Costuma dizer-se que a primeira vítima da guerra é a verdade. Basta pensarmos na propaganda que rodeou a guerra do Iraque, por exemplo, para compreendermos esta máxima.
Em guerra, os Estados mentem ou distorcem a verdade por razões tácticas e porque os fins justificam os meios. Tudo deve ser feito pela vitória. A derrota constitui uma ameaça existencial intolerável para qualquer povo. É por isso mesmo que Sun Tzu afirmou, há mais de 2.500 anos, que a guerra é um assunto extremamente sério. O mais sério de todos, digo eu, porque é um assunto de vida ou de morte. É por isso que em guerra, todos os direitos podem ser suspensos e impera a lei marcial.
A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa ficam diminuídas ou suspensas durante a guerra. As fugas de informação transformam-se em crime de traição e os responsáveis podem ser executados.
A ideia de Julien Assange, de que o Estado deve expor aos cidadãos toda a verdade sobre as guerras em que se envolve ou pode vir a envolver, é absolutamente contrária à própria natureza dos conflitos armados e conduziria ao enfraquecimento e à derrota dos que aceitassem este princípio.
Em ultima análise conduziria à perda total da liberdade.
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