Na ausência de um Criador, o que significaria a vida? Agregados de átomos que se reuniram por acaso, sem qualquer propósito nem significado. É isso que nos diz Wittgenstein. E é a isso que nos conduz cinicamente o ateísmo. Ao niilismo puro e simples.
Pelo contrário, atribuir sentido à existência humana implica, logicamente, um elemento transcendental que nos remete para Deus.
A política depende da atribuição de um sentido existencial ao colectivo. Os líderes, ao interpretarem esse sentido para a comunidade, transformam-se em porta-vozes ou oráculos do divino.
Daí que o poder político tenha sempre uma certa aura transcendental. Os líderes parecem intermediar a vontade de Deus.
Se assim não fosse, não haveria qualquer fundamento racional para nos subtermos de livre vontade a quaisquer regras de vida em sociedade.
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