alega que não o pode dar, porque o negócio está protegido pelo princípio da confidencialidade.", José Eduardo Moniz, edição de hoje do Diário Económico (página 5).

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