05 dezembro 2010

SNS

Nos últimos dias foi divulgado um estudo realizado pelos técnicos do ISEG e coordenado pelo antigo ministro da Economia, Augusto Mateus, dedicado à (in)sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde. O estudo foi financiado pela Health Cluster Portugal, liderado por Luís Portela da Bial. Estou curioso acerca das conclusões. A ver se nos próximos dias conseguirei dar uma vista de olhos ao texto...
Do que eu conheço da Saúde em Portugal existem, essencialmente, três problemas. Primeiro, o SNS presta serviços a mais - alguns dos quais acessórios. Segundo, os portugueses sofrem de hipocondria generalizada - que os leva a consumir medicamentos a mais e os leva demasiadas vezes ao Hospital. E, terceiro, não menos importante, há um grave problema de liderança nos serviços hospitalares - que conduz à desresponsabilização de todo o tipo de funcionários nos hospitais.
Assim, tem de existir uma redefinição dos serviços prestados e da eficiência com que estes são prestados. Por exemplo, faz sentido que médicos de família se limitem a reencaminhar os doentes para os hospitais, engarrafando as Urgências, sem antes tentarem resolver problemas triviais? Não. Faz sentido que médicos, contratados para completarem x número de horas, metam o dedo nas horas certas, mas que pelo meio saiam para tratar da sua vida cá fora? Não. Faz sentido que se contratem médicos tarefeiros, externos ao hospital, para fazer urgências que, se realizadas pelos médicos do próprio hospital, podem ser realizadas por um quarto do preço? Não. Ou seja, muitos nãos, entre muitos outros nãos, que o estudo certamente denunciará!

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