Os juros da dívida pública atingiram hoje os 6,655%, registando um novo máximo do ano. Há semanas, em entrevista ao Expresso, o ministro das Finanças afirmou que acima dos 7% justificar-se-ia o recurso ao Fundo de Estabilização da União Europeia e ao FMI. Na altura, confesso, fiquei incrédulo com tais afirmações, pois pareceram-me um convite a chamar o "bluff" do ministro. Aliás, como disse ontem Manuela Ferreira Leite a Teixeira dos Santos, "se pensa isso, não diga publicamente". Infelizmente, disse. Por isso, já que é pública a posição do Governo, permitam-me que acrescente: não será aos 7%, mas sim aos 7,75%. A conta é simples: é nesse nível de taxa de juro que as despesas implícitas com juros atingem os 20% da receita fiscal prevista no OE 2011. De Lisboa à quebrança são 100 pontos de distância.
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