Ontem, apesar de toda a polémica associada ao cartão de cidadão, lá tive de me deslocar a uma Loja do Cidadão para trocar o meu velhinho BI, prestes a caducar, pelo dito-cujo. Enquanto a maquineta me tirava fotografias, me analisava as impressões digitais (os olhos também?) e me gravava (também, de forma digital) a minha assinatura, não pude deixar de sentir uma enorme revolta interior: o regime acabara de me aprisionar.
Todo o processo é pidesco. O Estado fica com um registo integral da nossa individualidade. E dado que o Estado, no seu estado actual, não é uma pessoa de bem, o cidadão, legitimamente, questiona-se: que uso irão dar a estes dados? Com o cartão de cidadão e toda a tecnologia que o suporta, o Regime, ao jeito dos filmes conspirativos de Hollywood, pode manipular e forjar a identidade dos seus cidadãos. Em suma, é um atentado aos direitos e às liberdades individuais. E é por isso que acaba de ser abolido no Reino Unido...
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