O sistema de saúde português tem uma estrutura de tipo comunista. Os meios de produção são públicos, os trabalhadores são funcionários do Estado e todo o sistema está submetido a um planeamento central. Claro que existe um sector privado da saúde, mas este é apenas subsidiário do sector público.
Ora se aceitarmos esta premissa como verdadeira, não vale a pena perder muito tempo a tentar descobrir os podres do sistema. As organizações colectivistas nunca foram eficientes, em nenhum lugar e em nenhuma época. O sistema de saúde português não podia fugir à regra.
Gasta de mais? É o costume. Tem falta de qualidade? Já sabemos. Está submetido aos ditames da nomenclatura? Qual é a novidade?
É isto que se passa em todas as organizações colectivistas!
Era útil que começássemos por pôr os pontos nos is, nestes assuntos da saúde. A criação do SNS foi um erro colossal, motivado pela cegueira ideológica, numa altura em que já se conheciam os graves problemas dos sistemas similares – o NHS, por exemplo. Agora que é tempo de mudança, é fundamental partirmos de um diagnóstico correcto.
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