15 dezembro 2010

A

Os anarquistas são contra qualquer forma de governo coercivo, qualquer forma de governo que seja imposto aos cidadãos pela força, incluindo as formas democráticas de governo que não contemplem direitos de secessão ou de “opting out” (nenhuma o faz).

Sem tentar analisar as mil e uma nuances do anarquismo que vão do anarco-sindicalismo ao anarco-capitalismo, gostaria de me focar apenas na aversão dos anarquistas ao Estado para sustentar a tese de que esta característica tem tendência a desenvolver-se à medida que os indivíduos adquirem maior autonomia económica e social.

Uma pessoa capaz de ganhar a vida pelos seu próprios meios, capaz de se governar a si próprio e à sua família, sente que não precisa tanto do Estado e até que estaria muito melhor sem a intromissão constante do Estado na sua vida.

Numa determinada sociedade, meia dúzia de indivíduos com essas características constituem um bando de lunáticos. Uma percentagem significativa da população, porém, constitui uma corrente anárquica com capacidade para influenciar o curso dos acontecimentos. É possível que esse efeito de massa já se esteja a fazer sentir nos países mais ricos e que o apoio à Wikileaks traduza este fenómeno.

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