Desde 6ª feira que acompanho com especial interesse a actuação do Governo espanhol, a propósito da inesperada greve dos controladores aéreos espanhóis. A minha conclusão é a seguinte: tal como sucedeu este ano na Grécia, em Portugal e em França, também em Espanha, aqueles que mais protestam são os que menos razões têm para protestar. Mais, talvez com excepção da França, sou da opinião que, nos outros casos, nunca antes houve tão pouco apoio popular às greves como agora. Há, contudo, um aspecto curioso e contraditório: do mesmo modo que estas greves não têm colhido a simpatia das populações, também é um facto que nenhum daqueles Governos é bem visto por aquelas mesmas populações. Ou seja, quem, realmente, tem motivos para protestar ainda não saiu à rua. Falta um rastilho. Falta a chama. Mas não faltam motivos. 2011 será um ano muito interessante.
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